quinta-feira, dezembro 30, 2010

e a ver bem as coisas, o achtung baby já vai fazer 20 anos. está um homem!



gostava de fazer um post, em jeito de balanço, sobre este ano que amanhã acabará lá para os lados da raia espanhola, mas não tenho cabecinha para isso.

não sei bem que livros li, que filmes me excitaram, que golos me emocionaram, que jantaradas me encheram a alma. é escusado, não me lembro, não dá para um fazer texto cheio de pintarola.

porém, há merdas fodidas, fico agora a pensar na quantidade de banhadas que se conseguem acumular numa mera dúzia de meses.

é de caraças! 

coisas que adoro nos países de lingua inglesa e que seriam impossiveis em portugal: pessoas usarem diminuitivos nos títulos honoríficos (e não só)

sir alex fergusson em vez de sir alexander fergusson
presidente bill clinton em vez de presidente william clinton
vice-presidente joe biden em vez de vice-presidente joseph biden

etc, etc, etc





estão a imaginar, numa conferência de imprensa, o jornalista da dica da semana virar-se para o durão barroso e perguntar-lhe:
- zé manel, e agora, qual o caminho da comunidade europeia?


 

não digam nem bem nem mal, antes pelo contrário.

algures no século passado, numa viagem de regresso do dois mil na minha "potente carrinha", perguntou-me o meu cúplê da noite o que é que eu achava da moça que ele tinha despachado (sem aviso de recepção nem registo) umas semanas antes.

e é nessa altura que descobrimos qual é a última coisa da condição humana que devemos revelar a outrem, depois de termos contado despudoradamente às gajas que «sim, era habitual tirarmos à sorte ou, num acto supremo de amizade e irmandade masculina, chegarmo-nos à frente e enunciarmos a, por vezes dolorosa, frase: ok, bute lá, eu fico com a gorda/de óculos». dizia, a última coisa que devemos fazer quando não é bem dizer «ah, quer dizer, o meu pai chegou a ir a um comício do cds em 1975!», é mesmo emitir uma opinião sobre uma gaja/gajo/amigo/amiga dum amigo/amiga com uma relação deficitária.

mais tarde ou mais cedo, acreditem, ele/ela volta a apaixonar-se por ela/ele ou voltam a ser amigos, ou voltam a trabalhar juntos e, nessa altura, tramar-se-ão quando forem delatados com a seguinte frase: imagina tu que ele insinuou que tu até mijavas no duche, quando não estavas a tomar duche.

admirem-se! 

quarta-feira, dezembro 29, 2010

este cabrão do pipa é tão armado aos cucos ou nariz empinado. fooooooda-se!

peço desculpa aos visados, mas já não há cu para o caralho dos posts da ensitel.

sim, poderia ter, simplesmente, ignorado a malta que falou ou escreveu mas, confesso - mea culpa -, não tenho essa capacidade de olhar para o lado. funciona como as escarretas dos velhos, um gajo ouve os gajos a repuxarem a trampa vinda lá da casa do caralho dos pulmões e mentaliza-se «não vou olhar, não vou olhar, não vou olhar...» e depois acaba por não resistir e dirigir a cabeça lá para aquela espécie de ovo cru sem casca projectado contra as pedras do passeio.

não aguento tudo. lá fui aguentando os posts sobre a solidariedade por causa do terramoto do haiti, os posts sobre o senhor do adeus, os posts sobre as touradas ou as festas de barrancos, os posts sobre a licenciatura do senhor engenheiro, os posts sobre o orçamento, os posts sobre o bebé do ronaldo, os posts sobre a greve geral, etc, mas com estes da ensitel senti-me empurrado para as cordas. é realmente incrível a capacidade que as pessoas têm de opinar.

isto não é uma limpeza étnica, funciona antes ao contrário, sou mesmo eu que não tenho capacidade de ir por onde a maior parte vai. não sou melhor, não me sinto pior, sinto-me é mais fraco. ou seja, franca e sinceramente, não estou para me chatear com turbas desaustinadas.

há duas ou três coisas que ainda tenho: sou eu que mando na minha hambre e ainda sei ocultar amigos no face ou desarriscar blogs do ridâr.

(e se querem ver o que é um gajo ser chato com merdas e posts sobre um determinado assunto, aguardem pelo início de junho e vão ver o que é bom p'á tosse. deus me ouça, caramba. os bilhetes, pelo menos, já estão comprados.)

não é à tua que os riéliti chous têm tanto sucesso

mesmo as pessoas ditas «normais» e «elevadas» são cuscas cumó caralho!

rui oliveira e costa

seis em cada dez pessoas que assumem que nunca mais comprarão nada na ensitel, nem sequer sabem o que é a ensitel e andam é a fazer boicote ao netspeed da beltrónica ou às lojas da fâune auze.

três em cada dez pessoas que assumem que nunca mais comprarão nada na ensitel, sabem o que é a ensitel mas não têm nenhuma loja da ensitel nas redondezas e estão zangadíssimas pois não têm possibilidades de fugir delas.

uma em cada dez pessoas que assumem que nunca mais comprarão nada na ensitel, confundiram a ensitel com a telecel e, como já não encontram nenhuma loja desta marca  por aí na rua, sentem-se felizes pois sentem que conseguiram fazer com que um império se desmoronasse em 2 dias. 2 dias úteis, atente-se


 

terça-feira, dezembro 28, 2010

fourtysomethingzania

vozes credíveis explicaram-me o que é a kidzania.

entendi. também quero. 

gustave le bon

vamos fazer um post sobre a ensitel?
vamos!!!!!!!!




vamos perceber primeiro o que é que realmente aconteceu?
naãããããããããõoooo!


então?
dizemos mal para parecermos muitos e que se foda a taça!


ah, ok!

quinta-feira, dezembro 23, 2010

olha lá eu, aqui, - que coisa tão bonita de pôr num título: "lá" e "aqui" - todo armado em leigo benzido

para os - poucos - cuja celebração do nascimento dum tal jesus ainda faz sentido, desejo-vos um, sentido, santo natal (ai o meu querido e saudoso padre albino deve andar a revolver-se na cova com estas coisas do natal e tal...).

para os outros... bom, para os outros, sinceramente, só espero que não se engasgam e aproveitem bem esta coisa dum feriado cristão - cruzes, credo que somos todos tão laicos! - para partilharem um espírito de paz e caridade. já não digo para com o mundo inteiro mas, pelo menos, para os que estão mesmo mesmo aí à vossa beira. e não são tão poucos quanto isso.

tanta saudade

(...)
- eu tava tocando violão e ele falou assim "minha preta, devia tocar isso no baixo."
- tava tocando tão bem! tava fazendo um negócio no violão assim... apresentou uma música e eu falei "neguinha, pretinha do pai, vai p'ro contrabaixo, preta! vai defender teu futeboooool lá no contrabaixo.". aí ela se derreteu toda foi lá p'ro contrabaixo e tá aí, tirando maior onda...
- mas eu achei muito grande. não estou acostumada com um negócio grande!
- você 'gueeeenta, 'gueeeeeenta! jesus!



