terça-feira, julho 31, 2012

barefoot girl sitting on the hood of a dodge. drinking warm beer in the soft summer rain

mano velho,

repara, ele nunca tinha cantado esta canção desde a morte do calmeirão. caramba, percebe-se porquê, a gente houve esta gaita e... tu sabes... é uma canção tão do bruce springsteen como do clarence clemons.

a tour chega à suécia - país com quem o preto tinha uma relação especial - e... e é isso, acabam de tocar o 10th avenue e... e para mim aquele discurso é o springsteen a fazer o luto definitivo da coisa. as luzes do estádio já estão acesas, o povo acha que o fim é agora e... e pimba: violino e prof. roy bittan a dar na coisa... the rangers had a homecoming, in harlem late last night.


arrepio global no estádio.

pronto, depois é o que já se sabe, vem aquele solo de mais de dois minutos 

acredita, ele não é o saxofonista da banda por ser sobrinho do gajo, ele é o saxofonista da banda porque sabe tocar saxofone o suficiente para tocar na melhor banda de rock and roll (assim, com raízes do rock and roll) da actualidade.

e o povo faz ali um yeahhh como que a dizer «sim, podes continuar a tocar estas partes na boa».

caralho, não me vou pôr aqui a escrever mais paneleirices. para bom entendedor esta não é a melhor versão ao vivo que eu conheço. a minha favorita é esta. mas, bolas, isto agora não interessa nada. o que realmente conta é saber se te apeteceu gritar no minuto 2'55 (em portugal era completamente impossível de esta parte acontecer.); se ficaste a ver se o bruce ia ou não ter com o miúdo no minuto 8'10' e, finalmente, minuto 12'00 e seguintes, conseguiste não chorar?

(eu borrei-me todo)

beijinho



domingo, julho 29, 2012

mais grave! mais agudo! mais eco! mais retorno! mais tudo!



a questão nem é bem como enfrentar o dilema «devemos ou não voltar ao lugar onde fomos felizes», o que me aconteceu foi chegar ao tal lugar e... e ele já não existir.

já não era novidade, já não estava calor, já não eram os gemelos xx, já não cheirava a mare nostrum, já não era o torpedrito...

li um capítulo e salpiquei em mais dois. há memórias boas que devem ficar guardadas para sempre. para serem isso mesmo, memórias boas.

sábado, julho 21, 2012

isto não são pessoas a falar de canções...

... isto é o sérgio godinho a falar sobre canções duma forma como só eu li o hornby falar.

(ninguém fala assim de canções. até porque, acreditem, ninguém fala assim de si. que é quase a mesma coisa.)




fui cagar...

... e levei o livro da erika james com o intuito de o folhear a ver se apanhava uma ou outra cena de foda que fosse bacana e me ajudasse levar o bernardo à natação.

encontrei muitas cenas de foda. continua-se a descrever fodas como quem fala sobre a crise grega: muita descrição, muito tecnicismo nenhuma pertinência ou força na verga.

o jorge amado dá muito mais tesão a falar de um vestido que esta inglesa a falar de uma mão (toda) dentro dum pipi.

nada contra, se calhar também não era essa a intenção da senhora.

sexta-feira, julho 20, 2012

curva cega

... i just want to be free, i'm happy to be lonely...
...
just leave me alone with my thoughts.
just a runaway, just a runaway,
i'm saving myself...

quinta-feira, julho 19, 2012

isto vai parecer um blog de gaja mas eu aviso já que sou muito gaja para me estar ralando com isso


querem parecer giros?

ok, esqueçam todas as produções que já viram por aí, de fotógrafos que pegam em casais e filhos (descalços, se possível) e mais o caneco e os levam para, sei lá, a lixeira de trajouce ou para um estúdio com fundos brancos e vejam  antes isto: é simples, pega-se no bruce weber e num molho de roupa carote, voamos para a casa de praia das caraíbas e... voilá.


