segunda-feira, outubro 31, 2011

worried about you, verão de oitenta e sete, primeira do lado a

não é só por ser uma canção das que eu gosto. não é também por ser uma canção calminha. é porque eu não estou à espera de nada naquele momento.

estamos em boston, vêem-se o roadies a trabalhar e ouve-se o som dumas teclas. reconhecem-se os acordes. ahhh, não é possível, uma canção do lado b do tattoo you? ao vivo? mesmo?

e o falsete. aquele falsete que o bono tentou fazer no lemon, não conseguiu e ainda assim vai tentando.

e chega o chuck leavell com a pasta das partituras, com aquele ar de quem acaba de chegar de manhã, à repartição de finanças do 18º bairro e faz aquele saltinho, ligando de imediato o teclado para ver se ainda apanha aquele acorde...

depois as imagens do charlie watts, a pessoa mais bem vestida de todo o rock and roll, saindo da limo com a necessaire da neta charlotte (uma imagem muito rolling stone, sem dúvida) para se instalar na bateria sem sequer o casaco despir, deixando os dois botões de cima abotoados.

aterra depois o wood, para largar umas pantominices ali no palco até uma guitarra o tentar, pegando nela para acompanhar os outros três.

no fim, quando chega his highness the king kif, já o daryl jones está a trocar umas figurinhas com o seu patrão na secção rítmica.

e pronto, é isto: sem efeitos, sem luzes, descontraídos, ensaiando...






(vi quatro vezes seguidas)

a ver se nos entendemos:

dia 1 de novembro é dia de todos os santos. dia 2 de novembro é que é o dia dos fiéis defuntos, vulgo, dia dos que já lerparam.

(não confundir, pois, duma vez por todas, «dia em que as pessoas aproveitam que é feriado para ir ao cemitério fazer um mimo espiritual aos seus entes queridos» como dia dos mortos. vale?)

mijinha no casal de são josé, ali virado para rochel e terras para aí para esses lados


e se pudesse (ou soubesse como se faz)...


... fazia um post por cada vez que vejo um episódio com ela.

(e dá-me uma tristeza profunda entender que a mama, estes episódios com ela, estão a acabar. mas por outro lado, reconforta-me saber que já senti o mesmo com outras séries e, felizmente, têm surgido novas séries e novos personagens e novas emoções e novos «eu acho que nunca mais vou gostar de uma série como esta».)

sexta-feira, outubro 28, 2011

lembrei-me agora, assim de repente duma cena de lá...

... e desconfio que faço um intervalo no jorge amado e volto ao fado.

(dizem que é chique reler os clássicos. os intelectuais portugueses, por exemplo, estão sempre a reler o camilo (e não o camilo castelo branco) ou o eça (e nunca o eça de queiroz).)




seu nélson motta deu a nota que hoje o som é rock and roll

sim, eu teria hipótese de ir buscar um outro clip qualquer desta canção. e até mesmo sem clip há uns só com a cara do sambista, ali, estático a olhar para nós, plantado na capa do disco.

mas não, eu queria escolher mesmo este. isto, meus amigos - mesmo que geograficamente não seja - para mim é o recreio, ali na rabino henrique lemle - ou até em casa do sodré, perto da augusto ruschi.

sol, varandas, caixilharias de alumínio de gosto duvidoso, gente com barriga, calção e chinelo, cervejas mantidas em isopor, papel de prata a cobrir travessas de comida, cadeiras de plástico, skol, mulatos a cantar joão nogueira...








ahh... alguém que me ofereça um voucher da tap, caramba!




uma guitarra;...

... um órgão, assim, com uns sons a lembrar o billy preston; estalinhos de dedos e uma voz limpinha.

 

quarta-feira, outubro 26, 2011

este tempo, esta chuvadas, o vento...

... caramba, que estranho. parece... parece, sei lá... parece outubro!

(estranho)

nem parece a nossa terra, pá!

na madrugada passada, lá pelas 3 e picos, no caminho da minha terra até casa, vários cantoneiros limpavam as sarjetas.

como diria certamente o meu querido miguel velez, «isto também é urbanismo».


(gostei) 

provavelmente...

... o melhor cartaz de sempre e para todó sempre!



(tão bonito) 

augusta

revista do bcp, a última foto (nas outras já nem tanto), chama-se augusta.

digamos que a senhora me faz cócegas!

momento «blog de gaja» do dia

hoje, após uns não sei quantos meses, entalei a camisa por dentro das calças.

vai ao gugal, estúpido!

ontem, por volta das oito e tal da noite, éme oitenta:

deixe-se ficar connosco. já de seguida, os orchestral manoeuvres in the dark com enola gay, uma canção inspirada num bombardeiro da guerra do vietname.

