quando a ingenuidade reinava na minha vida - não que já não ande por aqui mas já não reina, pronto! - eu julgava que o ponto alto de ter uma companhia feminina connosco era, seguramente, aqueles agarranços, aquele pousar da cabeça dela no nosso peito, eventualmente o ficar ali abraçado a elas durante um porradão de tempo, enquanto víamos placidamente a chuva a cair lá fora - assim, ao estilo do amanhã de manhã das doce - ou repousávamos os olhos na televisão, observando calmamente filmes com pares românticos.
afinal se o andré cajarana (tony ramos) e a carina (elisabeth savalla) do pai herói - que já tinham sido o márcio e a lili no astro - conseguiam estar tempos imensos deitados e abraçados na cama a conversar e a sacar beijinhos é porque aquilo era realmente muito bom (bom no sentido de ser doce e tal).
quando anos mais tarde comecei a praticar essas coisas, verifiquei que aquilo é tudo uma valente treta: ou as cabeças delas após uns 2 minutos pesam cumó caraças aqui sobre o pulmão direito, espremendo até à exaustão a pleura; ou se nos deitamos sobre o feminino e suave ventre enquanto nos fazem festinhas no couro cabeludo ficamos com o pescoço todo dorido por estar com ele tanto tempo dobrado; ou ainda, se decidimos abraçá-las em cadeirinha, às tantas, o braço que fica posicionado sob o corpinho delas - por mais magras que sejam - acaba por ficar num estado de paralisia tal que necessitamos duma massagem do ombro até à mão para conseguirmos mudar o canal com o comando.
andámos pois, anos e anos, em rodas de amigos recolhendo informações sobre a localização do clitóris ou sobre a existência do ponto gê de gato e nunca nenhum mais rodado nas coisas das junções de corpos nus nos deu truques e dicas sobre a forma perfeita de encaixar numa gaja.
simplesmente porque não há uma forma perfeita.
ou se com aquela que tínhamos namorado no acampamento das berlengas, o cotovelo podia ficar assim, já com a outra que decidiu dormir connosco - eu disse dormir, ok? - naquele inter-rail que passou por bucareste, o cotovelo não tinha problema nenhum mas o raio do joelho magoava-lhe a coxa esquerda.
porque é um mistério do camandro as diferentes maneiras que os casais encontram para se encaixarem debaixo dos edredons. mas consegue-se. e é realmente bom cumó catano quando ali após umas quantas semanas descobrimos o conforto desta ou daquela posição. é mesmo misteriosa até porque eu acho que se a conseguisse descrever não o conseguia.
eu sei lá, sei que há um pé que fica assim, que um dos ombros quase que se inverte e recolhe sob a omoplata, que aquele joelho encaixa ali naquela concavidade lá em baixo...
é um mistério sim.
convenhamos, uma retanchada é bem mais simples de dar não é?
afinal se o andré cajarana (tony ramos) e a carina (elisabeth savalla) do pai herói - que já tinham sido o márcio e a lili no astro - conseguiam estar tempos imensos deitados e abraçados na cama a conversar e a sacar beijinhos é porque aquilo era realmente muito bom (bom no sentido de ser doce e tal).
quando anos mais tarde comecei a praticar essas coisas, verifiquei que aquilo é tudo uma valente treta: ou as cabeças delas após uns 2 minutos pesam cumó caraças aqui sobre o pulmão direito, espremendo até à exaustão a pleura; ou se nos deitamos sobre o feminino e suave ventre enquanto nos fazem festinhas no couro cabeludo ficamos com o pescoço todo dorido por estar com ele tanto tempo dobrado; ou ainda, se decidimos abraçá-las em cadeirinha, às tantas, o braço que fica posicionado sob o corpinho delas - por mais magras que sejam - acaba por ficar num estado de paralisia tal que necessitamos duma massagem do ombro até à mão para conseguirmos mudar o canal com o comando.
andámos pois, anos e anos, em rodas de amigos recolhendo informações sobre a localização do clitóris ou sobre a existência do ponto gê de gato e nunca nenhum mais rodado nas coisas das junções de corpos nus nos deu truques e dicas sobre a forma perfeita de encaixar numa gaja.
simplesmente porque não há uma forma perfeita.
ou se com aquela que tínhamos namorado no acampamento das berlengas, o cotovelo podia ficar assim, já com a outra que decidiu dormir connosco - eu disse dormir, ok? - naquele inter-rail que passou por bucareste, o cotovelo não tinha problema nenhum mas o raio do joelho magoava-lhe a coxa esquerda.
porque é um mistério do camandro as diferentes maneiras que os casais encontram para se encaixarem debaixo dos edredons. mas consegue-se. e é realmente bom cumó catano quando ali após umas quantas semanas descobrimos o conforto desta ou daquela posição. é mesmo misteriosa até porque eu acho que se a conseguisse descrever não o conseguia.
eu sei lá, sei que há um pé que fica assim, que um dos ombros quase que se inverte e recolhe sob a omoplata, que aquele joelho encaixa ali naquela concavidade lá em baixo...
é um mistério sim.
convenhamos, uma retanchada é bem mais simples de dar não é?
3 comentários:
Ahahahahahah
Agora conta a estória das Berlengas e o InterRail a Bucareste aqui há malta ;-P
Cumps
retanchada é bem!
Para um Espirito Santo!
Já desisti tb. Dormência nos braços, dores nos ombros. Pior ainda, encostar a cabeça à barriga da gaja e ficar com os óculos a aleijar o nariz. Mais tarde ouvir, pedro acorda que já estás a dormir e a babar.
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