 

eu não sei se isto é importante....

... mas eu acho que até é. 

(vocês lá saberão avaliar a coisa. )

eu só queria dizer que a google comprou o prédio onde eu comprei todas as minhas cuecas.

repito, todas!

agora venham-me com merdas de dizer que isto não é importante! olha, olha...

quarta-feira, dezembro 22, 2010

sushi


o livro do ano (de caras!)

http://pipaterra.blogspot.com/2010/06/65.html

http://pipaterra.blogspot.com/2010/06/142-143.html

http://pipaterra.blogspot.com/2010/06/164.html

http://pipaterra.blogspot.com/2010/06/221.html 

como já disse aqueles já não posso referir o lonely avenue do ben folds, pois não?

(eu não queria meter nenhum de 2010, não começar a dizer que gosto de música moderna, mas vá ...) ou então é este, pronto

disco do ano de 2010

aí pelo segundo ano consecutivo, mas desta vez em ezécu (não sei bem se é assim que se escreve. mas para mim ou é ezécu ou é eusébio) com o 1972 - que é de 2003 - do josh rouse e a ost do this is england - que é de 2006 -, não poderia deixar de ser o primeirinho da rickie lee jones.

 

terça-feira, dezembro 21, 2010

tenho um post it...

... no meu monitor com a palavra 'fizemos'. 

começava a ser preocupante a quantidade de vezes que eu escrevia 'fizémos'.

venho agora da reunião lá na escola por causa das avaliações da minha filha....

... e lá fiquei com a certeza daquilo que suspeitava há mais tempo: gosto muito da professora dela.

quanto às notas: que é que esperam, venho frustradíssimo, ora! continua a não saber usar o ctrl+alt+del.

anthony bourdain - da greitâste

no programa que deu ontem-  repetidíssimo - o tony foi dar uma volta com a namorada pela sardenha, terra dos sogros.

já passaram umas doze horas e eu acho que ainda me estou a babar.

(e a gaja.... vai lá vai!)

desculpem os puristas, mas esta versão... isto é as raízes da coisa. e eu gosto mais assim!

segunda-feira, dezembro 20, 2010

coisas que eu até acho que já havia no tempo da múmia da neve

duas miúdas + primas + de férias + dormindo juntas = segredos, risinhos e «calem-se! tocamaséadormirdumavezportodas, cum raio!»

coisas do jorge amado, como só ele as sabe fazer.


e com o final da saga das visitas ao hospital por causa do raça do meu nariz, terminaram também as intermináveis horas de leitura.

é certo que muitas dessas horas foram mas é passadas a olhar lá para o plasma da recepção que exibia quase sempre o tititi (maluuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu!!!!!!!!!!).

uma das coisas boas dos serviços médicos, é fomentarem a leitura: o médico atrasa-se, as páginas avançam.

mas este post só veio para aqui porque ao ler este livro recordei-me duma caldense que nos anos noventa frequentava a green hill e cujo o cognome era, imagine-se, ana backside. 

julgo que isto não carece de mais explicações.

ora, e lembrei-me da ana por quê? simplesmente porque uma das personagens do livro que agora me acompanha tem o maravilhoso nome de "glorinha cu de ouro".

(na realidade a glorinha era inicialmente glorinha do divino, contudo, tornou-se, digamos, afreguesada, e passou a ser conhecida como glorinha cu de ouro).

sexta-feira, dezembro 17, 2010

desapareceu de casa de seus pais.....

caramba, porque é que deixaram de colocar na tv, depois do telejornal e antes do bem amado, aqueles avisos que começavam, mais coisa menos coisa, com o célebre: desapareceu de casa de seus pais...

será que já não desaparecem? 

quinta-feira, dezembro 16, 2010

tá bem que o senhor já tinha quase 90 biscas, mas caramba, era um dos meus realizadores, pá!

tá bem que o senhor já tinha quase 90 biscas, mas caramba, era um dos meus realizadores, pá!

tá bem que o senhor já tinha quase 90 biscas, mas caramba, era um dos meus realizadores, pá!

se aquelas cenas de porrada lá na grécia fossem com malta da extrema-direita em vez de da extrema-esquerda, o louçã já tinha vindo para a tv dizer alguma coisa sobre o fascismo e coisas assim?


eu era íntimo do carlos pinto coelho mas já não fui a tempo de ser próximo do sá carneiro

a coisa aconteceu em londres, no aeroporto de issrô, algures em 1998 (lembras-te cariño?). para evitar atropelar os calcanhares duma leidi ingalesa, o meu troley chocou com o do carlos pinto coelho e pedi-lhe desculpa. ele sorriu e disse-me «passe, passe, os mais jovens primeiro!». recusei, sorrimos e lá passou ele à frente.

pronto, é isto. pode-se dizer que fui íntimo, não é? 
não me digam que não, porra!

foi o meu momento acontece.

mais a sério: era daquelas pessoas que nos ensinava coisas, não era? não me refiro apenas às coisas que anunciava, às coisas que divulgava, refiro-me também àquelas buchas que ele metia no meio das conversas da tv onde não deixava de explicar e ensinar isto, aquilo ou aquilo ali.  faz falta. e já não há muitos mais assim.

gabardines de manchester



se os joy division, os durutti column, os a certain ratio ou os the smiths tivessem surgido, vá lá, na praia de pipa em vez de em manchester, a peça de roupa mais almejada, ali entre 82 e 88 (depois ganhou-se juízo) teria sido umas bermudas ou, quem sabe, uma havaianas e não uma gabardine?

é com posts assim que depois as pessoas ficam a pensar «aquele caralho lá do pipáterra deve ser culto. o gajo lê e tal...». ou então não!

juro, julguei que conseguia. levei um livro do sam sheppard (um valente cabrão imaculado) para ler duas ou três histórias enquanto ela se fazia na piscina uma mark spitz sem bigode nem masculinidade. até me sentei de perna traçada e tudo.

olho para cima sem querer e numa das televisões estava a dar uma novela com a malu mader.

que se foda a cultura! encerra-se o livro.