(é por estas e por outras que uma pessoa desata a achar que até nós éramos capazes de melhor e que o miguel simões é que é o maior de todos.)

terça-feira, outubro 25, 2011

alguém se lembra de um festejo que o sportem tinha...

... praí no tempo do sousa cintra, do oceano ou isso, que consistia em colocar o marcador do golo no meio dos colegas, ele simulava então uma bomba atómica e os colegas iam caindo inanimados no chão.

pronto, é isto, o ridículo do haka da nova zelândia está ao nível desta invenção leonina.

(a frança foi multada em dois mil oitrocentos e tal euros porque, imagine-se, os franceses passaram a linha do meio campo lá durante a tal cena do haka. muito bom!)
(e falam do ridículo do futebol. isso, continuem. eu gosto.)

tenho saudades dele, juro...

... que tenho. e volta e meia vejo-o por aí. 

tenho saudades e também tenho medo que a coisa já não seja... já não seja assim... assim... não é bem como antigamente. é um «não seja assim...»

às vezes - como agora, se calhar - apetece-me mascarar-me de antigamente, - não se vá dar o caso de o «já não seja assim» ter que ver com um «antigamente» - e fazer-lhe uma surpresa. como antigamente.

(lá está!) 

e aquela sensibilidade que lhe é tão peculiar, caramba!

would you?

kings of leon

segunda-feira, outubro 24, 2011

bem sei...

... que ainda há pessoas sensatas no mundo, as quais, após irem ver o que a outra calçou hoje, vêm logo aqui saber que música estava a tocar enquanto lavava a louça.

ora para essas pessoas aqui está a preciosa informação: ain't no love in the... coiso!

moody, marsden, murray, paice, lord, coverdale

(era o paulo que tinha o disco, foi o joão que me incensou nestas coisas. eles lá sabiam o que faziam, essa é que é essa!)



depois do ministro miguel macedo, do secretário josé cesário e agora do...

... ministro aguiar-branco terem renunciado - com aquela fé e convicção com que os catecúmenos renunciam a satanás - ao subsído de alojamento, fontes do parlamento e da  gomes teixeira deixaram escapar que se avizinha uma verdadeira onda de membros do governo e da assembleia da república que surpreenderão o povo português, aderindo em massa ao couchsurfing!

(meteram-se com eles? agora agarrem-nos!)

li numa revista e gostei

an empty theatre: seats
shrouded in white
like rows of headstones;
the curtain about to rise
(or has it fallen?)
on a scene
of transcendental
silence.

and the audience?
a solitary figure sheathed
in black, a woman
in a hat perhaps
(more abstract
shape than a woman)
sitting alone
in the cavernous dark.

this is quintessencial hopper -
cliché of loneliness
transformed by brushstroke
into something part paint,
part desperation.
"oil on board", the label says,
as if even a tree
had to be sacrificed

- linda pastan
- what if i come with you to the hospital?
- would you?

- yes.
- now?
- yes. right now.

sábado, outubro 22, 2011

... e lá irão eles falar da troika, e das medidas extraordinárias e dos cortes nos subsídios....

...logo eu, que não frequentei com eles as aulas de macroeconomia - deve ter sido na altura em que ia com o velez para a taberna, beber ginginhas com as miúdas da fundação ricardo espírito santo. só pode! - e por isso, caramba, não consigo participar naquelas discussões sempre tão acesas, sempre tão cheias de certezas, sempre tão...

(boring)

sexta-feira, outubro 21, 2011

hoje, ali nos dois minutos e sete segundos

é público, mas não é notório...

... que menosprezei durante anos o poder das sandes de carne assada.

as pessoas que a cada 10 posts...

... fazem 3 em que dizem bem de si, das coisas que fazem, das coisas que vestem, das canções que elas descobriram antes de todos os outros, são pessoas fracas que precisam constantemente de ocultar isso e receber reverências falsificadas para se sentirem constantemente bem ou, por outro lado, é giro ver as capas dos jornais com notícias do sporting porque assim imaginamos como teriam sido ano passado se os jornaleiros fizessem igual com as coisas que o clube foi fazendo?

que vá em paz


quinta-feira, outubro 20, 2011

também é verdade que eu poderia colocar videos de gajas nuas mas...

oba oba, hoje foi dia de formação - eu não inventei nada, só conto o que vi

e às tantas a moça que nos formava, fica ali entre o ecrã e o projector e aparece escrito na sua camisola branca:

necessidade de assistência
imediata/vitalícia

  eu vitalícia não digo, agora imediata... digamos que sim.

oba oba, hoje foi dia de formação - capilares

a malta que usa barba fá-lo, não por preguiça ou opções estéticas, mas porque tem o tique de estar a mexer em pelos, não é?

oba, oba, hoje foi dia de formação - estive vai não vai para me levantar e dizer em voz alta «é olaias, o caralho!»

chamaram olaias ao local, ali, em frente ao marta.

oba, oba, hoje foi dia de formação - o efeito linha

havia lá alguém que dizia siguros.

