sexta-feira, setembro 07, 2007

buzinadelas

na picheleira há um hábito divinal que consiste em parar o carro no meio da estrada em frente a um café ou qualquer outro estabelecimento qualquer, abrir o vidro, mandar meia dúzia de bocas a este ou aquele que laboram na sapec (para os menos habituados a estas lides picheleirenses, a sapec é a sociedade anónima de polidores de esquinas e calçadas) e seguir depois viagem, após aqueles 45 ou 120 segundos de paragem.

o que mais irritava solenemente uma namorada que por lá passava é que essas pessoas ficavam imunes ao som das buzinadelas de quem ficava em fila a gramar com aquela paragem. mais irritada ficava porque mais tarde se apercebeu que essas buzinadelas provinham de condutores não residentes na zona.

existia - e espero que ainda subsista - o hábito de não se buzinar como represália a esses actos. até porque, diga-se em abono da verdade, tocava a todos.

eu explico: imagine-se que acabamos de entrar na frei fortunato e á nossa frente ia o matos, era pois certinho que ele pararia em frente ao greno para mandar umas bocas, sei lá, ao chitas, por exemplo. agora imagine-se que o pires estava parado à porta do agostinho, não é? tinha algum jeito passar por ele e não dizer pelo menos um:
- ó paneleiro, vamos logo à noite jogar à tuna?
agora digam-me, com que cara nós ficaríamos se tivessemos buzinado, 7o metros atrás, ao escort do matos?

por isso, meus amigos, haja respeito e sociabilidade. a partir do momento que passam do largo honório barreto para baixo, desliguem a buzina para evitar tentações. como justifiquei atrás, por duas razões: porque é ineficiente e porque ficam mal vistos.

1 comentário:

Gonçalves disse...

Também se pode analisar por outro prisma. Não buzinar porque o carro da frente pode ser prorpiedade de um membro de outra etnia que facilmente se irrita, ira e se vira contra nós com palavras menos suaves, podendo até ser do sexo feminino, cujos membros sabem puxar cabelos desde tenra idade, julgo até que a partir dos seis meses, quando começam a beber meias de leite na caricia e a gritar pela máriza.