(neste livro do sheppard tenho um marcador do edward hopper. e esta hein? níbel do catano. é ou não é?) 

sozinho em casa - ali perto do semáforo para caparide

a caminho da natação, ela em silêncio, eu ali com a mão direita entre a maçaneta das mudanças e a perna dela, na telefonia começa uma canção:



- ó cuca, ó cuca, pára tudo. olha-me bem este som... chinga-punga chinga-punga chinga-punga chinga-punga chinga-punga... já viste bem, pá? 
- ...
- chinga-punga chinga-punga chinga-punga. estás a topar este começo? chinga-punga chinga-punga chinga-punga chinga-punga chinga-punga... vê lá... estás a ver bem?
- ... 
- chinga-punga chinga-punga chinga-punga isto é mais coisa menos coisa aquele começo do edge of seventeen...
- ...
- mas tu estás a dar-me atenção ou não? olha, olha agora a guitarra... vai rebentar... vai rebentar....
- ...
- wow!!!!!!!!!!!!! tinga ninga nin  tinga ninga nin tinga ninga nin tinga ninga ninó cuca, topa-me bem isto... que groove dum raio! tinga ninga nin tinga ninga nin tinga ninga nin...
- ...
- tinga ninga ninisto está ali entre o alex kapranos e o nile rodgers... tinga ninga nin tinga ninga nin 
- ....
- é passante! é ou não é filha?
- ó pai, já encontraram a carrinha dos xutos?
- quê?????????????? ó filha, santa paciência. então eu a falar-te no nile rodgers e tu vens-me com os xutos, pá? mas achas que o joão cabeleira se compara ao nile rodgers? tinga ninga nin tinga ninga nin tinga ninga nin tinga ninga nin 
- põe mais baixo, pões? a mãe deixa-me dormir quando vamos para a natação...

quarta-feira, dezembro 15, 2010

sozinho em casa


lá está, é mais outra gaja que eu em tempos andei a comer mas claro, nem vocês - nem ela! - souberam disto!



e hoje de madrugada (nem perguntem) o hollywood estava a dar o against all odds.

(oh meu deus, como eu gosto daquele filme!) 

e é, seguramente, a única que mete canções do primeiro lp do bryan adams, sem ser o hiddin' ou o gimme your love

a 105.4 fm é a melhor rádio do mundo em música internacional e não tem um caralho duma música portuguesa que eu goste.

hoje de manhã, aí pelas 9h04.



obrigou-me a ficar ali estacionado, ao solinho, à espera do finzinho da canção. 

a caminho do banco, hoje de manhã, ali junto à papelaria bonanza

- comprei ali na cigana. vai lá que ela ainda tem em azul. e faz-nos o rabo pequeno, sério!

reparem que eu nem me refiro à qualidade e ao tipo de humor. caramba, se eu não gosto, há com certeza quem goste, porra!

três ou quatro semanas depois de uma utilização quase diária do canal q apercebo-me - eh pá, nesta é que o 'realizei' ficava bem, porra! - que continua mesmo enraizado o espírito da crítica impressionista  - se eu gosto é bom, se não gosto é mau - e do turn up nose - se gostas dos the national senta-te aqui à minha beira, se gostas do bieber ou do paulo portas vê se cresces e apareces e já agora, chega-te assim um cadinho para a esquerda, está bem?

e vai mesmo assim, sem teledisco nem nada, só com a capa, ali, estática e tal...

confesso que só hoje, aqui, agora, uns 25/28 anos depois de me ter apercebido - ia dizer realizado mas contive-me - que este disco existia, é que descobri que o roy bittan é que o gajo das teclas deste disco.

e isso, convenhamos, traz felicidade a um gajo!

 

terça-feira, dezembro 14, 2010

sexta-feira, dezembro 10, 2010

em tempos houve uma gaja de quem eu... ora bem... vocês sabem, né? às tantas, uns quinze anos depois um colega comum exclamou, perante a novidade «- quê, tu? sério? com a....? nahhh!.... mas a gaja tinha bigode, pá!... é bigode é, qual sombra da luz, qual carapuça!»

aquilo escuro sobre o lábio da namorada do ronaldo é sombra, defeito do flash ou é um clássico buço?

sfat




... quer-se dizer, se fosse eu a mandar, não tinhas morrido, pronto!
 
 
 

the accidental tourist



os meus «melhores filmes de sempre» são mesmo assim como este. 

não sei explicar. 

é claro que também eu, algures no passado (e se calhar ainda agora no presente), ao querer enumerá-los, enchi a peitaça para fazer sair às cambalhotas: os apocalipse now; os outsiders; os rumble fish; os reservoir dogs; os raging bull, os out of africa, etc, etc etc... sim, também os filmes da nossa vida são sempre estes.

mas depois, se tivéssemos aquele contador do ipod que regista o número de vezes que esta ou aquela canção foram reproduzidas e o pudéssemos adaptar ao número de vezes que vimos este ou aquele filme, as listas acabariam por ter outro tipo de referências.

não?

a verdade é que tenho a certeza de já ter visto mais vezes o remains of the day que o rumble fish; o shadowlands muitas mais vezes que o the outsiders e, de caras, o 10 ou o skin deep mais vezes que o magnolia...

reparem, eu não estou a dizer que são melhores ou piores - já não dou para esse peditório -, eu estou é a dizer que há ali uma dúzia de filmes que eu não me canso de rever e que, vai na volta, são os filmes da minha vida.

children of a lesser god; mystic pizza; fried green tomatoes; prince of tides; beautiful girls; little women; steel magnolias...

não sei explicar isto muito bem. 

sexta-feira, dezembro 03, 2010

optimistas

percebemos que somos pessoas generosas (cof, cof, cof...) quando olhamos, repetida e diariamente, para um conjunto de dvd contendo uma cópia da chiquinha gonzaga prometidos a um taxista que conhecemos em férias e de quem ficámos, vá lá, amigos.

percebemos que somos pessoas optimistas quando olhamos, repetida e diariamente, para um conjunto de dvd contendo uma cópia da chiquinha gonzaga prometidos a um taxista que conhecemos em férias e de quem ficámos, vá lá, amigos e não o deitamos para o lixo nem oferecemos a qualquer uma das pessoas que por vezes para lá olham e dizem «ahhh, empresta-me....», porque temos a suprema esperança de os entregarmos - como prometido - ao tal taxista, em mão, ..... na praia do forte! 


 

falta eu acordar, ser gente grande p'rá poder chorar...

eu sei que sou aborrecido e repetitivo, mas eu tenho que voltar a esta canção, a este marmelo, a este vídeo, ora, de vez em quando.

 

ahhhh boucherie, há coisas que não te perdoo!



na radical: meteram agora o conan (eles lá sabem), mantiveram o leno (pois...) e tiraram o jimmy fallon.

mas está tudo parvo?

(fiy: e se for importante para vós (ou não), pus um video meio gleezado mas sou heterosexual.)

quinta-feira, dezembro 02, 2010

não digo todos os dias....