(assim como quem diz, piquenos ou sevilha em vez de sé velha.)

oba, oba, hoje foi dia de formação - maria albertina como foste nessa...

ouvi pessoas dirigirem-se à senhora, chamando-a por vánessa.

(assim como quem chama por rónáldo.)

por muito boa voz que um branco tenha nunca conseguirá fazer aqueles «i know!» ou «i tell you» que só os pretos sabem fazer

no one can prove it

quarta-feira, outubro 19, 2011

(e o blog dela tem uma música tão bonita...)


spark it up, live it up, right now!


e por falar...

... no gouveia do bairro alto - um dos poucos moços em portugal que tem entrevistados interessantes e faz conversas interessantes e outras coisas interessantes também e espero que lhe dêem muito dinheiro onde está para nunca ter que ir fazer papel de entrevistador de pessoas que depois choram e o povo comove-se e diz depois que o entrevistador é muita bom e mais o caralho... - estive a ouvir o luís de matos e realmente gosto mesmo muito dele. um pouquito prolixo, é certo. mas tudo bem.

não gosto de magia. não gosto de o ver trabalhar. mas quando não está a trabalhar... ahhh, aí gosto muito dele.

e diz coelho e não coalho, e diz rio como um dissílabo e não como, e diz... enfim, um prazer.

eu não sei muito bem qual delas é...

... e de que ângulo. ou é a borges carneiro ou a do cabido, se calhar é a dos coutinhos - que tem aquela esquina onde havia um bar no final dos oitenta do qual eu já não m'alembro do nome e que eu adorava -, assim, vistas de quem está junto da sé velha. eh, pá, não sei muito bem, confesso.

sei que quando estou a olhar para a foto do cenário do programa 'bairro alto' do gouveia, é dum recanto da alta de coimbra que me lembro e não do velho bairro da minha terra.

... e se eu pudesse decidir...

... decretava que se soubesse, assim logo no início, da data certa em que eles iriam sair. um serviço bola de cristal ad-hoc, entenda-se.

porque assim, convenhamos, o pessoal fica a sofrer.

(merda) 

e se ela de repente me ganha?



ganhou!

terça-feira, outubro 18, 2011

ainda há blogs?


mmm..... mmm...

porque é que...

... há uma greve geral marcada para 24 de novembro se já não está no governo, nem o dr. santana lopes, o dr. durão barroso, o dr. teixeira dos santos, o dr. 

espera, como é que se chama a uma pessoa que apenas tem o 12º ano concluído e, quanto muito, frequentou a universidade? senhor, não é? ok. 

o senhor josé sócrates, o dr. campos e cunha, o dr. carlos tavares, o dr. antónio mendonça, o dr manuel pinho... caralho, estou farto de os enumerar.

esperem, mas a greve é por causa do que o que estes que lá estão fizeram? humm... devem ser então os mesmos que vão acenar lenços brancos para o jesus ou outro treinador assim, após duas derrotas (obviamente por erros dos árbitros. esperem, mas se são por erros dos árbitros porque razão querem despedir o treinador?)?

é um mito achar que é fixe...

... trabalhar ou viver junto a espaços verdes é algo repousante e calmo. eu passo mais que oito horas por dia quase dentro de um jardim e, acreditem, há mesmo muita actividade com barulho ali à volta. e não falo da canalhada, coitada, na brincadeira. não, pensem por exemplo, no incrível vasqueiro que o pessoal da jardinagem faz a tratar da coisa. e dá ideia que eles estão lá todos os dias. ou pelo menos 10 dias por cada semana!

o que me tira mais do sério, confesso, são aqueles caralhos daqueles sopradores de folhas!



ai ca nervos!

serviço público


para quem interessar, gostaria de informar que eu já estive no st jakob-park, local onde o benfas jogará esta noite.

segunda-feira, outubro 17, 2011

17 de outubro de 1961 - há, pertantes, cinquenta anos.

e maneiras que o miguel filipe trazia debaixo do braço o best of muddy waters e o rockin at the hops do chuck berry e vai o kif, que já não o via há uns tempos, aguçou o olho e disse-lhe: como é que é jacaré? que levas aí, pá?









e o resto é história!

o luque

eu não sei se este post é para ti. não é propriamente o que interessa agora. seguramente é um post escrito por tua culpa. ok, vamos deixar as coisas desta forma: «escrevi este post por tua culpa».

