terça-feira, novembro 30, 2010

olha, fiz seis anos e nem dei por isso.

sempre com o mesmo template, sempre com vontade de o mudar desde o primeiro dia.

(mudo quando fizer 10 anos. se ainda houver a internet e estas coisas...) 

ai jasus!

o comunicado do clube é de rir, é do mais ridículo que já por aí li e demonstra aquilo que todos nós já sabíamos e que infelizmente continuamos a assistir.

o contra-comunicado do benfas só peca porque foi na onda do do clube. deveriam era ter-se mantido na sua, ou seja, deveriam continuar a frisar que os jornalistas são os únicos, repito, os únicos profissionais que estão acima da «lei moral».

bom, mas estes são assuntos religiosos e não são desportivos.

o que aconteceu com o jesus é um pau de dois bicos, o treinador seria sempre prejudicado pela comunicação social. se respondesse que continua a sentir o apoio da direcção o jornalista logo faria o habitual comentário como que  dizer «deves!....» se respondesse que não tem o mesmo tipo de apoio do ano passado, lá conseguiria os seus intentos, ou seja, conseguia, pura e simplesmente humilhar o senhor, sem ganhar rigorosamente mais nada.

tenho pena que o jesus não tenha a frieza do mourinho nestas situações. recordo com algum agrado o momento em que, ainda ao serviço do clube, ao iniciar um fláche intârviú disse ao jornalista que ele era burro pois não percebeia nada de futebol e que tinha acontecido em campo não tinha nada que ver com a análise que ele (jornalista) estava a fazer.

mas não, o jesus simplesmente disse-lhe «ciao» e bazou. ou seja, até em estrangeiro falou.

e não sei qual é a multa que os clubes pagam por faltarem aos flaches interviú mas se não for assim tão alto como o ordenado que o zorro tinha, então acho que é um bom investimento.

é claro que virão os artigos a defender a liberdade de expressão dos jornalistas e blah, blah, blah.... 

que vão para o caralho. aquilo não é jornalismo. 

(porque é que não perguntam ao jesus a razão do sub-rendimento lá da malta? por exemplo, sei lá!) 

sexta-feira, novembro 26, 2010

euro-carcanhol

fica aqui a promessa, escrita e pespegada para o mundo (!), se me sair hoje o euromilhões, há duas coisas que farei de imediato: mudo as sanitas lá da casa e mando remisturar este disco para lhe tirar aquelas palmas fingidas que lhe colaram por cima.

 

quinta-feira, novembro 25, 2010

é igual com....

... a lei dos desmanchos, com o casamento dos paneleiros, com o fmi, com o starbucks, com as tolerâncias de ponto, com a festa do avante, com o dinheiro da visita do papa, com a ajuda de berço, com as touradas, com a caça, com o bigode do unas, com as mamas da malhoa, com o senhor do adeus, com o bebé do ronaldo (acho que já lhe rompeu um dentinho e tudo!), com o enterro do saramago, com os cartões dos jogadores do mourinho, com as cheias na baixa, com o jesus do benfica, com as maçãs podres do sporting, com os blindados da cimeira, com a qualidade dos actores das novelas (só de alguns, claro, claro, cof, cof...), com o lobo antunes... e agora com a greve!

é igual com tudo. tudo, tudo, tudo.

não encontro um caralho dum post, duma notíca de jornal, tv rádio ou cassete pirata em que alguém defenda uma parte sem atacar a outra: se fiz greve é porque tenho direitos; se não fiz é porque não vale a pena; se fiz greve é porque estou a lembrar-me das gerações futuras; se não fiz é porque tenho medo de ir para o olho da rua... ganhámos porque foram 3 milhões a lutar, perdemos porque o povo andou nas compras...

no fundo, é o tal espírito «eu é que sou o p'sidente da junta!»

(continuem, fica-vos bem!) 

quarta-feira, novembro 24, 2010

(e quando me lembro de ti, lembro-me imediatamente dumas festinhas que tu davas. ninguém dava festinhas como tu, sabias?)

há as pessoas.
há as pessoas que crescem.
há as pessoas que crescem e que perdem a cumplicidade algures ali... bom, sabe-se lá onde, não é?
há as pessoas que crescem e, pronto, simplesmente crescem.

hoje deparei-me com uma dessas pessoas que cresceu. tão simples como isso: cresceu, descomplicou-se durante o processo e aí está, crescida.

e isso às vezes é tão difícil.


(emocionei-me, porra!) 

terça-feira, novembro 23, 2010

isto não sou eu a criticar ninguém...

