terça-feira, novembro 29, 2005

Intimidades

Ouço dizer que a intidade máxima de um casal acontece, quando já conseguimos soltar umas serenas ao pé dela ou quando, em substituição das nossas mães, lhes confiamos as cuecas e as meias, na altura de serem colocadas na máquina da roupa.

Não concordo. Atingi o nirvana da intimidade conjugal quando deixei de ter vergonha de andar pela casa vestido unicamente de meias e cuecas.

segunda-feira, novembro 28, 2005

Não paguem!!!

E depois vemos o Setúbal com os mesmos pontos do Sporting e com mais 4 que o Benfica, e pensamos no esforço que o Vieira e o Franco fazem para pagar os ordenados dos jogadores e meditamos se não será melhor fazer como o Chumbita: não paguem!!!!

Fun-fun

E com um ano e oito meses, a minha filha deu-me finalmente o prazer de adormecer (e dormir uma bela soneca) no meu colo enquanto eu lhe fazia um fun-fun com o cabelo.

E esta gaita é muito melhor do que o que as pessoas contavam...

O Século

A trisavó da minha filha, a grande Ermerita Costa, fez 100 anos. E pronto, tinha aqui pano para mangas para fazer um postaço dos diabos, não é?

Mas sinto que não tenho pedal para lhe prestar a homenagem que ela (e que a ocasião) merece.

Pedal, pedal, tem ela. Sem dúvida alguma. Assitimos àquele soprar de velas (nunca tinha estado numa festa de aniversário cujo bolo tivesse 3 velas) e vemos que este centenário é, para ela, um reles patamar. É isso que mais nos deixa perplexos, é verificarmos que o seu fim não está cada vez mais próximo, o início é que já vai longo.

Tanto é que, quando cantámos os parabéns e ela soprou as velas, fez logo ali, uma declaração que soou a promessa para ser cumprida: "aviso já que ainda vou viver mais 2 ou 3 anos."

A esse propósito, relembro outra história ocorrida no seu 99º aniversário. Quando lá chegou a casa uma amiga (seguramente, uns 50 anos mais nova) para lhe dar os parabéns, disse de imediato: ó Amélia, tira aqui uma fotografia comigo, para eu depois a pôr aqui na prateleira e lembrar-me de ti quando morreres!

E o mais incrivel é que não diz estas coisas para que os presentes se riam. Não, di-lo com a convicção de quem gosta mesmo é de viver.

Maravilha!

sexta-feira, novembro 25, 2005

O querer

Que me lembre contam-se pelos dedos de uma mão os jogadores que respondiam, mais ou menos correctamente, às perguntas dos jornalistas. Estou a lembrar-me do Dani, do Baía, do Rui Esteves, do Paulo Sousa, do Sá Pinto e pouco mais.

Do lado oposto lembro-me de um caso fantástico que era o Hugo Porfírio. Eu adorava aquelas entrevistas. Primeiro o Porfírio era um gajo que não devia gostar muito de jogar futebol, ele gostava era de fazer fintas; segundo, era completamente desmazelado e gostava de ostentar essa desarrumação no vestuário e no cabelo (usou cabelo à moicano, 5 ou 6 anos antes do Beckham) e finalmente, estava-se a cagar literalmente para o que os jornalistas lhe perguntavam. Eu acho que ele fazia aquilo de uma forma deliberada, os gajos perguntavam-lhe sobre o adversário e ele respondia que a comida do hotel era muito boa e que isso os motivava para o jogo. E conseguia dizer isto sem se rir e com os olhos postos no chão. Fantástico.

Agora temos um novo Porfírio. Estou a falar do Quaresma. A diferença é que este, além de ser um craque do caneco, não deve saber fazer mais nada. As entrevistas dele são do que melhor se faz em portugal no campo do humor futebolístico. Eu dou um prémio a quem conseguir detectar uma resposta dele a uma pergunta do jornalista. Normalmente troca as respostas.

Neste último jogo do Porto a terceira resposta dele correspondeu à primeira pergunta que o jornalista lhe fez. Normalmente fala «do querer», do «trabalhar mais», «da motivação extra», etc, mas não consegue ligar uma coisa com a outra.

Adoro!!

Política à portuguesa

A mim faz-me impressão a política portuguesa. Incomoda-me por exemplo que os eleitores não saibam o que faz um Presidente da República ou um deputado ou um vereador.

O que eu quero dizer é mesmo o que fazem no dia a dia. Chegam de manhã lá ao gabinete, ligam o computador, veêm os mails e depois? Depois fazem o quê?