não fui a única pessoa do mundo a «gravar cassetes». eu não gosto de dizer «compilações» ou «bestófes». fui criado a dizer «gravar cassetes» e a dizer assim, morrerei. sempre me disseram «eh pá, grava-me aí uma cassetes de selous como os do porão da nau» ou «o luís beiças é que gravou ao tó'scuteiro, uma cassete com cenas dos dáiâre muita bacanas».



agora que falo no assunto, recordo, com saudade, umas quantas cassetes gravadas por mim e de que gostava muito. a «s.a. semp'ábrir» que teve a versão i romano e a versão ii romanos. eram coisas dos vã nálem, do éri cleptân, dos mautóres, dos tiúbes, dos ménéte uârque, dos cuíne, dos iésse, dos zizi tópe, dos fichâr zed, até da tina târnar, imagine-se! depois fiz também uma cassete «s.a láive». esta já tinha, assim, o pitâfrem petân, os rou lingstônes, os dórs, o pitâguei briel, coisas assim, sabes?


por essa altura, andava o meu cunhado na tropa e com ele, imagine-se, ganhávamos dinheiro a vender cassetes gravadas com selous, para a peluda adormecer com a cabeça fora do quartel. e fazíamos sucesso ou o que é que pensas? eram coisas clássicas, coisas de discotecas (buátes, vá) daquelas que tinham aqueles meiples em veludo cotlê de cor bórdou e mesinhas cujo tampo de vidro era roçado pelos nossos joelhos enquanto comíamos amendoins salgadíssimos. e as favas? c'a nojo. essas cassetes tinham aquelas coisas do róds tuarte, do jélaze gái dos rócsi miusíque - aquela versão ao vivo, sabes? aquela que está no ai roude. -, as baladas dos scorpiãs, aquela dos frenquie, aquelas do fil cólins, o serouí tól dauei dos genesis... 

o je, se estiver a ler isto, é que se deve lembrar destas coisas. ele sim, fazia e sei que ainda faz umas cassetes do camandro. ele tinha equalizador e isso. e fazia as coisas de forma a levantar os tracinhos do lado esquerdo e também os do lado direito, baixando os do meio. assim, dava para se ouvir bem os pratos a fazer tss tss no beguiningue do sil, ao mesmo tempo que o bum bum não perdia páuâr.

com o tempo foi-se perdendo o romantismo das cassetes e, graças a deus, passámos a fazer cêdês. a princípio com cuidado e, mais tarde, quando passaram a custar menos que cinquenta cêntimos, deixámos de ter cuidado e gravávamos outros quando aqueles deixassem de passar nos otorádios por causa da profusão de riscos acumulados.

eu ainda faço cassetes (em formato cedê, claro!). mas já não faço com paixão. chego aqui ao computador, amanho umas cantigas e lá mando o aparelho gravar a coisa. acho que lhe perdi o gosto.



tenho um camarada, meu compadre, gente boa, que ainda grava. esse, eu sei, grava com paixão. mais, grava com dedicação. chega ao ponto de colocá-las na internet para a malta sacar e tudo. uma maravilha. o problema é que ele é outra onda. apanho dali muito pouco. depois tem a particularidade de gostar de música nacional. e eu música nacional, confesso, ainda estou à espera. mas tenho a sorte de já ter sido bafejado com umas cassetes gravadas por ele, bem catitas.

assim, chego a ti. é giro o que tu fazes, chegas a um evento dos nossos carregando contigo uma ou duas de tinto e uma cassete (em cêdê, bem sei) para a gente ouvir durante o repasto. e ela fica ali a tocar, em ripite, a tarde ou a noite inteira. 


na maior parte dos casos é uma maravilha. na menor parte... é também uma maravilha. 

estou aqui a pensar e, tirando as canções que ouço na ginástica, suponho que as tuas cassetes são o único veículo que me ensina a descobrir que houve pessoas que gravaram discos depois do ritârne ófe da speisse cáubói dos jamiró cuei. sério!

na semana passada trouxeste-me uma cassete maravilhosa. avisaste-me que me iria arrepiar com o martin. descansei-te que não me faria alergia. e não fez. arrepia e tal, mas não magoa. caramba, e as outras? gosto tanto. acho que é uma cassete tão boa. meio triste, sabes? dá vontade que o clube perca - cruzes, credo! - para a pormos a rodar e ficarmos ali lavados pela tristeza das canções.

gostei tanto. já tinha dito, não já? foi a melhor das três ou quatro cassetes com que já aqui entraste. sabes, tem daquelas canções que provocam logo uma vontade de ir sacar o album todo. ou então não. é deixá-las ali na cassete para não enjoarmos.

sabes, esta, acho eu, é a minha favorita. bom, podia também falar-te lá no angus e a julia coiso, mas eu acho esta mais bonita. mais triste. e ouço-a sem parar. logo eu que nem tenho andado triste. e dada a canção em questão, acredita, é pena.