... mas é curioso verificar que muitos dos mais notáveis posts que para aí há, contêm coisas tão, mas tão óbvias - mas tão óbvias mesmo - que ninguém se tinha lembrado de escrever antes.

ser o primeiro a escrever não lhes confere - como possa parecer - o estatuto de notável. porém proporciona, por vezes, um falso um carimbo, um diploma, que lhes finge atribuir uma tarimba por vezes falacciosa.

falam da qualidade dos actores dos morangos mas...

... a judite de sousa como jornalista... vai lá vai.

(aquilo ontem não pode ter sido, apenas, «um dia mau de trabalho» igual aos que todos temos. não pode, não pode e não pode! mas como o de ontem houve também a pergunta lá da cor da gravata ao lobo antunes ou daquela coisa inenarrável que aconteceu em toda a entrevista ao gilberto gil e também aquela outra....)

sexta-feira, novembro 19, 2010

ai c'orugulho!

estava num café quando ouvi uma canção na telefonia e consegui identificar que eram os 30 seconds coiso.

estou tão crescidinho! 

ter o quê?

calhou estar junto a uma televisão quando há pouco ouvi o nosso presidente «congratulo-me por o presidente barack obama ter aceite o convite...»

e pronto, é isto. não sei quem escreve os discursos lá do senhor mas também, como o outro não sabe português, que se foda, não é? 

imaginem que era em são joão das lampas. achariam ridículo, não era? é que ser em lisboa não é muito diferente!

eu não discuto a utilidade da cimeira da nato. sinceramente, não tenho estudos nem sapiência para perceber para que é que aquilo serve. não sou capaz, claro, de dizer que é uma coisa tola.

mas pergunto, quem foi a alma peregrina, quem foi a cavalgadura que um dia disse «faz-se em lisboa! é isso, vamos tentar que se faça em lisboa.» e cerrou o olhar e disse também para os que estavam presentes «o homem sonha e a obra...», sabem?

repito a pergunta, porquê em lisboa?

(não faz sentido. 
somos tão, mas tão provincianos, meu deus!) 

da buque sine

contou a glória de matos numa entrevista que durante o tempo em que esteve do estrangeiro chegou a fazer parte duma companhia (ou numa cena qualquer) teatral onde figurava o anthony hopkins.

diz, então, que anos mais tarde, já ele era hannibal e outras coisas assim, que o viu num evento qualquer e que, ao cruzarem olhares, ele dirigiu-se a ela e lhe disse:
- hello gloria, do you remember me? it's me, anthony! 

 

quinta-feira, novembro 18, 2010

andamos a crescer, mais coisa menos coisa, até que idade?

... about, becoming a man, which everybody's supposed to be on the way to be in. That is all you guys... it could be a song about becoming a woman too, but I don't know. 

for ya... a song 'bout growing up.

e não dou mais nem um tostão!



primeiro, confesso, pensei em 5 euros. 

depois olhei para o número e realmente 5 euros, mil paus, um conto, caramba, é muito carcanhol.

comecei meltalmente a baixar a coisa: 4 euros e meio... 4 euros... 3 euros e meio... é isso, no máximo daria 3 euros e meio.

mas sejamos francos, há ocasiões em que estamos meio entornados, já com meia palete de minis da clock ou da cergal e já vemos tudo turvo, não é? entusiamamo-nos e tal... e quando damos por ela estamos outra vez a subir a fasquia. por isso determinei que 7 euros é o limite.

é isso, 7 euros! seria capaz de dar sete euritos a quem me conseguisse pôr a tocar em condições, a entrada de sintetizador do take on me.

ser pai de família é isto:

- enfrentar, tal forcado da cara, um energúmeno reparador de electrodomésticos e exigir o aspirador «é como está, porra! mesmo à espera da peça ou lá o que é, quero o cabrão do aspirador de volta a acabou-se!» de volta;

- enfrentar, com a calma possível, o atendimento telefónico da zon;

- enfrentar, envergonhado, por umas burrices cometidas cá por muá méme, a menina do serviço técnico da asus para que tenha «... mais uma vez, desculpe-me, ó dona sandra...» uma especial atenção ao nosso problema;

- telefonar, outra vez, à dona sandra e informar que afinal o nosso problema afinal são dois problemas;

- retirar, duma vez por todas, o benfica tv e outros canais de religião, lá da sintonia da televisão;

- recomendar aos amigos sportinguistas que pressionem a direcção a vender o postiga, agora que até marcou de calcanhar ao gajo que anda a comer aquela jornalista espanhola  e deve ter o valor de mercado um cadinho em alta lá naqueles clubes onde joga o makukula ou o ricardo fernandes, tentando reparar aquela tolice de pagarem 3,5 milhoes ou lá o que é que foi, pelo «divino» como uma vez li ser apelidado (credo!!!!!) num blog portista....