Pois é a resposta a estas questões que eu acho que a maior parte do povo português não sabe responder.

Vamos lá ver uma coisa: pode fazer alguma impressão, a um bom grupo de pessoas, assitir a novelas cujos actores são modelos e afins, não é? E eu até acho que sim.

Pois então, porque é que não há-de fazer impressão ver pessoas que foram eleitas para fazer e discutir leis, fazerem-no mal e ainda por cima candidatarem-se a gerir uma Câmara Municipal. E ganharem, imagine-se.

Faz-me impressão, não há nada a fazer. As pessoas crescem a colar cartazes e a distribuir autocolantes pelas associações de estudantes e quando damos por ela são políticos profissionais. Na realidade não sabem fazer mais nada.

Mas saberão fazer política? Tenho as minhas dúvidas.

Jogo de dedos



A coisa acontece normalmente à Quinta-feira, o Porto faz um resultado de cáca nas competições europeias, eu fico ali, no sofá a passar os canais da cabo e, invariavelmente, detenho-me no Fox Life a ver o L-World.

Convenhamos, um gajo que cresceu a ir ver concertos no Coliseu de cantoras da MPB, está habituado a apanhar com aquela turba de fessureiras (lésbicas à moda da minha terra) asquerosas, de cabelinho curto cheio de gel, cigarro ao canto da boca, blusão de cabedal, mangas arregaçadas e mãos nos bolsos.

É, pois, colírio para os olhos, assistir a uma série em que as gajas, além de se andarem a comer de dedos em riste, são todas giras e com muita pinta.

Não que me dê especial ponta, nem tenho nenhum fetiche pelo facto de ver mulheres a beijar outras mulheres. Não, não é por aí.

A coisa boa, é que em cada linguado que aparece no ecrã, em vez de estarmos preocupados em olhar para o lado onde está a gaja para apreciarmos a cena a nosso bel prazer, podemos escolher um lado qualquer. Vai dar tudo à mesma.

Maravilha!!

quinta-feira, novembro 24, 2005

Tecla 3

No parque de estacionamento do Centro de Saúde de Oeiras há um sinal de trânsito que informa que existe estacionamento autorizado para, e passo a citar, 2 DEFECIENTES.

Ora a minha dúvida é a seguinte, podem lá estacionar dois veículos, conduzidos por aquelas pessoas que têm dificuldades motoras ou podem lá estacionar os deficientes dos gajos do departamento de trânsito da Câmara, que nem sequer sabem consultar um dicionário para tirar uma dúvida ortográfica?

quarta-feira, novembro 23, 2005

Que bela pinga

Ó Hélder, tu já viste bem isto?

E não é que estavam também lá no vidrão garrafas de leite com chocolate e água das pedras e ela foi logo abocanhar a de cerveja?

Será que daqui a uns anos, quando for sair com o primeiro gajo, ele bebe um cafézinho e ela bota abaixo 11 imperiais (ou foram 13?)?

segunda-feira, novembro 21, 2005

Coroado

O Jorge Coroado, juntamente com os fotógrafos de casamentos, faz parte do grupo dos maiores cromos de Portugal. Ou melhor, não é bem um cromo, é um postal.

Já não bastava dizer xelsia, andérsón, ou midlesbrógue, não, agora foi mais longe.

Agora a nova dele, é pronunciar o nome do jogador bracarense Nem como Néme. Pronto, assim a rimar com leme.

Brioooooooooosa!

E eu que espero que a minha equipa ganhe sempre e que ganhe bem, fico sempre contente quando isso sucede logo com uma goleada.

Mas quando isso acontece contra a Académica, equipa do meu saudoso avô materno (uma das pessoas que me ensinou a ler), a alegria esfuma-se um bocadinho.

E desvanece-se completamente, quando é o árbitro que inventa o terceiro golo do Porto.

A Académica não fez nada de nada para ganhar este jogo, mas não merece nunca sofrer golos destes, muito menos do meu clube.

quinta-feira, novembro 17, 2005

Pisc - pisc - pisc

Eu não peço que me dêem prioridade, não exijo que me agradeçam quando lhes faço sinal com a mão para passarem, não preciso que me façam sinal de luzes a avisar que a bófia está ali à frente, não, eu não preciso que me façam essas coisas

Eu só peço, por favor, o mais encarecidamente possível, com a maior deferência do mundo que liguem os piscas quando necessitarem de virar, encostar, estacionar, sei lá, quando for necessário fazê-lo, foda-se!