... mas, seguramente, todas as semanas, pergunta-me:

- sabes se já encontraram a carrinha dos xutos, pai? 

terça-feira, novembro 30, 2010

olha, fiz seis anos e nem dei por isso.

sempre com o mesmo template, sempre com vontade de o mudar desde o primeiro dia.

(mudo quando fizer 10 anos. se ainda houver a internet e estas coisas...) 

ai jasus!

o comunicado do clube é de rir, é do mais ridículo que já por aí li e demonstra aquilo que todos nós já sabíamos e que infelizmente continuamos a assistir.

o contra-comunicado do benfas só peca porque foi na onda do do clube. deveriam era ter-se mantido na sua, ou seja, deveriam continuar a frisar que os jornalistas são os únicos, repito, os únicos profissionais que estão acima da «lei moral».

bom, mas estes são assuntos religiosos e não são desportivos.

o que aconteceu com o jesus é um pau de dois bicos, o treinador seria sempre prejudicado pela comunicação social. se respondesse que continua a sentir o apoio da direcção o jornalista logo faria o habitual comentário como que  dizer «deves!....» se respondesse que não tem o mesmo tipo de apoio do ano passado, lá conseguiria os seus intentos, ou seja, conseguia, pura e simplesmente humilhar o senhor, sem ganhar rigorosamente mais nada.

tenho pena que o jesus não tenha a frieza do mourinho nestas situações. recordo com algum agrado o momento em que, ainda ao serviço do clube, ao iniciar um fláche intârviú disse ao jornalista que ele era burro pois não percebeia nada de futebol e que tinha acontecido em campo não tinha nada que ver com a análise que ele (jornalista) estava a fazer.

mas não, o jesus simplesmente disse-lhe «ciao» e bazou. ou seja, até em estrangeiro falou.

e não sei qual é a multa que os clubes pagam por faltarem aos flaches interviú mas se não for assim tão alto como o ordenado que o zorro tinha, então acho que é um bom investimento.

é claro que virão os artigos a defender a liberdade de expressão dos jornalistas e blah, blah, blah.... 

que vão para o caralho. aquilo não é jornalismo. 

(porque é que não perguntam ao jesus a razão do sub-rendimento lá da malta? por exemplo, sei lá!) 

sexta-feira, novembro 26, 2010

euro-carcanhol

fica aqui a promessa, escrita e pespegada para o mundo (!), se me sair hoje o euromilhões, há duas coisas que farei de imediato: mudo as sanitas lá da casa e mando remisturar este disco para lhe tirar aquelas palmas fingidas que lhe colaram por cima.

 

quinta-feira, novembro 25, 2010

é igual com....

... a lei dos desmanchos, com o casamento dos paneleiros, com o fmi, com o starbucks, com as tolerâncias de ponto, com a festa do avante, com o dinheiro da visita do papa, com a ajuda de berço, com as touradas, com a caça, com o bigode do unas, com as mamas da malhoa, com o senhor do adeus, com o bebé do ronaldo (acho que já lhe rompeu um dentinho e tudo!), com o enterro do saramago, com os cartões dos jogadores do mourinho, com as cheias na baixa, com o jesus do benfica, com as maçãs podres do sporting, com os blindados da cimeira, com a qualidade dos actores das novelas (só de alguns, claro, claro, cof, cof...), com o lobo antunes... e agora com a greve!

é igual com tudo. tudo, tudo, tudo.

não encontro um caralho dum post, duma notíca de jornal, tv rádio ou cassete pirata em que alguém defenda uma parte sem atacar a outra: se fiz greve é porque tenho direitos; se não fiz é porque não vale a pena; se fiz greve é porque estou a lembrar-me das gerações futuras; se não fiz é porque tenho medo de ir para o olho da rua... ganhámos porque foram 3 milhões a lutar, perdemos porque o povo andou nas compras...

no fundo, é o tal espírito «eu é que sou o p'sidente da junta!»

(continuem, fica-vos bem!) 

quarta-feira, novembro 24, 2010

(e quando me lembro de ti, lembro-me imediatamente dumas festinhas que tu davas. ninguém dava festinhas como tu, sabias?)

há as pessoas.
há as pessoas que crescem.
há as pessoas que crescem e que perdem a cumplicidade algures ali... bom, sabe-se lá onde, não é?
há as pessoas que crescem e, pronto, simplesmente crescem.

hoje deparei-me com uma dessas pessoas que cresceu. tão simples como isso: cresceu, descomplicou-se durante o processo e aí está, crescida.

e isso às vezes é tão difícil.


(emocionei-me, porra!) 

terça-feira, novembro 23, 2010

isto não sou eu a criticar ninguém...

... mas é curioso verificar que muitos dos mais notáveis posts que para aí há, contêm coisas tão, mas tão óbvias - mas tão óbvias mesmo - que ninguém se tinha lembrado de escrever antes.

ser o primeiro a escrever não lhes confere - como possa parecer - o estatuto de notável. porém proporciona, por vezes, um falso um carimbo, um diploma, que lhes finge atribuir uma tarimba por vezes falacciosa.

falam da qualidade dos actores dos morangos mas...

... a judite de sousa como jornalista... vai lá vai.

(aquilo ontem não pode ter sido, apenas, «um dia mau de trabalho» igual aos que todos temos. não pode, não pode e não pode! mas como o de ontem houve também a pergunta lá da cor da gravata ao lobo antunes ou daquela coisa inenarrável que aconteceu em toda a entrevista ao gilberto gil e também aquela outra....)

sexta-feira, novembro 19, 2010

ai c'orugulho!

estava num café quando ouvi uma canção na telefonia e consegui identificar que eram os 30 seconds coiso.

estou tão crescidinho! 

ter o quê?

calhou estar junto a uma televisão quando há pouco ouvi o nosso presidente «congratulo-me por o presidente barack obama ter aceite o convite...»

e pronto, é isto. não sei quem escreve os discursos lá do senhor mas também, como o outro não sabe português, que se foda, não é? 

imaginem que era em são joão das lampas. achariam ridículo, não era? é que ser em lisboa não é muito diferente!

eu não discuto a utilidade da cimeira da nato. sinceramente, não tenho estudos nem sapiência para perceber para que é que aquilo serve. não sou capaz, claro, de dizer que é uma coisa tola.

mas pergunto, quem foi a alma peregrina, quem foi a cavalgadura que um dia disse «faz-se em lisboa! é isso, vamos tentar que se faça em lisboa.» e cerrou o olhar e disse também para os que estavam presentes «o homem sonha e a obra...», sabem?

repito a pergunta, porquê em lisboa?

(não faz sentido. 
somos tão, mas tão provincianos, meu deus!) 

da buque sine

contou a glória de matos numa entrevista que durante o tempo em que esteve do estrangeiro chegou a fazer parte duma companhia (ou numa cena qualquer) teatral onde figurava o anthony hopkins.

diz, então, que anos mais tarde, já ele era hannibal e outras coisas assim, que o viu num evento qualquer e que, ao cruzarem olhares, ele dirigiu-se a ela e lhe disse:
- hello gloria, do you remember me? it's me, anthony! 