quarta-feira, novembro 17, 2010

são aquelas coisas deles....

a ver se me lembro de postar aqui uma coisa (aliás, já foram duas...) que a minha filha me disse ontem e repetiu hoje e que eu achei, tanta, mas tanta graça...

mas por razões de sigilo paternal apenas posso divulgar depois do natal.

eh pá, mas estou em pulgas, ri-me tanto... e volta e meia relembro-me e rio ainda mais...

jeffrey lynne

gosto muito de muitas frases.
gosto muito de out of my dreams, out of the sky, into my heart, into my life. 

 

terça-feira, novembro 16, 2010

barrio

a minha palavra espanhola favorita

(quando um gajo chega a um ponto em que faz posts destes... a seguir faço uns com uns sapatos, boa?) 

...

naquela fase da gravidez e do parto e dos dias antes e depois do nascimento... os familiares são um valente pincel, não são?

(fazem-me recordar os turistas japoneses e as máquinas fotográficas...) 

sexta-feira, novembro 12, 2010

gostava mesmo de mudar o template do meu blog

durante quantos mais anos vamos ter que ler ou ouvir, sem perceber muito bem qual é a intenção do autor, as seguintes frases:

... no fundo, nós os bloggers somos todos um pouco narcisistas.
... a gente anda aqui, para tentarmos mostrar algo que não somos.
... e não tenhamos dúvidas, nós não somos tão bons quanto mostramos nos blogs
... todos nós sabemos, que quando publicamos....
...
...

mas por que caralho gostam tanto as pessoas de usarem estes 'todos', estes 'nós', estes 'somos'... 

deslarguem-me porra! falem por si!

quarta-feira, novembro 10, 2010

ou se calhar até sei o que é

não é raro ouvir de alguns dos meus amigos, que têm a sensatez de não terem: nem blogs, nem feissebuques, nem tuitârs nem o raio que o parte, a frase/pedido: «é pá, ó jaime, tens que pôr esta gaita no teu blog.»

a forma com pronunciam aquele «... no teu blog» é feita duma maneira e tom de voz que lhes indicia que esta coisa de ter um blog é uma actividade tangente à paneleirice de assaltar amiude a secção do guarda roupa da nossa esposa, onde estão guardadas as mais minúsculas e rendadas peças de langerie, envergando-as aos sábados à tarde, durante aquele perído de tempo em que ela nos diz «vou ali a ayamonte comprar pirexes e não demoro.»

e eu, lá os levo a sério, claro - são meus amigos, pô! -, mas não deixo de ter que crivar e editar aqueles pedidos para que isto não se transforme naquela secção que fica logo a seguir àquela página da nova gente que tem uma bifa qualquer com um valente par de tetos à mostra.

assim, cumpre-me aqui informar que na passada madrugada de sábado, houve um elemento do meu gang que, ao descrever um engate ocorrido no urbã bitxe, usou a seguinte frase: «...ele estava já de volta dela... estão a ver?... estava naquela fase dos preliminares da foda competente.».

ora, eu não quero saber o que é que ele quis dizer com aquilo. eu gosta era de saber o que raio é uma foda incompetente.

it's the economy, stupid!

é nos pequenos pormenores que topamos que a crise está não só instalada como também solidificada.

os grandes pormenores (está aqui uma frase gira, está), estão à vista de todos: a pobreza, o reitingue, as pessoas nas bichas da caritas, o sete vírgula zero por cento, as manifs, o desemprego, essas são o tipo de coisas que estão aí em todo o lado. 

o que não se vê - mas sabe-se -, são outras situações: o pão que já não é com queijo mas apenas com manteiga ou, quem sabe, apenas molhado no molho do bife; a sporttv que passa a ser vista naquele sáite que o filho do antunes do economato - que é um chavalo bestial que até arranja lá na internet fotografias de gajas nuas e tal... - me mostrou; o jornal diário que passou a ser o destak em vez do correio da manha (assim, sem til), o clube de video que passou a ser o canal óliúde, etc...

hoje, deparei-me com outro desses sinais de crise: os recipientes para recolha da urina para análises deixaram de ser copinhos e passaram a ser pipetas. isto não é brincadeira. é verdadinha da pura. acabaram-se os copos plásticos - porreiros para colocar restos de molhos do fondiú - com tampinha e agora levamos com cilindros compridos e fininhos.