Mas o que é que se passa com pessoal qua conduz? Cortaram-lhes os dedinhos, foi?

Pigmeus

Por causa do raio destes bonecos, passo a vida a assobiar o raio desta música (deixem-se estar um bocadinho no site, que a musica aparece logo). E assobio no carro, no trabalho, em casa, enquanto cago, no banho.... dasse!

Parece visco, fica-nos entranhada. Há algum remédio para isto?

Melhoras

A coisa positiva da minha filha já estar em razoável estado de saúde é isso mesmo, é já ter mais saúde.

A coisa negativa, não é uma são muitas: deixou de nos pedir colinho e ficar ali em cima de nós, quietinha e caladinha durante um porradão de tempo, a receber festinhas e fún-fún (ok, um dia explico o que é isto); passou a chorar, não por dores mas sim por birras; enquanto esteve em casa a convalescer, teve tempo suficiente para descobrir como é que se mudam os dvd's dos Little People; já não nos dá beijinhos e festinhas melosas, etc.

Eu não peço que a minha filha fique doente, mas porra, não dá para fazer um mix? Não dá para ficares boa e continuares a querer festinhas, fún-fún, beijinhos e afins? Custa-te muito?

Socorro, socorro, socorro!

O meu patrão descobriu o António e Os Filhos do João.

Por favor, alguém que o cale!!!

terça-feira, novembro 15, 2005

Éte náite

Às 5 da manha, já tive tempo de ler quase todas as revistas que estavam na mesinha de cabeceira.

Depois de mais umas quantas "visitas" à minha filha, finalmente acho que vou conseguir adormecer.

Parece que não. A minha filha chama-me para mais um carinho. É claro, não resisto. Mas digo-lhe que tenho a mãe lá na cama do pai, com gripe e a precisar também de festinhas.

Começa-me a doer também a merda das costas.

Estou num impasse. O que raio quer a miúda? Começo a lembrar-me do que habitualmente fazia a esta hora se andasse na night. É isso mesmo. Ia para o Poço dos Negros comer cachupa. Vou à cozinha, aqueço e dou-lhe meio biberão de leite. Parece que é desta que vamos adormecer todos.

E eu não preciso de comments comiseradores, eu quero é um Dinintel para me manter acordado, um Valium 5 (não não, um 10 é melhor) para ver se consigo adormecer e mais qualquer coisa que não consigo saber o que é. O impasse continua.

às 2 da manhã

A minha filha continua com febre. Chama-me. Quer, literalmente, um carinho. Depois de beber água e de lhe embeber a chucha em Aero-Om (e eu que não consigo deixar de chamar a isto Euro-ome?), faz sinal para eu ficar mais um bocadinho com ela. Diz "mão, mão" e pega na minha dita cuja e coloca-a na sua cabecita, a tapar a orelha.

Quase que adormeço em cima das grades da sua cama. Abana-me a mão e o braço, quer que lhe faça festinhas na cabeça até adormecer. Quer que lhe mexa nos cabelos e lhe dê pancadinhas no rabo (coisas de gajas, sem duvida).

E eu adoro aquele pedido. E ela é tão mariquinhas. E às vezes é tão pai.

Quando o sossego é demais...

Filha doente com febre, mãe doente com gripe, as duas na sala, uma ao colo da outra. Pai de faxina à cozinha.

A casa está em silêncio há já um porradão de minutos, vou à sala saber se está tudo bem. Parece que sim. A filha está sossegadinha, com olhos de carneiro mal morto quase a dormir, no colinho da mãe. Pergunto, "está tudo bem?". "Sim, sim", diz a mãe, e acrescenta "É que estou aqui a ver o VideoShow. Vai começar uma nova novela lá no Brasil e quem está a fazer as entrevistas é o Reynaldo Gianecchini. Ele também entra lá na novela"

À medida que olha para a televisão e vê o senhor a falar e a mandar-lhe beijinhos, a gripe parece deixar de a apoquentar. Solta um "ai meu Deus, quem me dera ser Marília". Eu encolho os ombros dividido entre ir ali à net, imprimir os documentos para pedir o divórcio ou dizer-lhe que também admiro muito o trabalho de umas actrizes búlgaras que aparecem nuns mails que recebo de uns amigos meus.