 

quinta-feira, novembro 18, 2010

andamos a crescer, mais coisa menos coisa, até que idade?

... about, becoming a man, which everybody's supposed to be on the way to be in. That is all you guys... it could be a song about becoming a woman too, but I don't know. 

for ya... a song 'bout growing up.

e não dou mais nem um tostão!



primeiro, confesso, pensei em 5 euros. 

depois olhei para o número e realmente 5 euros, mil paus, um conto, caramba, é muito carcanhol.

comecei meltalmente a baixar a coisa: 4 euros e meio... 4 euros... 3 euros e meio... é isso, no máximo daria 3 euros e meio.

mas sejamos francos, há ocasiões em que estamos meio entornados, já com meia palete de minis da clock ou da cergal e já vemos tudo turvo, não é? entusiamamo-nos e tal... e quando damos por ela estamos outra vez a subir a fasquia. por isso determinei que 7 euros é o limite.

é isso, 7 euros! seria capaz de dar sete euritos a quem me conseguisse pôr a tocar em condições, a entrada de sintetizador do take on me.

ser pai de família é isto:

- enfrentar, tal forcado da cara, um energúmeno reparador de electrodomésticos e exigir o aspirador «é como está, porra! mesmo à espera da peça ou lá o que é, quero o cabrão do aspirador de volta a acabou-se!» de volta;

- enfrentar, com a calma possível, o atendimento telefónico da zon;

- enfrentar, envergonhado, por umas burrices cometidas cá por muá méme, a menina do serviço técnico da asus para que tenha «... mais uma vez, desculpe-me, ó dona sandra...» uma especial atenção ao nosso problema;

- telefonar, outra vez, à dona sandra e informar que afinal o nosso problema afinal são dois problemas;

- retirar, duma vez por todas, o benfica tv e outros canais de religião, lá da sintonia da televisão;

- recomendar aos amigos sportinguistas que pressionem a direcção a vender o postiga, agora que até marcou de calcanhar ao gajo que anda a comer aquela jornalista espanhola  e deve ter o valor de mercado um cadinho em alta lá naqueles clubes onde joga o makukula ou o ricardo fernandes, tentando reparar aquela tolice de pagarem 3,5 milhoes ou lá o que é que foi, pelo «divino» como uma vez li ser apelidado (credo!!!!!) num blog portista....

quarta-feira, novembro 17, 2010

são aquelas coisas deles....

a ver se me lembro de postar aqui uma coisa (aliás, já foram duas...) que a minha filha me disse ontem e repetiu hoje e que eu achei, tanta, mas tanta graça...

mas por razões de sigilo paternal apenas posso divulgar depois do natal.

eh pá, mas estou em pulgas, ri-me tanto... e volta e meia relembro-me e rio ainda mais...

jeffrey lynne

gosto muito de muitas frases.
gosto muito de out of my dreams, out of the sky, into my heart, into my life. 

 

terça-feira, novembro 16, 2010

barrio

a minha palavra espanhola favorita

(quando um gajo chega a um ponto em que faz posts destes... a seguir faço uns com uns sapatos, boa?) 

...

naquela fase da gravidez e do parto e dos dias antes e depois do nascimento... os familiares são um valente pincel, não são?

(fazem-me recordar os turistas japoneses e as máquinas fotográficas...) 

sexta-feira, novembro 12, 2010

gostava mesmo de mudar o template do meu blog

durante quantos mais anos vamos ter que ler ou ouvir, sem perceber muito bem qual é a intenção do autor, as seguintes frases:

... no fundo, nós os bloggers somos todos um pouco narcisistas.
... a gente anda aqui, para tentarmos mostrar algo que não somos.
... e não tenhamos dúvidas, nós não somos tão bons quanto mostramos nos blogs
... todos nós sabemos, que quando publicamos....
...
...

mas por que caralho gostam tanto as pessoas de usarem estes 'todos', estes 'nós', estes 'somos'... 

deslarguem-me porra! falem por si!

quarta-feira, novembro 10, 2010

ou se calhar até sei o que é

não é raro ouvir de alguns dos meus amigos, que têm a sensatez de não terem: nem blogs, nem feissebuques, nem tuitârs nem o raio que o parte, a frase/pedido: «é pá, ó jaime, tens que pôr esta gaita no teu blog.»

a forma com pronunciam aquele «... no teu blog» é feita duma maneira e tom de voz que lhes indicia que esta coisa de ter um blog é uma actividade tangente à paneleirice de assaltar amiude a secção do guarda roupa da nossa esposa, onde estão guardadas as mais minúsculas e rendadas peças de langerie, envergando-as aos sábados à tarde, durante aquele perído de tempo em que ela nos diz «vou ali a ayamonte comprar pirexes e não demoro.»

e eu, lá os levo a sério, claro - são meus amigos, pô! -, mas não deixo de ter que crivar e editar aqueles pedidos para que isto não se transforme naquela secção que fica logo a seguir àquela página da nova gente que tem uma bifa qualquer com um valente par de tetos à mostra.

assim, cumpre-me aqui informar que na passada madrugada de sábado, houve um elemento do meu gang que, ao descrever um engate ocorrido no urbã bitxe, usou a seguinte frase: «...ele estava já de volta dela... estão a ver?... estava naquela fase dos preliminares da foda competente.».

ora, eu não quero saber o que é que ele quis dizer com aquilo. eu gosta era de saber o que raio é uma foda incompetente.

it's the economy, stupid!

é nos pequenos pormenores que topamos que a crise está não só instalada como também solidificada.

os grandes pormenores (está aqui uma frase gira, está), estão à vista de todos: a pobreza, o reitingue, as pessoas nas bichas da caritas, o sete vírgula zero por cento, as manifs, o desemprego, essas são o tipo de coisas que estão aí em todo o lado. 

o que não se vê - mas sabe-se -, são outras situações: o pão que já não é com queijo mas apenas com manteiga ou, quem sabe, apenas molhado no molho do bife; a sporttv que passa a ser vista naquele sáite que o filho do antunes do economato - que é um chavalo bestial que até arranja lá na internet fotografias de gajas nuas e tal... - me mostrou; o jornal diário que passou a ser o destak em vez do correio da manha (assim, sem til), o clube de video que passou a ser o canal óliúde, etc...

hoje, deparei-me com outro desses sinais de crise: os recipientes para recolha da urina para análises deixaram de ser copinhos e passaram a ser pipetas. isto não é brincadeira. é verdadinha da pura. acabaram-se os copos plásticos - porreiros para colocar restos de molhos do fondiú - com tampinha e agora levamos com cilindros compridos e fininhos.