ontem ao marcar as análises e recolher a tal pipeta não me apercebi da razão de certos sorrisos femininos e parvos que por lá se fabricavam ao entregar a malfadada pipeta. mas hoje de manhã fez-se luz. compreendo agora o ar de gozo das meninas das análises lá do hospital. quando lhe entrego a desgraçada pipeta, sorriem com aquele sorriso de «mijaste as mãos e os joelhos todos para conseguir encher a pipeta, não foi?»

e fico a pensar como é que é com as meninas? vocês têm pontaria para mijar para uma pipeta ou está subentendido que «olha mais uma que foi buscar o funil que usa para repôr o azeite e o vinagre nas galhetas»?

segunda-feira, novembro 08, 2010

é no mínimo «transtornante» a salganhada de coisas que eu sou capaz de enfiar num cd de música

bird and the bee; the jam; explosions in the sky; clayhill; josh rouse; gavin clarck; dire straits; gravenhurst; b-52's; talking heads e david bowie.

e querem fazer-me crer que sou normal, é?

(eu estava já tão farto das coisas que tenho no carro que depois dá nisto: perco o discernimento de fazer uns cd em condições, não é?)

inceptionalmente

está tecnica e graficamente provado que quem conseguiu entender (sem ajudas humanas ou manuais escritos) o inception - este nolan sabe-a toda! - consegue papar, perceber e explicar aos amigos, os lobo antunes do «o que farei quando tudo arde?» em diante com uma perna às costas.

bullying

sinceramente, mas sinceramente mesmo, não há uma alegria exponenciada pelo resultado de ontem. são muitos anos a virar frangos, se bem me compreendem.

é claro que há um rol bonito de coisas a escrever sobre o que aconteceu lá no estádio, mas, como também já disse, tenho dificuldades - a minha educação, inclusivamente, não me permite - em falar sobre religião em público. 

há porém uma coisa que me faz uma comichão dos diabos. já não bastava a responsabilidade de andarmos em primeiro lugar, agora temos que levar com os sportinguistas nas nossas cavalitas, a gozar com os benfiquistas.

reparem bem, os sportinguistas!

(lembram-se daqueles putos pequeninos que na escola comiam porrada dos mais granjolas? - aquilo que agora se chama bullying. - e lembram-se que depois, havia uns quantos desses putos pequeninos, que arranjavam uns amigos grandes, maiores ainda do que aqueles que lhes batiam, para depois poderem, por vingança, chegarem à beira desses que lhes tinham batido e provocá-los, sabendo de antemão que não lhes ia acontecer nada de mal?

lembram?

pois, eu também me lembro. 

são um clube diferente, ao que dizem!)

(pois) 

domingo, novembro 07, 2010

e hoje, para o jogo do clube...




... iniciarei uma nova era. depois de quase um ano de rickie lee jones (não só dela mas quase) vou mudar para o josh rouse (não só mas quase).

experimentem, não custa nada. 

sexta-feira, novembro 05, 2010

agência de inovação

diz no site desta agência - uma coisa do estado e tal - que a missão deles é:

«...promover a inovação e o desenvolvimento tecnológico facilitando o aprofundamento das relações entre o mundo da investigação e o tecido empresarial português é o objectivo central da agência de inovação.... e blah blah, blah e blah blah blah....»

estes senhores e senhoras são meus clientes.

pediram-me uns recibos. mandei por email (lá está, tecnologia, inovação) os ditos recibos, em formato pdf (olha, olha a inovação e a tecnologia, olha!).

devolveram-me o email: «temos que receber os recibos pelo correio.».

- mas o que irão receber pelo correio é igual ao que lhes remeti ainda agora por email...
- bem sei, mas mesmo assim têm que vir pelo correio.



ajudem-me, por favor, a compreender o mundo.

duke



gostava de um dia saber quantas vezes consigo ouvir de seguida o duke.

in whose bed you gonna be and it's true you only see...

... you won't make it any better.

so if you take, than put back good...

i spend the days with my vanity

sabem...

aqueles bloggers que colocam um teledisco duma canção qualquer e deixam-no ali num post, assim, sem explicação alguma, sem um contexto nem nada?...

e sabem aqueles outros bloggers ou comentadores que depois aparecem a escrever e a criticar (e bem) sobre esse tipo de posts?

pois bem, olhem com atenção para os seguintes posts? vejam bem tanto material para vocelências trabalharem a coisa.

(isto hoje não é um bom dia, não senhor) 

quinta-feira, novembro 04, 2010

é que não entendo, mesmo!

os informáticos que concebem e produzem os sites, assim, dos bancos, dos ginásios, das seguradoras, os simuladores e merdas dessas, depois não os usam pois não?

