sexta-feira, maio 25, 2007

elstree

o meu associado bico laranja (posso te chamar bico, não posso?) lembrou-se do fazer um post com um video do video killed the radio star. eu prometi-lhe que lhe dava uma resposta aqui. não é bem uma resposta do género: espera lá que eu já te dou o remédio para a tosse. não nada disso. é mesmo um postzeco sobre esse assunto.

já o disse aqui, quando éramos mais miúdos havia discos de algumas bandas que nós, reles pobrezecos, não nos atrevíamos a comprar: há uns quatro ou cinco discos desse tempo que me vêm logo à memória: o business as usual e o alchemy tinha-os o luis beiços; o from a to b, tinha-o o tó borg (ou tó escuteiro), o ghost in the machine tinha-o a sarém (é assim o nome?), etc..

infelizmente, não havia maneira de ninguém comprar
o the age of plastic. o que, para mim, sempre foi uma pena. lembro-me que o pires tinha o single do i am a camera, mas não era bem a mesma coisa. até porque se fosse uma coisa mesmo em grande tinha era comprado o adventures in the modern recording que é de onde ele é extraído. mas o que me chateava mesmo é que eu gostava, não só do video killed.... e do living in the plastic age e não havia maneira de haver alguém que tivesse perdido a cabeça e fosse à frineve comprar o raio do disco.

ora, quis o destino que por volta do início da década de 90, numa altura em que eu andava na tropa, que ali por algés, uma alma caridosa me pusesse nas mãos o citado éle pê. rezam as crónicas que essa alma caridosa queria que eu também lhe pusesse as mãos num sítio que ela lá sabe, mas isso são outros trezentos.

ora, de disco na mão, começo então a ouvir aquilo e foi então que me arrependi. oh meu deus, porque raio fui eu gastar dinheiro com o la verite, por exemplo, se o bic laranja também já o tinha em seu poder? ou até mesmo o party's over (também tens, não tens?). bolas, o disco é tão bom, tão bom. mas mesmo bom. são umas atrás das outras: o kid dynamo, o i love you, o clean clean, o elstree (é perfeita), o astroboy, e até mesmo o johnny on the monorail. isto claro, já para não falar nos video killed... e living in the...

a sério. o disco é perfeito.

anos mais tarde, aí há uns 10, mais coisa menos coisa, descobri-o na discoteca do palmeiras. tunga, foi logo ali. despi-o e foi logo para o pc.

ouvi, ouvi, ouvi.... e ainda ouço.

é perfeito. acreditem.

sobre o trevor horn, falarei um dia (frankie goes to hollywood, abc, propaganda, art of noise, etc..) são razões mais que suficientes para fazer um post sobre este caixa de óculos. o geoff downes escreveu o only time will tell e para mim isso é razão mais que suficiente para querer ser seu amigo. e sou. ele não sabe mas eu sou.


5 comentários:

Bic Laranja disse...

Bom artigo sobre os pobretanas que éramos (agora temos que fazer um sobre como saímos da pobreza e vamos ganhar o nobele, como o Don José).
Quem é que tinha o LP em Algés?
Um abraço!

Bico?!

Anónimo disse...

sabes, tu és o maior freak que conheço dos anos 80!
é incrível!

Bic Laranja disse...

Haha! O cobrador do frique!
Cumpts.
P.S.: mas quem é afinal o Luís jardim?

Anónimo disse...

Bic, Bic, Bic, Bic, Bic, Bic...
O Luís Jardim é um produtor de música que já trabalhou com nomes como Paul McCartney, Rolling Stones, Tina Turner, David Bowie, Cher, Björk, Duran Duran, Robbie Williams, Tom Jones, Alejandro Sanz, Nina Hagen, João Pedro Pais, Eros Ramazzoti, Diana Ross, Mariah Carey, Céline Dion, Elton John, etc, etc.

Anónimo disse...

Viste Pitx!
Custava muito teres dito. Assim não escreveste aqueles nomes todos com letra minúscula.
Cumpts.