(estou a brincar. não é nada pena, pá!)

domingo, outubro 16, 2011

acordei...

... e não a vi na cama.

poderia imaginar que tivesse passado a noite fora, numa festa com colegas de outros tempos. poderia pensar que tinha acordado e corrido para a praia. mas não, fui pensar que tinha ido à missa.

(nem perguntem por quê?)

(nem eu sei também explicar.)

afinal estava na sala a ver á malu mader num dos últimos episódios do ti-ti-ti. algo que poderia muito bem estar a ser feito por mim.

enfim...

com monoi

lembram-se destes géis de banho tahiti douche? lembra-se do da embalagem preta? hoje, durante a aula, cheirou-me a isso.

e por isso cheirou-me a outros tempos, a outros banhos, a meias brancas, a mocassins castanhos, a calças de ganga carcomidas... e a passagens pela murtinheira a caminho do cabril de cima.



http://www.ina.fr/pub/hygiene-beaute-sante/video/PUB3784137143/tahiti-douche-gel-douche-monoi.fr.html

listen without prejudice vol. 1

tentei, juro que tentei, ver a entrevista ao lobo antunes. acalmei, coloquei de lado os preconceitos, enchi-me de coragens. aguentei treze minutos e quarenta e poucos segundos. foi nessa altura que desisti. não compreendo a razão porque os maus entrevistadores não aprendem com os melhores.

não, esperem, deve ser porque, acredito, já se sentem fazendo parte desses tais melhores.


e gosto de assistir à secreta e suposta vingança do escritor, ao conduzir as respostas para caminhos de merda. enfim, uma entrevista cor-de-rosa.

vejo uma série de televisão onde entra uma...

... estudante de urbanismo.

(como é que passamos por isto sem sorrirmos? não dá, não é?)

e fiquei com saudades, sei lá - quando um gajo fica com saudades destes nomes, é porque há realmente algo de errado na nossa vida - do munford, do lynch ou do howard. 

sábado, outubro 15, 2011

can't find a better man



o que mais me impressiona neste filme, perdoem-me os fãs mais hard, é a facilidade aparente com que o cameron crowe lida com o rock. quer seja com o grunge no singles, quer seja com o rock mais classico no almoust famous, quer seja, eu diria, em todos os seus outros filmes.

filmes que por mais que nos tentemos abstrair e centrar na história, há sempre ali aquele momento em que percebemos, descansados, que ele sabe, realmente, escolher as melhores músicas para "enfeitar" ou melhores momentos: de amor, de dor, de refúgio...

sexta-feira, outubro 14, 2011

e esta foto não foi, de todo, escolhida ao acaso


já alguém reparou que ele não tarda nada está com 104 anos. é já em dezembro!

comuna mais bom, caramba!

e afinal o pai da sophie é o gary

quem chorou quando ele morreu, ponha o dedo no ar.

antes tarde que nunca

com dois anos de atraso, é certo, mas apaixonado de morte pelo sounds.


oba, oba, um post sobre a moça da tvi

no ano em que eu entrei na universidade - sim, andei porque trabalhava na reprografia - apresentaram a caloiros do curso de história, uma relação com uns 20 ou 25 nomes de personalidades históricas. estão a ver a relação: personalidades históricas, curso de história.

bom, a ideia era que os caloiros colocassem, mais ou menos por ordem cronológica, as referidas personalidades.

trinta porcento dos inquiridos colocaram o afonso henriques como tendo nascido antes de jesus cristo.



vou repetir aqui um dado pertinente, estamos a falar de pessoas adultas, com o décimo segundo ano concluído e que acham que o curso de história é a sua vocação.


obviamente que lamento a coisas mas, pergunto, ainda acham que eu me admiro que a moça da tvi tenha dito que áfrica é um país? e que fica na américa do sul?


fico a pensar no ponto gê da pequena, será que ela pensa que fica no glúteo? no posto da gê éne érre mais próximo, vá?

sim, e se em vez da ideia lógica que «algo acabará por acontecer que fará a coisa correr mal» pensarmos noutra coisa melhor? e se correr bem? sim, e se em vez de se achar que vai correr mal, correr bem?

quero também falar sobre aquilo que o senhor pê éme disse ontem

no caminho matinal para o banco, cruzei-me não só com um par de pernas que tratavam deus por tu (minto, foram dois. mas um mais que outro, vá!) mas também com duas condutoras como o braço esquerdo apoiadas na janela da porta do veículo, faziam - como eu faço - abichanados e masturbatórios gestos com os dedos à volta duma melena capilar.

sorri para dentro - não fossem elas pensar que estava a fazer-me ao piso - e senti-me ligado naquela comunidade secreta.

porém, logo a seguir fiquei triste por não me ter recordado do amigo passos coelho ter falado ontem em subsídios que esta gente carece para aquisição de carros com mudanças automáticas. sim, não estou a delirar. nós precisamos de ajuda. são terríveis aquelas cenas tristes de imaginarmos que conseguimos fazer as rotundas em terceira, andando o carro, coitado, quase a gregoriar-se, desesperado, à espera que tiremos a mão do cabelo para puxarmos uma abaixo e contornarmos a dita cuja em condições.

ajude-nos, senhor primeiro-ministro. em crise, sim, mas pense nos necessitados.

quinta-feira, outubro 13, 2011

se eu reflectir um pouco sobre o assunto...