 






















três ou quatro apontamentos:

- o kif é feio mas é a sua alteza do rock. isso trouxe-lhe gajas giras (caramba, pensem no ringo. repito, o ringo. ele comeu uma bond girl, deus do céu!). por essa razão também depois nasceram filhos giros. que depois casaram com gajas giras. que depois...

- a mulher do marlon tem uma boca inatingível.

- a patti hansen tem 56 anos (e eu não quero dizer mais nada).

- adoro a foto a preto e branco do kif e da patty, cara a cara, com o braço dele à volta do pescoço dela. há uma parte no life, onde ele relata aquele acidente que os seus dedos sofreram nos anos 90. conta também que nunca gostou dos seus dedos porque pareciam pertencer a mãos de um trabalhador industral. as lesões sofridas nesse acidente só vieram piorar a estima que ele já quase não tinha. lembrei-me disso quando vi esta mistura: sua alteza, a patti, o anel caveira e os dedos mostruosos.... ele conta, no livro, que, apesar de tudo, se sente seguro junto dela.
satisfaction.

terça-feira, julho 17, 2012

henrique carlos


no início nem íamos para a costa,...



... em boa verdade, no início íamos para carcavelos. bem sei que antes do início, numa altura em que nem eu me recordo mas sei que existiu porque há fotos que o comprovam a praia eleita era a parede.

há aquela foto em que estou com cabelo 'à beatles' - cortado pelo zé barbeiro - que subia do intendente ao vitória, à noite, lá à sede, escovinhar-me as melenas loiras - a comer um pacote de batas fritas, seguramente pala-pala. e essa é na parede.


também íamos para a torre.

mas sim, carcavelos era a praia que frequentávamos mais. naquele primeiro restaurante, aquele ao lado da pizzaria, e de que nunca me recordo o nome, há (espero) uma parede com vidros emoldurados por esculturas de cimento, arredondadas, a lembrar aquários, - sabem? - que me faz lembrar aquele tempo em que o meu pai usava panamás de ganga e avieitârs castanho escuro.

demorávamos uma eternidade por aquela marginal a fora. houve até um dia em que tivemos um acidente com quatro carros, ali em santo amaro naquele local onde montavam as roulottes .

e onde, naquela noite em que o vieira decidiu ir passear.nos, a rita chamou-me a atenção para a existência do waiting for the night que estava até a tocar numa cassete do zé, seguramente de chrome dioxide, provavelmente de metal e nunca de fero porque o zé, sabem, tinha um deck da denon. e ali, acreditem, não era qualquer tipo de fita de cassete que se esparramaria por aquelas cabeças imaculadas. 

 
esse acidente foi, para mim um acontecimento. primeiro porque o causador do dito cujo, era espanhol - eu acho que nunca tinha estado com um espanhol antes. e depois porque tivemos de regressar a lisboa, ao hotel mundial, para assinar papéis - e eu nunca tinha estado num hotel destes - antes de voltarmos à praia.

ah, esperem, também nos aconteceu soltar-se das barras do tejadilho, a mesa do campismo. foi ali na auto-estrada do monsanto, já na descida, por alturas da saída para algés...

mais tarde, é verdade, começámos a atravessar o rio. era uma grande empresa atravessarmos o rio. primeiro porque isso implicava portagens e tal, e depois porque para lá do rio... era marrocos. e foi para lá da costa, então, que começámos a ir. para a riviera, local onde estavam localizadas as garagens dos comboios. ahhhh, o que eu adorava invadir aquelas dunas repletas de cactos, juntamente com o mário joão e tentar descobrir o michel vaillant a comer gajas nuas nas dunas - que nunca conseguimos - ou simplesmente fingir que conseguíamos desviar duas ou três carruagens para as garagens, a fim de surripiarmos rolamentos para os carros de esferas.

a ideia que eu tenho é que saíamos de madrugada. mas há algo que me prova que não era bem assim. para mim, sim, era de madrugada, para a minha memória, a minha mãe - aos berros, estilo produção michael bay - ou o meu pai - uma coisa mais manueld'oliveira, mais calma e cool - tirava-me da cama de noite (que exagero). porém quando descíamos ali a joão vinte e um, quase sempre antes das nove da manhã, a minha mãe assistia à descida de um avião, algures sobre o prédio da érre tê pê e anunciava:

- lá está o da alitalia. olha, são 8h45. não falha. às vezes já não o vemos porque já passamos 10 minutos depois desta hora. hoje vamos a horas.... mas por vezes já não o vemos.