ontem ao marcar as análises e recolher a tal pipeta não me apercebi da razão de certos sorrisos femininos e parvos que por lá se fabricavam ao entregar a malfadada pipeta. mas hoje de manhã fez-se luz. compreendo agora o ar de gozo das meninas das análises lá do hospital. quando lhe entrego a desgraçada pipeta, sorriem com aquele sorriso de «mijaste as mãos e os joelhos todos para conseguir encher a pipeta, não foi?»

e fico a pensar como é que é com as meninas? vocês têm pontaria para mijar para uma pipeta ou está subentendido que «olha mais uma que foi buscar o funil que usa para repôr o azeite e o vinagre nas galhetas»?

segunda-feira, novembro 08, 2010

é no mínimo «transtornante» a salganhada de coisas que eu sou capaz de enfiar num cd de música

bird and the bee; the jam; explosions in the sky; clayhill; josh rouse; gavin clarck; dire straits; gravenhurst; b-52's; talking heads e david bowie.

e querem fazer-me crer que sou normal, é?

(eu estava já tão farto das coisas que tenho no carro que depois dá nisto: perco o discernimento de fazer uns cd em condições, não é?)

inceptionalmente

está tecnica e graficamente provado que quem conseguiu entender (sem ajudas humanas ou manuais escritos) o inception - este nolan sabe-a toda! - consegue papar, perceber e explicar aos amigos, os lobo antunes do «o que farei quando tudo arde?» em diante com uma perna às costas.

bullying

sinceramente, mas sinceramente mesmo, não há uma alegria exponenciada pelo resultado de ontem. são muitos anos a virar frangos, se bem me compreendem.

é claro que há um rol bonito de coisas a escrever sobre o que aconteceu lá no estádio, mas, como também já disse, tenho dificuldades - a minha educação, inclusivamente, não me permite - em falar sobre religião em público. 

há porém uma coisa que me faz uma comichão dos diabos. já não bastava a responsabilidade de andarmos em primeiro lugar, agora temos que levar com os sportinguistas nas nossas cavalitas, a gozar com os benfiquistas.

reparem bem, os sportinguistas!

(lembram-se daqueles putos pequeninos que na escola comiam porrada dos mais granjolas? - aquilo que agora se chama bullying. - e lembram-se que depois, havia uns quantos desses putos pequeninos, que arranjavam uns amigos grandes, maiores ainda do que aqueles que lhes batiam, para depois poderem, por vingança, chegarem à beira desses que lhes tinham batido e provocá-los, sabendo de antemão que não lhes ia acontecer nada de mal?

lembram?

pois, eu também me lembro. 

são um clube diferente, ao que dizem!)

(pois) 

domingo, novembro 07, 2010

e hoje, para o jogo do clube...




... iniciarei uma nova era. depois de quase um ano de rickie lee jones (não só dela mas quase) vou mudar para o josh rouse (não só mas quase).

experimentem, não custa nada. 

sexta-feira, novembro 05, 2010

agência de inovação

diz no site desta agência - uma coisa do estado e tal - que a missão deles é:

«...promover a inovação e o desenvolvimento tecnológico facilitando o aprofundamento das relações entre o mundo da investigação e o tecido empresarial português é o objectivo central da agência de inovação.... e blah blah, blah e blah blah blah....»

estes senhores e senhoras são meus clientes.

pediram-me uns recibos. mandei por email (lá está, tecnologia, inovação) os ditos recibos, em formato pdf (olha, olha a inovação e a tecnologia, olha!).

devolveram-me o email: «temos que receber os recibos pelo correio.».

- mas o que irão receber pelo correio é igual ao que lhes remeti ainda agora por email...
- bem sei, mas mesmo assim têm que vir pelo correio.



ajudem-me, por favor, a compreender o mundo.

duke



gostava de um dia saber quantas vezes consigo ouvir de seguida o duke.

in whose bed you gonna be and it's true you only see...

... you won't make it any better.

so if you take, than put back good...

i spend the days with my vanity

sabem...

aqueles bloggers que colocam um teledisco duma canção qualquer e deixam-no ali num post, assim, sem explicação alguma, sem um contexto nem nada?...

e sabem aqueles outros bloggers ou comentadores que depois aparecem a escrever e a criticar (e bem) sobre esse tipo de posts?

pois bem, olhem com atenção para os seguintes posts? vejam bem tanto material para vocelências trabalharem a coisa.

(isto hoje não é um bom dia, não senhor) 

quinta-feira, novembro 04, 2010

é que não entendo, mesmo!

os informáticos que concebem e produzem os sites, assim, dos bancos, dos ginásios, das seguradoras, os simuladores e merdas dessas, depois não os usam pois não?

é que custa-me admitir se sentam nas merdas que produzem e não os estou a ver sujar o rabiosque.

quarta-feira, novembro 03, 2010

ái teque!



através lá duma daquelas aplicações do facebook que usam uma camara de video, tenho a possibilidade de ir vendo um dos meus velhos amigos trabalhando (é alentejano e temos que usar gerúndios, topam?).

ainda não me consigo habituar àquilo. dou por mim muitas vezes com vontade de pegar no telefone e dizer-lhe:

- estava a ver que nunca mais atendias. é só para avisar que deixaste cair o escopro! sim, está ali atrás da cadeira.

segunda-feira, novembro 01, 2010

nós-mesmos, a gente, eles e tal!



é um paradoxo. sério, no mínimo, eu considero isto um paradoxo. no meio duma das maiores crises económicas que há memória, um grupo de pessoas decide, imagine-se, fazer uma empresa.


é isso, tão simples como isso, reúnem-se e deliberam: vamos criar uma empresa!

pronto, quem leia isto imagina que os gajos são mas é uma empresa de advogados, daqueles que vende pareceres ao governo, e até concorda. 

parece-lhes bem, não é?

mas depois vamos investigar melhor a coisa e não tem nada que ver com aquilo. criam uma empresa sim mas, imagine-se, de teatro. isso mesmo, de teatro. assim, como os moliéres, os commedia dell'arte, e os pantomineiros e essas coisas e tal... 

mais, decidem criar uma companhia teatral. 



('tá tudo parvo, não é?)

bom, mas depois paramos para reflectir e imaginamos a coisa com um teatro por trás... ou um subsídio chorudo... um mecenas de mãos largas... um punhado de peças adjudicadas e tal...

mas não, nada disso. decidem começar tudo do zero: sem texto, sem teatro, sem... pronto, no meio da maior crise económica decidem criar uma companhia teatral sem essas merdas todas.