... (não o farei, descansem.) eu acho que os meus filmes favoritos, foram estreados nos anos noventa.

(e quando falo em favoritos, não falo em filmes que dizemos que são os favoritos quando nos perguntam em inquéritos de verão do jornal público. não, digo mesmo filmes que vamos a ver nas estatísticas e são mesmo os filmes que mais vezes vimos na nossa vida)



i'm a little bit rusty

reparem, eu já não vou muito longe. não pego em bandas de culto, não pego no betterman, não pego no pretender. não nada disso. estou a pensar em coisas mais simples. este push, por exemplo, é coisa para ter para cima de uma dúzia de anos. há pouco lembrei-me dele e, quero acreditar - aliás, tenho a certeza, o padrinho de certeza que também se há-de lembrar de vez em quando porque eu bem sei que ele gosta do rob thomas.

pergunto, há quanto tempo não se faz uma canção que achemos que vamos ouvir, desta forma, daqui a doze anos?

ele tem uma voz muito boa mas, tenho a certeza, não sabe disso.


e, acreditem, já não falo do morais nem daqueles gajos que andaram partir a bilha aos miúdos da casa pia...

... mas ainda assim, confesso, fico a pensar, há quanto tempo não vai um gajo preso em portugal?

já alguém mudou a bateria dum ipod classic?

(ou já ninguém tem disso?)

quem perceber da horta que me explique

com este tempo bestial em outubro (e apesar de não ter sido assim tão quente, mas ano passado, por esta altura estava também, vá, quentinho, pronto!), não era suposto, por exemplo, passarmos a ter lima, açaí, umbu ou cocos de produção nacional?

aviso importante:

está neste momento a decorrer uma operação stop na estrada da alapraia. quem está a controlar a coisa é uma mulher polícia. em termos resumidos digamos que ela é... ora bem... vá, é boa nas horas!

quem sentir necessidade de uma cassação com estilo, sintam-se confortáveis para partirem uns farolins e largarem-se de caparide abaixo numa valente bolina. pode ser que ela tope e vos faça um: pxéeee, onde você pensa que vai?

mil novecentos e oitenta e oito, feira da ladra, banca junto ao casão (a do lado esquerdo de quem desce) três pintores

segunda-feira, outubro 10, 2011

deixei-me ser parvinho e insensível só por um bocadinho, posso?

e com ajuda do meu precioso rato (uma bomba sem fios da logitech), cheguei ali aos trinta e oito segundos, repito, trinta e oito segundos, e esqueci completamente a mensagem do vídeo.

who deserves!

christ, christy!

caramba, botem estrelas de rock, botem gajas boas, ponham os tetos da tipa do programa da teresa guilherme a alimentar os pobres do corno de áfrica, mas se me querem a pôr dinheiro na bandeja da recolha de fundos, caramba, não me ponham a senhora do segundo trinta e oito porque eu distraio-me.


como dizia o zé henriques nas noites do bingo do belenenses quando detectava uma gaja boa a fazer linha: trinta e oito. três, oito! 







 

viana teles veloso

(...) eu quero ser sempre aquilo com quem simpatizo,
eu torno-me sempre, mais tarde ou mais cedo,
aquilo com quem simpatizo...


... e eu simpatizo com tudo...

... são-me simpáticos os homens superiores porque são superiores,
e são-me simpáticos os homens inferiores porque são superiores também,
porque ser inferior é diferente de ser superior,

e por isso é uma superioridade a certos momentos de visão.
simpatizo com alguns homens pelas suas qualidades de caráter,

e simpatizo com outros pela sua falta dessas qualidades,
e com outros ainda simpatizo por simpatizar com eles...

como sou rei absoluto na minha simpatia,
basta que ela exista para que tenha razão de ser! (...)

sou o único que acha que o separador sonoro da telenovela da sic é igual a isto?

... she says shhhhhhhh....

e já é a terceira visita ao supermercado no espaço de quatro dias...