Que se lixe, vou continuar a fazer o jantar.

sexta-feira, novembro 11, 2005

Saudade

Touring the Angel

A american leg da tournee 2005/06 dos Depeche Mode já começou. Para os que estão a contar os dias pelos dedos, à espera que eles cheguem, fica aqui a set list:

A Pain That I'm Used To - Playing The Angel (2005)
John The Revelator - Playing The Angel (2005)
A Question Of Time - Black Celebration (1986)
Policy Of Truth - Violator (1990)
Precious - Playing The Angel (2005)
Walking In My Shoes - Songs of Faith and Devotion (1993)
Suffer Well - Playing The Angel (2005)
Damaged People - Playing The Angel (2005)
Home - Ultra (1997)
I Want It All - Playing The Angel (2005)
The Sinner In Me - Playing The Angel (2005)
I Feel You - Songs of Faith and Devotion (1993)
Behind The Wheel - Music For the Masses (1987)
World In My Eyes - Violator (1990)
Personal Jesus - Violator (1990)
Enjoy The Silence - Violator (1990)

Somebody - Some Great Reward (1984)
Just Can't Get Enough - Speak and Spell (1981)
Everything Counts - People are People (1984)

Never Let Me Down Again - Music For the Masses (1987)
Goodnight Lovers - Exciter (2001)

Parece-me um grande set. Muito bom, mesmo.
Só mais uma coisinha, à atenção da Karla, o gajo não vem com as Levi's 501 brancas.
Calma, não fiques triste. Traz umas pretas justíssimas. Continua a abanar a peidola e passa a maior parte do tempo em tronco nu. Ficaste mais feliz?

The Office

Perguntam-ne no escritório:

- Sabes do papel higiénico?
(mas porque é que vêm sempre ter comigo?) - Não há mais????
- Não, Preciso para limpar os pincéis.
- Pincéis? Tens mais que um?
- São mesmo de pintura.
- Ah, ok. Então e na outra casa-de-banho também não há?
- Não, já lá fui ver e também não há.

Mau, mau!....

Pergunto em voz alta:
- Quem é que acabou com o papel higiénico e não disse nada?

Ninguém se acusa.
De raiva, vou ao super e compro 4 contos de papel higiénico.

Cagões!!!!!

Iron Maiden



Como família burguesa da linha de Cascais que somos,
bom vamos lá a ver, burguesa burguesa não somos ainda, falta-me ser proprietário de uma empresa de construção civil falida, falta-me ter um volvo pago com um leasing lá da empresa falida, falta que a minha mulher tenha uma casa de pasto com um nome tipo "casinha da tia" e que venda quiches, tortas, salgadinhos e scones e, muito importante, falta-me conseguir proferir as palavras Sé Velha, da mesma maneira que as pessoas vulgares dizem Sevilha
temos todas as quintas-feiras lá em casa uma empregada (como a que a foto esclarece)
digo empregada, porque noutro dia encontrou-me no Paredão e apresentou-me ao seu irmão como sendo o seu patrão...
que nos faz (mal) as limpezas e que passa a roupa a ferro.

Por causa dessa referida menina, não há uma puta duma sexta-feira em que o cabrão do volume da aparelhagem/despertador lá do quarto não esteja no máximo - por causa da porra das limpezas - e que me faz saltar da cama de uma forma violenta - sujeito a vazar um olho da minha querida companheira de cama -, provocando um estrondo tão grande, que a minha filha desata num pranto de raiva.

Fica aqui prometido, perante os 14 leitores que habitualmente me visitam, se torno a ver a gaja no Paredão, seja com o irmão, seja com o pai, dito e feito, agarro-a pelos cabelos e atiro-a para o mar.

Dasse!!!!!

quinta-feira, novembro 03, 2005

quarta-feira, novembro 02, 2005

Beijos

Caguei para o facto dela só ter começado a andar aos não sei quantos meses, estou-me marimbando para o facto de só há pouco tempo ter começado a mastigar, nem quero saber com que tempo de vida nasceu o primeiro dente, estou-me nas tintas para o facto de ela fazer ou não desenhos ou empilhar peças de lego, o que realmente me deixa feliz - e até aqui me deixava transtornado - é o facto de finalmente ao 1 ano e 7 meses ter decidido começar a dar-me beijinhos.

Começou com um, depois mais um outro meio envergonhado, noutro dia enfiou-me quatro chochos de seguida..., pois é, finalmente esta coisa de ser pai, começa a ter algum interesse.

Marginal

Depois da mudança da hora, o regresso pela Marginal deixou de ser feito ao pôr-do-sol com aquele céu cheio de rosas e laranjas e passou a ser feito à noite.

Depois da mudança da hora, a Marginal passou a ter engarrafamentos farsolas. Antes da mudança da hora, os engarrafamentos da Marginal eram os mais bonitos do Mundo.