(agora topam mesmo que está tudo mesmo lé-lé da cuca, não é?)


entretanto, o tempo vai passando e desatam, imagine-se, a escrever um texto. isso mesmo, um texto. sabem, aquelas merdas que depois vão dizer lá ao palco para quem os queira ir ver? parece simples, não é? pois, mas não é!


e quando dão por ela, esfalfam-se até ao tutano, conseguem reunir uns amigos, uns carolas  que lhes fazem uns desenhos, outros emprestam-lhes roupa, fazem-lhes cenários... essas mariconeras do palco e mais o camandro... e quando dão por ela, estão a ensaiar uma peça. 

olha, tu queres ver que afinal sempre vai acontecer alguma coisa?.... pois é, e a coisa acontece mesmo.


de maneiras que ontem, já à noitinha e tal, estrearam a coisa. é isso mesmo, o escadote, o barbas, a gira e boa e o vó zoff (deves ser da família do campeão do mundo, dino zoff) estrearam não só uma peça, mas também uma companhia teatral. 

desculpem já ter gasto uns quantos parágrafos e não ter ainda dito nada sobre a peça em si. não liguem, é a minha mania em estragar-me com pragmatismos. confesso que não consigo deixar de pensar no volume de colhões que esta gente tem que ter para se meter numa empreitada destas. e por isso, caramba, quando ontem estava lá  sentado e às tantas os cortinados do palco se abriram para os lados (não fizeram as pancadinhas porquê, porra?), foi nisso que eu pensei: em coragem, caramba, coragem! uma coisinha tão sobrevalorizada por uns e tão armada em reles por outros  e que ontem, curiosamente (ou não, ou não!...), fez-me todo o sentido, quando verifiquei que aqueles malandros se tinham inscrito nas finanças para nos fazerem rir.

e conseguiram!

pela vossa saúdinha vão ver a peça. não liguem às críticas, não liguem ao facto de ser no estoril, não se acanhem por «isto estar uma crise do camandro», venham, registem-se no sáite, e depois comprem o bilhetinho. assim fica mais barato e tudo. 

porra, não me lixem, se o ps faz excursões de santa coisa do assobio para apoiar o antónio costa, não me digam que vocês se ficam e não vêm até ao mirita casimiro (o bar até vende sumóis e merdas dessas e tal) rir uma beca à pála da coltura!

(desculpem qualquer coisinha, pedem-me para divulgar a peça mas já sabem que não faço fretes - olha, olha, vêm mesmo ter ao guichet certinho.... - por isso, faço o que posso e sinto. aqui neste estaminé, param, de vez em quando, 27 pessoas para ler estas coisas. pelo menos essas sabem que eu gostei e recomendo. 

não querem que os obrigue, não?) 

sexta-feira, outubro 29, 2010

e porque alguém falou ali na dolly parton...

 

... nada melhor que recordar as sábias palavras do kiff e do mick.

«she said, "my breasts, they will always be open. baby, you can rest your weary head right on me. and there will always be a space in my parking lot. when you need a little coke and sympathy".»

isto não é muito importante para vós....

... nem para ninguém. mas é para mim! é uma matéria que me diz muito. falo-vos de atacadores. isso, atacadores, aqueles baraços que passam pelhas ilhós dos sapatos e tal.

é que ultimamente tenho apanhado com atacadores do mais reles possível. sim, muito bonitinhos e isso, mas que me obrigavam a baixar as costas e levantar o cagueiro (merdas que as operações à coluna provocam) (já repararam que seriam uma óptima solução para certas gajas? ali o cagueiro delas empinadote enquanto faziam aqueles laços bonitinhos nos sapatos e tal...) de duas em duas horas porque se desfaziam os nós e um gajo ficava sujeito a tropeçar podendo partir um úmero.

bem, o que gostava muito de dizer, não só para mim nem para os 38 que me lêem mas sim para o todómundo, é que eu hoje tenho os melhores atacadores do hemisfério norte!

caramba, que maravilha! ali certinhos, castanhos, um tecido forte e tal. isto é mesmo muito bom, não me lixem. 

quinta-feira, outubro 28, 2010

«ahhh, mas tem chaaaaaarme. olha, gostei, sabe?»

a verdade é que eles eram ao todo uns 8 ou 9 e agora já só resta ele.

devias era ter-me dado umas reguadas com a cinco olhos. agora emails, nahhh, isso é para meninas, pá!

recebo um email dum amigo, gente da velha guarda, que me alerta para um parvo e desesperante erro de português que fiz no post anterior.

respondo-lhe assim:

(nos tempos que correm já ninguém corrige ninguém. cada vez me convenço mais que é mesmo uma questão de amor.)
 
(obrigado)
 
é uma mera opinião pessoal, não liguem
 

mais livros

não sei se são os bons livros que escasseiam. sinto, contudo, que escasseiam é os livros que são bons para mim.

estou agora com um desses «bons».

e é giro como uma coisa que não se liga à corrente, algo quase arcaico nos dias de hoje, tem este «poder» de sedução e de distracção tão penetrante.

não liguem, ando a reflectir demais.

o livro lá da cabeceira deve ter umas quatrocentas e tal páginas. devo ir, agora, lá pela sessenta e tal. estou «cheio de medo» por achar, por sentir, que está quase a acabar, imagine-se.

(tenho saudades do tempo em que me seduziam os jogos de computador) 

quarta-feira, outubro 27, 2010

even better than the real thing

o site viagogo anuncia um concerto dos fleetwood mac em portugal.

mas, ao que parece, quem aí vem são uma banda de covers dos fleetwood mac.

bom, eu ia escrever um parágrafo todo supimpa a fechar este post mas... como é que eu hei-de dizer, também houve pessoas que em últimas eleições votaram no num partido, imagine-se, socialista, não é? foram quê, enganadas por um site de venda de bilhetes, foi? 

foi um dia bonitinho, foi. cheio de notícias belíssimas e tal...

e hoje não faço mais nada. leio mais três ou quatro pegelas dos turcos, fecho a luz e amanhã (daqui a pouquinho, diga-se!) cá estarei.

terça-feira, outubro 26, 2010

e já estive mais longe de vir aqui pôr tubos do nyman (credo, deus me livre e guarde!)

and when love comes along, it's just the catcher in the rye.... it's hard to make those long term plans

como dizia ele, é estar ali entre o vírus e a bactéria:

os que nasceram em 69 já não são bem a trick of the tail mas por outro lado também ainda não são just like heaven. cada vez mais me convenço que ficámos ali, no meio dumas quantas coisas, sem nunca termos aterrado em cheio numa coisa das grande.