... porque ando com desejos de salmão fresquinho, daquele já fatiado em paralelepípedos pequeninos. e dessas três visitas, nas duas últimas não encontrei nada.

merda, ando a fazer pelo salmão o que não me lembro


é tanga, até me lembro. mas fica mais bonito dizer assim num post 

de ter feito por gajas.


o que me leva, facilmente, a concluir que ando a fazer figura duma coisa c'a não me lembra agora muito bem o nome... eu sei que é, assim, fazer figura dum bicho que há na entrada das lojas da natura mas... caraças, está mesmo mesmo aqui debaixo da língua.

esta cabeça, realmente...

e não precisamos todos?

o santinni fechou para férias

das duas, três: ou eu não sei a história toda; ou não contavam estar este calor nesta altura; ou então... bom, enfim, lá vou eu emagrecer.



definitivamente...

... do que mais sinto falta quando regresso ao trabalho: chinelos.

 

interlúdio para publicidade


no cu ou na rabadilha
durante todo o ano,
use lelo,
o vibrador do cigano.

find a cure

sábado, outubro 08, 2011

gotta, gotta, gotta....

como é que eu te hei-de explicar? 

ok, pensa naquele bar onde íamos no largo do terreirinho. lembras-te? tinha aquele empregado... o ari, um brasileiro armado em maricas e tal? lembras? 

aquele bar para onde eu ia carregado de litros de baileys caseiro - nem queiras saber, pá! volta e meia ainda impressiono o pessoal com paneladas de licor, ali feitas de varinha eléctrica na mão, tal panoramix... - já localizaste a coisa? 

bom, agora, em vez do estar a dar o live it up dos csn, está uma bandorra do camandro, com um preto parecido com o ian wright  - mas em barriga - a gargantuar coisas do redding, como quem bebe água. depois, lá atrás, imagina, não só havia a esperada bateria e um guitarra ritmo cumpridor, mas tinha um guitarra solo a desgarrar com o baixista, backing vocals daqueles que acontecem no black and white night do orbinson. sabes?

mas espera, não sorrias já. tinha um orgão! juro, eles tinham um orgão! mas não era tocado por um gajo cheio de coolness. nahh, nada disso, eram, assim como se fosse, sei lá, o guilherme dos estores, pronto! mas em bom.


que maravilha!

e depois o ambiente, sabes?... como é que eu hei-de explicar isto? lembras-te do bar lá de cima do news? estás a ver a coisa? pronto, era quase assim mas em giro. e de caras, mas de caras mesmo, na parte do 'gotta, gotta, gotta, gotta try a little..' nós estaríamos lá no meio do wright a mostrar àqueles gajos com quantos pauzinhos se faz um coro de soul!





(duvidas?)

e o momento parolo aconteceu com uma coisa do...

... jack bruce.






(fiquei parvinho, a olhar para o casaco e a pensar «...ihhhhh, do jack bruce... altamente!...»)

trabalha no cafe de raedt




(mas em novo)

pronto, não vos chateio mais...



... no antonio's, cheirava ao mamma rosa.

muito importante

também me cruzei com ele.



(e sendo assim, cruzei-me com o pedro, a rita, o nuno, a carla, a mizé, o luís, o...

na quarta-feira...



... revivi o salvador.


(e eu quero coroar o arménio como «príncipe desta gaita toda» mas este salvador... não me deixa, pronto!)

na segunda-feira...

... cruzei-me duas vezes com o ethernity.

sexta-feira, outubro 07, 2011

segunda-feira, outubro 03, 2011

e obviamente também farão aquelas perguntas sobre o nobel ou isso. do livro em si... bom, do livro irá falar-se pouco.

mas tenho a sensação que quem me lê não são as classes altas, é a média e a média baixa, provavelmente as mais afectadas agora. não acredito que as pessoas que aparecem nas revistas - actrizes, modelos, apresentadoras - leiam um livro. posso estar enganado, se calhar lêem imenso, mas não me parece, pelo modo como falam.

por outro lado, novo romance, nova série de punhetas dos entrevistadores e perguntas sobre o saramago e mais não sei o quê.. ah e certamente o mário crespo a derreter-se duma forma já rizível...

(surdez)

fez-me sofrer muito, sobretudo ao princípio, porque as pessoas pertenciam a um mundo diferente do meu. a primeira vez que pus o aparelho pensava que toda a gente reparava e que iam perceber que eu era um aleijado com uma prótese. agora já vivo com isso e em mais paz... eu tinha orgulho na minha beleza, e aquilo desfeava-me!

com o joão céu e silva que ainda é o único que lhe sabe perguntar coisas mas ninguém ainda percebeu isso

nunca me posso esquecer de que quando estive doente recebi do nosso país mais de sete mil cartas! o que é que as pessoas encontrarão naqueles livros que as faz reagir de uma maneira tão afectuosa? quando vier o próximo cancro, que inevitavelmente há-de vir porque ninguém o vence... resolveu ir-se embora sem que se saiba porquê?

