quinta-feira, setembro 27, 2007

polícia municipal de oeiras

o bilhete não custou os quatrocentos e tal paus do concerto de há trinta anos (curiosamente também em setembro) (que eu não vi, obviamente), os gajos não acabaram a noite no jamaica como essa altura, poder-se-à dizer que não têm o mesmo pedal que tinham quando pisaram o palco do restelo, mas...

mas este set-list foi seguramente melhor - é preciso ver que quando eles cá estiveram o zenyattà estava quase a sair, o ghost in the machine (o meu favorito) ainda não sabia o que era existir e o synchronicity ainda andava de colhão para colhão - e também muito mais bem executado e com um som bem melhor.

e pronto, não há muito mais a dizer. diria ainda assim que:
- o sting devia ser francamente proibido de tocar a solo. porque sozinho é uma real seca - em ex aequo talvez com o represas - e tem um reportório que não lembra o diabo. pronto, ok, salva-se o nothing like the sun.
- se calhar teria trocado o truth hits everybody ou o hole in my life pelo canary in coalmine e obviamente pela spirits in the material world. mas gaita, eu já sei que não há concertos perfeitos. e também sei que com a idade é sempre bom haver um grupinho de duas ou três músicas más para que possamos ir nas calmas às imperiais e aos mijatórios.
- eu nunca vi um baterista como copeland. eu não percebo rigorosamente nada de bateria. eu sei é que não há mais nenhum outro baterista que toque assim, que toque daquela forma, que faça o som que ele faz. gosto, francamente gosto. e já agora, perdoem-me a heresia, mas eu não tenho francamente paciência nenhuma para solos de bateria à lá bonham (ok, podem começar a mandar pedras) e van halen.
- gostava de ter visto este concerto sem estes tiques de novo riquismo, com bilhetes relvado e relvado vip. gostava que fosse à antiga: relvado, bancada e bancada nova. quem chegasse primeiro ficava mais à frente. há dúvidas?
- o de do do do do, de da da da é uma canção ridícula que devia ser erradicada da face da rádio.
- o every breath you take já chateia, não já?
- já disse que o sting sem o summers e sem o copeland não tem piada nenhuma?

ó nápoles, desculpa amigo, eu para estas coisas dos concertos só levo bilhete e dinheiro para cerveja. desta vez nem chaves do carro carreguei porque fui de quimboio, vê lá tu bem. agora pensa, achas que levo telefone para estas coisas?

e pronto, num concerto francamente bom e que me fez quase ir às lágrimas quando senti cá dentro o "though i've tried before to tell her of the feelings i've for her in my heart...", presto aqui homenagem à minha musica mais picheleira que eles têm.

respeito