(hoje vi um avião qualquer a passar sobre entrecampos e lembrei-me desses tempos.)

segunda-feira, julho 16, 2012

é das poucas coisas que gosto na expo, é o facto de as cablagens serem todas subterraneas. agora quando andamos na rua e vemos os fios da luz e dos telefones à mostra... nahh!


não quis rebobinar e por isso enganei-me quando disse que eram enroladas nas bainhas



obrigado


... e depois há ali aquela parte...

... em que ele chega a casa dela e em vez de roupas chiques ela está com uma camisola estranha, confortável, é certo, daquelas com mangas compridas e giras que cobriam as mãos, porém tinham pregas nos ombros... ao mesmo tempo que estava com umas calças de pijama aos quadrados... aquilo dava ar de serem de flanela ou lá o que é aquilo... e achei a coisa tão cousi...

... na cena seguinte, estava com aquele luque, assim, meio programas do palin meio 'caça', com uma camisinha, simples, branca... e as calças... como é que eu hei-de dizer.. calças, pronto! confortáveis... femininas, caqui... giras... enroladas para fora na bainha, deixando os tornozelos (céus!) à mostra e escaqueirando uns sapatos, assim, simples, confortáveis...

é tão difícil ser simples.

sábado, julho 14, 2012

eu não conseguia sequer ouvir o use somebody e agora tudo mudou. acho até que estou pronto para postar o use somebody e tudo.

gostava de dizer tanta, tanta coisa sobre isto mas não consigo ordenar ideias. hoje não consigo.

vi este clip do sex e recordei-me logo deste outro com vinte anos. caramba, frontmen como estes já não se fazem. acho que já só resta o gahan, não é? ele ali a seduzir a ribalta, a andar de um lado para o outro...

ooohhhh.... humhum! you know what?... this is a song ... about...


e quando se ouve a gaita de beiços o povão explode num yeahhh.

a câmara mostra o palco, as luzes, o michael em contra luz, abengalado no micro, camisola preta, calças justas, molejo de rock and roll

don't you know what you're doing?... you've got a death wish»

 e a camara vira para o público e bum!!!!!!!!!!!!!!!! está tudo, mas tudo, mas tudo a saltar

ah yeah... what's that? suicide blonde!




avancemos agora 20 anos e reduzamos a coisa para um pavilhão e para 18.000 alminhas. ainda em londres, público constituído pelos filhos dos que estavam em wembley no clip anterior. conversa bonita sobre uma presença familiar na multidão, povo a fazer yeah yeah. cantor a pedir para fazerem um singalongue para que tudo pareça mais bonito e... três acordes - como em three chords and the truth - e bummmmmm outra vez.

caramba, como eu gosto destes gatilhos musicais. não é uma estrofe, não é um verso, não é uma luz, são três acordes e o povo salta como uma mola e faz um yeahhh.

música fácil, letra simples e um refrão bom para comícios ou missas cantadas.

uns com a paneleirice dos telefones - caramba, mas não vêem que até já conseguem sacar o dvd da tournée de borla pela net? - outros ali a curtirem aqueles três minutos e meio de rock como se não houvesse amanhã (e sim, nos meus concertos não há amanhã.).

guitarra, guitarra, baixo, bateria e uma voz meio gasta, forte, daquelas que parece que cantam com a facilidade de quem bebe água.

adoro. música mesmo de concerto. letra de gritar bem alto.

lay where you're laying. don't make a sound em coro, em coro, em coro... potente.

e depois de vender os milhões que venderam, se eu fosse os followill, depois de ver aquela cena ali nos 1:35, a tipa abraçada ao gajo. ele novo, seco, terço ao pescoço; ela gira, cabelo como se quer, bicípite tatuado, olhos nos olhos... your sex is on fire... dizia eu, depois de ver a cena, achava que sim, que tinha valido a pena compor aquela canção só para ver aquele par a fazerem... rock and roll!

olhar mais bom.