depois com o tempo aquilo passa-lhes

vou tomar banho e eles já estão de secador em punho a esculpir o seu penteado. são dois ou três.

giros, ali a roçar os 16 ou 18 anos, cagança no estilo, orgulhosos, com piada.

um a construir uma capa à bieber outro a confundir os remoinhos num penteado à jeff buckley.

regresso do banho e eles ainda lá continuam. por essa altura chega um outro personagem. uns bons trinta anos mais velho que eles. de pente em punho, alisa os cabelos e compõem-se num clássico risquinho ao lado. assim, simples, à javier zanetti.

rio e penso que isto de tentar dar um ar despreocupado custa muito, dá mais trabalho e demora mais tempo que tentar dar um ar bonitinho.

a fazer as malas...

... e a cuscar em webcams, olhando para as roupas que os indígenas vestem neste momento, para tentar descobrir se devo emalar 5 tichartes ou 5 camisas.

 

e ali na terceira ou quarta música...

... - quarta, de certeza - quando as colunas ameaçaram uma outra muito foleira, ele  grita «calma que não é esta. pára tudo!», levanta-se, carrega num botão, depois noutro e ouve-se então:

the heart is a bloom, shoots up through the stony ground ...

e aquele gesto dele, em decidir que não era aquela música que estava a iniciar mas sim esta fez toda a diferença. porque a coisa até estava a correr bem - já vos disse que ele está muito melhor e que até já gosto de ir às aulas dele? - mas estava ali no fio da navalha, ou caía para um lado ou morria para o outro.

mas não, foi buscar uma do cd 18, antiga, do tempo do amâncio (vénia) ou do serginho (vénia). do tempo, caramba, em que eu ainda fumava ou que o beto julgava que um dia ia para o real madrid.

que maravilha. que canção tão boa. canção que eu não gostava e que um dia alguém, vendo que valia a pena, me mostrou «olha lá esta parte? não ligues ao refrão, concentra-te no pedal que o gajo usa aqui e aqui...»

e eu concentrei-me. e concordei. e depois até descobri que os «daaaaaayyy» do evans, nos backing vocals, fazem lembrar os «daaaaaaaayyyy» que ele mesmo faz no new years day do blood red sky. ou pelo menos acho que são.



grande faixa, grande aula. durinha!

apesar de todos os meus esforços...

... ou se calhar precisamente por causa deles, eu sinto que o balance é a coisa mais difícil e que me deixa mais mental e fisicamente derreado de entre todas as aulas que eles lá dão.

ou então é mesmo essa a ideia.






(e anda por aí, definitivamente, muito pé estragadinho. e mete pena.)

e também ouvi o quim cantar a garagem da vizinha

fui deixar o carro na revisão, quase sem querer, reparei que havia festa em manique de baixo. tinha barraquinha de comes e bebes. resisti e não me meti nas bifanas.



(mas ainda marchou um courato e uma imperial!)

ah malandra, ainda não foi desta que acertei nos números da marisa cruz


sábado, outubro 01, 2011

as carreirinhas que se fazem...

... no dois, quando dá, sei lá, o urgent ou o so long, são tal e qual - e quem já viu sabe do que estou a falar - estas aqui do senhor de calças douradas.
 



(saudadinha)

e o vento? não havia nenhum, caramba!

pior do que perverso, pior até que bizarro, há qualquer coisa, diria, de proibido em mergulhar sem frio e com a maré à altura certinha no mês de outubro.

e até parece que ouvimos o nosso coração quando a cabeça começa a ir por ali abaixo....




~




afinal tenho que admitir...

... ele é melhor que a encomenda. 

mais um bocado dali e menos outro daqui e não tarda nada andamos todos felizes outra vez.

(até também este partir como todos os outros.)



e muita sorte tenho eu não me obrigar a arear panelas


estava eu a começar a lavar a louça quando as visitas decidiram pegar, também elas, em pratos e esfregão. interveio a miúda:

- deixem-mo, deixem-no lavar. ele não faz cá nada em casa e por isso deixem-no lavar a louça sozinho!

gaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaata....

caramba, como eu gosto desta miúda!


dizer que o friday nights é sobre futebol é como dizer que o in treatment é sobre terapia. a meu ver, nada mais errado.

são duas séries «iguais» (calma, ricardo, não te assustes.), são séries sobre pessoas. sobre pessoas reais. são sobre nós.

é claro que, depois, há pessoas que não se reconhecem em nenhum daqueles acontecimentos, em nenhum personagem ou em nenhuma acção de nenhum desses personagens. das duas uma, ou são as tais que acham que as séries são sobre futebol e terapia ou então... bom, ou então andam distraídas.

e eu sei que anda por aí muita gente distraída.