éramos ainda putos para o thick as a brick ou o close to the edge e se calhar já estávamos com idade para ter juízo quando apareceu o doolitle ou o beat dis.

a única coisa boa, confesso, e defendo com orgulho, foi estarmos na idade do armário quando apareceram bandas inglesas que usavam collants. achar isso estranho ou ter vergonha dessa fundação musical é algo que me faz impressão.

ou acham que foi bonito ou motivo de orgulho dizerem que folhearam a coquete ou a bravo (consoante a carteira de cada um)? foi? pois eu acho que foi, sim senhor.

o que realmente eu não consigo perceber é como é que há pessoas que têm mais que 19 anos (algumas ali já a roçarem os 48) e ainda assumem um ar de chá das 5 perante alguns gostos musicais. pior, perante algum passado musical!

 

um comentador, engraçadíssimo (sem ironias), adjectiva-me de sofrer de coprolalia...

... ora se há coisa que a coprolalia não me faz é sofrimento. acredite, caro(a) anónimo(a), ninguém sofre com isto. 
 como não posso dizer ilíaco a torto e a direito (foi por isto, não foi?) ai não? hummm...), por aí, às pessoas que  pessoalmente contactam comigo, vingo-me nos 27, que diariamente, aqui vêem ler estas tolices.

(portei-me bem agora?) 

caixa de pandora

ahhhh, adoro acabar o dia enconado com a cgd e começar um novo dia, imagine-se, enconado outra vez com a cgd. que maravilha!

(e não, não me irritei com a menina da caixa ou com o moço que nos entrega os cheques. não, é mesmo com os senhores que decidem que certas coisas (da cgd) deverão ser feitas desta ou daquela maneira.

e fode-me, mas fode-me até ao ilíaco, esta frustração de já nem podermos mudar para este ou aquele banco por que desconfiamos que ficaremos melhor servidos. não, há uma impotência geral em relação a estas coisas.)

segunda-feira, outubro 25, 2010

sim, sim, pois claro, até porque depois viria logo um gajo qualquer que nos diria «não, unificar não é bem a mesma coisa....é que...»

descobri que anda por aí a palavra desduplicação. ao que parece é uma invenção do pessoal informático que trabalha com bases de dados e tal.

(até ver, nada contra. eles lá sabem...)

mas desduplicação não soa, assim, um bocado a odorico paraguaçu?

e se o bloco de esquerda ou a ilga já tivessem posto olhos nisto tenho a certeza que pelo menos uma vigília ou uma parada até aos restauradores já tinha sido organizada

fico com a impressão que é mais complicado e desaustinante para as pessoas ouvirem a frase «não, não bebo café. para mim é chá.» do que verem dois rabetas a beijarem-se no centro comercial vasco da gama.

sexta-feira, outubro 22, 2010

...like in that movie, you know the one where martin sheen waves his arm to the girl on the street



ahhhh, tinha tantas referências antigas ao filme - o mallick, o sheen, os deus, até mesmo (mesmo desconfiando que não tem relação alguma) o springsteen... - que andava há uns anos para conseguir descobri-lo, nas amazons desta vida.

descobri-o num saldo da fnac, imagine-se!

gostei tanto. é um filme de pormenores.

ou pormaiores, pronto! 

quarta-feira, outubro 20, 2010

há pessoas que gostam mais da apple que do benfica

e quem diz do benfica diz do meu clube ou doutro qualquer. é que não entendo como se pode gostar mais duma marca que dum clube.


(ah, os que não gostam de desporto não contam!)

 

terça-feira, outubro 19, 2010

tangas que podem ser aplicadas em reuniões de amigos e que ninguém, no seu mais perfeito juízo, se dará ao trabalho de contestar: maternidade

por coincidência, a primeira criança que nasceu na mac chamava-se alfredo.

bom, estas coisas também adoro nos portugueses. bom, pelo menos nos portugueses, lá está.

podemos dizer mal de nós, do nosso governo, do sócrates, dos ministros (não podemos dizer mal dos ex-ministros porque esses, afinal têm todos razão), podemos dizer mal do nosso futebol, dos nossos árbitros, podemos dizer mal da nossa função pública, do nosso ensino, da nossa justiça, do saramago, do lobo antunes, do trânsito do i cê dezanove, da televisão, dos batanetes, da bota botilde, dessa trampa toda.

se dissermos mal disto teremos os nossos amigos de hissope em riste aspergindo-nos com a concordância geral da humanidade.

porém - já cá faltava - não podemos nunca, repito, nunca, enunciar que queremos sair daqui para outro país ou que temos pena de cá ter nascido.

ui, isso nunca!

podemos dizer mal de tudo o que escrevi ali em cima mas a ideia é aguentarmo-nos à bronca, não vale fugir, isso não.

ah e tal, mas na suiça não há filas: então baza daqui. se estás mal vai para lá viver que não fazes cá falta nenhuma.
ah e tal mas se fosse a justiça amaricana (é assim que se escreve, não é?) nada disto tinha acontecido: ai sim, então vai lá para américa ou para o raio que o parta ingrato do catano!
ah e tal, mas o futebol inglês atrai-me mais e não tem nem metade desta sujidade, destas polémicas e tal...: ai o benfica não te serve, não, meu vendido? só pensas no dinheiro. já não há amor à camisola.... no meu tempo é que....

coisas que eu adoro nos portugueses. bom, pelo menos nos portugueses.

não conheço bem o mundo, mas por incrível que pareça além de já ter ido a alguns países (poucos, é certo) conheço, porém, pessoas que nasceram noutros países que não o nosso e que falam, nalguns casos, uma língua que não é a nossa.

e vai daí, estive aqui a tentar pensar o melhor que posso e cheguei à conclusão que não conheci povo mais nariz empinado com o uso da língua estrangeira por outrem que o nosso.

uma pessoa pode esgalhar umas palavrinhas em inglês, pode ir lá fora, à inglaterra por exemplo, e safar-se na boa sem passar fome, mas se houver um português ao lado, é certo que seremos gozados porque nos escangalhámos todos a pedir um simples hot dog. ou porque não aspirámos o agá, ou porque dissémos óte-dogue, plize e o que deveríamos dizer era outra merda qualquer, ou porque outra merda qualquer também.

todas as pessoas do mundo (desde que portuguesas) falam «estrangeiro» melhor que uma pessoa qualquer que seja apanhada a falar uma língua qualquer estrangeira. quer seja ele o saramago, o sócrates, o «mon ami mitterand», o barroso, o mourinho ou o rónaldo (tem acento no ó, não tem?)

somos realmente os maiores. que não haja dúvidas nisto. mesmo que a comunicação tenha resultado, não chega, deveríamos ter falado, como se fossemos ou ian mckellen. mesmo que só estivéssemos a apontar para o nosso cigarro e a pedir lume.

já se for o oposto, somos todos uns queridos: somos queridos para o mortimore, para o robson, para a senhora moldava que nos limpa os pintelhos do bidé ou aquele gajo que esteve casado com a alexandra lencastre.

agora com os que arranham estrangeiro....