é que custa-me admitir se sentam nas merdas que produzem e não os estou a ver sujar o rabiosque.

quarta-feira, novembro 03, 2010

ái teque!



através lá duma daquelas aplicações do facebook que usam uma camara de video, tenho a possibilidade de ir vendo um dos meus velhos amigos trabalhando (é alentejano e temos que usar gerúndios, topam?).

ainda não me consigo habituar àquilo. dou por mim muitas vezes com vontade de pegar no telefone e dizer-lhe:

- estava a ver que nunca mais atendias. é só para avisar que deixaste cair o escopro! sim, está ali atrás da cadeira.

segunda-feira, novembro 01, 2010

nós-mesmos, a gente, eles e tal!



é um paradoxo. sério, no mínimo, eu considero isto um paradoxo. no meio duma das maiores crises económicas que há memória, um grupo de pessoas decide, imagine-se, fazer uma empresa.


é isso, tão simples como isso, reúnem-se e deliberam: vamos criar uma empresa!

pronto, quem leia isto imagina que os gajos são mas é uma empresa de advogados, daqueles que vende pareceres ao governo, e até concorda. 

parece-lhes bem, não é?

mas depois vamos investigar melhor a coisa e não tem nada que ver com aquilo. criam uma empresa sim mas, imagine-se, de teatro. isso mesmo, de teatro. assim, como os moliéres, os commedia dell'arte, e os pantomineiros e essas coisas e tal... 

mais, decidem criar uma companhia teatral. 



('tá tudo parvo, não é?)

bom, mas depois paramos para reflectir e imaginamos a coisa com um teatro por trás... ou um subsídio chorudo... um mecenas de mãos largas... um punhado de peças adjudicadas e tal...

mas não, nada disso. decidem começar tudo do zero: sem texto, sem teatro, sem... pronto, no meio da maior crise económica decidem criar uma companhia teatral sem essas merdas todas.

(agora topam mesmo que está tudo mesmo lé-lé da cuca, não é?)


entretanto, o tempo vai passando e desatam, imagine-se, a escrever um texto. isso mesmo, um texto. sabem, aquelas merdas que depois vão dizer lá ao palco para quem os queira ir ver? parece simples, não é? pois, mas não é!


e quando dão por ela, esfalfam-se até ao tutano, conseguem reunir uns amigos, uns carolas  que lhes fazem uns desenhos, outros emprestam-lhes roupa, fazem-lhes cenários... essas mariconeras do palco e mais o camandro... e quando dão por ela, estão a ensaiar uma peça. 

olha, tu queres ver que afinal sempre vai acontecer alguma coisa?.... pois é, e a coisa acontece mesmo.


de maneiras que ontem, já à noitinha e tal, estrearam a coisa. é isso mesmo, o escadote, o barbas, a gira e boa e o vó zoff (deves ser da família do campeão do mundo, dino zoff) estrearam não só uma peça, mas também uma companhia teatral. 

desculpem já ter gasto uns quantos parágrafos e não ter ainda dito nada sobre a peça em si. não liguem, é a minha mania em estragar-me com pragmatismos. confesso que não consigo deixar de pensar no volume de colhões que esta gente tem que ter para se meter numa empreitada destas. e por isso, caramba, quando ontem estava lá  sentado e às tantas os cortinados do palco se abriram para os lados (não fizeram as pancadinhas porquê, porra?), foi nisso que eu pensei: em coragem, caramba, coragem! uma coisinha tão sobrevalorizada por uns e tão armada em reles por outros  e que ontem, curiosamente (ou não, ou não!...), fez-me todo o sentido, quando verifiquei que aqueles malandros se tinham inscrito nas finanças para nos fazerem rir.

e conseguiram!

pela vossa saúdinha vão ver a peça. não liguem às críticas, não liguem ao facto de ser no estoril, não se acanhem por «isto estar uma crise do camandro», venham, registem-se no sáite, e depois comprem o bilhetinho. assim fica mais barato e tudo. 

porra, não me lixem, se o ps faz excursões de santa coisa do assobio para apoiar o antónio costa, não me digam que vocês se ficam e não vêm até ao mirita casimiro (o bar até vende sumóis e merdas dessas e tal) rir uma beca à pála da coltura!

(desculpem qualquer coisinha, pedem-me para divulgar a peça mas já sabem que não faço fretes - olha, olha, vêm mesmo ter ao guichet certinho.... - por isso, faço o que posso e sinto. aqui neste estaminé, param, de vez em quando, 27 pessoas para ler estas coisas. pelo menos essas sabem que eu gostei e recomendo. 

não querem que os obrigue, não?)