Consumed with what's to transpire

se você fosse sincera ôôôô aurora!


o google hoje está tão giro...


sexta-feira, julho 13, 2012

em boa verdade, isto não difere muito do integrale do saudoso jorge recalde...


... que tinha uma bandeirinha azul e branca, às riscas, ao lado do seu nome, impresso na porta do delta.

aqui, acredito - nem outra hipótese aceito -, foi o senhor benvindo que decidiu espetar um poste de homenagem ao estoril, colocando a bandeira da nação junto do seu nome.

(burros, caralho!)

terça-feira, julho 10, 2012

gosto de descobrir:...

... piscinas, parabólicas, relvados, chaminés extintas, salas de restaurantes cobertas, palmeiras, pátios de escolas, nespereiras, ringues de futebol, pavilhões, até!

sou capaz de estar horas a ver no maps da microsoft (por ora, ainda, o melhor bârdz ái da net), o interior dos quarteirões da minha terra.

no fundo, a fazer o mesmo que fazia há 35 anos, quando havia serões em casa da minha madrinha, na rua da bempostinha.

estou aqui na minha cave a ver a coisa bem de cima e acho que continuo ainda a ouvir, os guinchos das roldanas ferrugentas dos estendais que perscruto.




segunda-feira, julho 09, 2012

um dia vestido, de saudades vivas...

lembram-se da esquadra?

um bar que existiu na rua da rosa, propriedade do vitinha. lembram-se?

o the best exotic marigold...

... coiso, não é bem um mau filme. não, não é bem isso. é mais um filmito vulgar, previsível talvez, com esplêndidos actores, cores bonitas e duas frases boas (que eu posso reproduzir se pedirem muito.) (claro que não o farei!).

por isso, se vão a ele por causa dos actores, acreditem, assim, de cabeça, recordo-me duns nove filmes com esta malta, mais giros que este.

a escolha é vossa.

(graças a deus.)

curiosamente, o livro deve ser giro...



domingo, julho 08, 2012

não me perguntem se é grande e potente porque não se deve perguntar isso a um homem, caramba!



... mas a verdade é que vou ter um telescópio, nhanhanhanha!

vão-se habituando

cuando juego para inglaterra,...


... soy propiedad pública inglesa. pero el resto del tiempo mi vida es privada y no está abierta a las miradas de público.

no hay niños felices,...

... la infancia es feliz restrospectivamente, igual que no hay adolescencia feliz. la infancia son normas, te dicen lo que tienes que hacer, lo que no tienes que hacer, que cojas el tenedor de una manera, que no hagas pipí... es terible, te ponen restricciones, pero yo no tengo la impresión de haber estado oprimido.

la imaginación...

... está hecha de la memoria, la imaginación es la manera en que compones, la manera en que estructuras tu imaginación.

sábado, julho 07, 2012

gostava de vos observar a partir de um deserto


e este marcador, não é um show? fui eu que o desenhei!*



* acham mesmo? dahhhh!....

... assim como este, topam?


... ou seja, comprei as revistas por causa do aarão e acabei por ler uns bónus porreiros


vinha, também, lá revista uns pensamentos curiosos, dum astrofísico ou coisa assim...


... que voltei a gostar dela. e é que voltei mesmo. bom, do miguel nem se fala, claro.


... ainda aqui há dias eu disse...


... que saiu na feira das vaidades...


... da julia com o miguel...