no tempo em que havia música de vanguarda - e que não havia essas paneleirices de lhe chamar alternativa ou independente - uma das minhas bandas favoritas eram, obviamente, os bauhaus.
nesse campo, nessa diocese digamos, havia os joy division - os new order ainda só tinham o movement. disco que eu nunca achei grande espingarda - os cure - que até ali, ao pornography, eram fantásticos - e os bauhaus.
destes todos os únicos que tive oportunidade de ver ao vivo foram os bauhaus.
a coisa aconteceu no atlântico e, posso-vos assegurar, foi a maior concentração de pano negro e rímel que eu já assisti em toda a minha vida.
na altura em que os fui ver, confesso, já os seus discos estavam meio arrumados mas, gaita, assim que o malandro do daniel ash pôs a palheta no raio das cordas, minha nossa senhora, que arrepio do camandro.
e depois havia o murphy, não é? bom, não é preciso dizer mais nada, pois não?
só para terminar: fui ver o concerto sozinho, a certa e determinada altura, uma miúda vestida de nossa senhora de fátima, mas onde o branco original estava substituido por negro, lembrou-se de me pedir para lhe construir um charutão de bezegol. lá recusei simpaticamente - careta! -, alegando que jesus podia estar a ver aquilo lá de cima e não gostaria, certamente, de ver a mãe a fumar brocas. sorriu, deu-me um beijinho com aqueles lábios negros - blhec! -, piscou-me o olho - obviamente negro! - e disse-me ao ouvido que o daniel ash lhe entrou corpo dentro em sonhos e a possuiu ao som do passion of lovers. ela sorria mas eu estava com pena daquilo, porra. ao som do passion of lovers? coitada. se ainda fosse ao som do bela lugosi's ainda vá que não vá. ainda me pediu para ir com ela e uns amigos ao incógnito. fui para casa.
eu por mim, depois do quarto e último encore, não tinha apenas o olho chutado mas sentia-me completamente desconjuntado. concerto do camandro!
faz hoje nove anos que isso aconteceu.
respeito!
nesse campo, nessa diocese digamos, havia os joy division - os new order ainda só tinham o movement. disco que eu nunca achei grande espingarda - os cure - que até ali, ao pornography, eram fantásticos - e os bauhaus.
destes todos os únicos que tive oportunidade de ver ao vivo foram os bauhaus.
a coisa aconteceu no atlântico e, posso-vos assegurar, foi a maior concentração de pano negro e rímel que eu já assisti em toda a minha vida.
na altura em que os fui ver, confesso, já os seus discos estavam meio arrumados mas, gaita, assim que o malandro do daniel ash pôs a palheta no raio das cordas, minha nossa senhora, que arrepio do camandro.
e depois havia o murphy, não é? bom, não é preciso dizer mais nada, pois não?
só para terminar: fui ver o concerto sozinho, a certa e determinada altura, uma miúda vestida de nossa senhora de fátima, mas onde o branco original estava substituido por negro, lembrou-se de me pedir para lhe construir um charutão de bezegol. lá recusei simpaticamente - careta! -, alegando que jesus podia estar a ver aquilo lá de cima e não gostaria, certamente, de ver a mãe a fumar brocas. sorriu, deu-me um beijinho com aqueles lábios negros - blhec! -, piscou-me o olho - obviamente negro! - e disse-me ao ouvido que o daniel ash lhe entrou corpo dentro em sonhos e a possuiu ao som do passion of lovers. ela sorria mas eu estava com pena daquilo, porra. ao som do passion of lovers? coitada. se ainda fosse ao som do bela lugosi's ainda vá que não vá. ainda me pediu para ir com ela e uns amigos ao incógnito. fui para casa.
eu por mim, depois do quarto e último encore, não tinha apenas o olho chutado mas sentia-me completamente desconjuntado. concerto do camandro!
faz hoje nove anos que isso aconteceu.
respeito!
3 comentários:
Não acredito...
A gaja convidou-te e tu foste para a tua casa.
Então e não vens ver o Murphy a Gaia dia 30?
Abraço
Mano,
Não tive a sorte de ter ido ver esse concerto. O melhor que consegui foi o "Gotham", depois...
Ouve lá: o que é que tu me dizes de irmos ao Norte, assim só naquela, para ver o chefe da banda, como diz ali o Alf?
Era uma boa, não era? :)
Aquele abraço!
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