peço a palavra! posso?
reclamo porque um gajo que durante uma estrofe inteirinha começa a dizer estas coisas já a preparar assunto, que continua pela segunda estrofe abaixo, já a avisar que não há volta a dar, meus amigos, tem de fazer um esforço magnânimo para não verter lágrimas na frente da moça.
digo isto até porque quem toma uma saideira, nunca toma só uma, logo isso indicia que a partida não é bem naquele momento. ao que parece a coisa vai ser demorada. ou pelo menos ele quer que seja demorada.
deves!
e bastava ver que ao começar a falar lá da fitinha colorida de colocar no pulso, a abarbatar-se à flauta do pixinguinha, as referências à aliança.... humm, vê-se que aquilo ainda volta para trás. ele está mortinho, nota-se, pá. e vê-se que ao referir-se ao neruda ele já está mesmo a arranjar pretexto para ir lá dentro, ao quarto onde ela tem as coisas, buscar o livro a ver se a coisa pega.
e a coisa do bater a porta: ai, ai, olha que nem vais ouvir nada. olha, vês? vou fechar, está bem? está? nem dizes nada?
eh! balelas.
vale uma aposta que ainda voltam?
(eu gosto tanto desta música caraiguicho!)
Eu vou lhe deixar a medida do Bonfim
Não me valeu
Mas fico com o disco do Pixinguinha, sim ?
O resto é seu
Trocando em miúdos, pode guardar
As sobras de tudo que chamam lar
As sombras de tudo que fomos nós
As marcas de amor nos nossos lençóis
As nossas melhores lembranças
Aquela esperança de tudo se ajeitar
Pode esquecer
Aquela aliança, você pode empenhar
Ou derreter
Mas devo dizer que não vou lhe dar
O enorme prazer de me ver chorar
Nem vou lhe cobrar pelo seu estrago
Meu peito tão dilacerado
Aliás
Aceite uma ajuda do seu futuro amor
Pro aluguel
Devolva o Neruda que você me tomou
E nunca leu
Eu bato o portão sem fazer alarde
Eu levo a carteira de identidade
Uma saideira, muita saudade
E a leve impressão de que já vou tarde
reclamo porque um gajo que durante uma estrofe inteirinha começa a dizer estas coisas já a preparar assunto, que continua pela segunda estrofe abaixo, já a avisar que não há volta a dar, meus amigos, tem de fazer um esforço magnânimo para não verter lágrimas na frente da moça.
digo isto até porque quem toma uma saideira, nunca toma só uma, logo isso indicia que a partida não é bem naquele momento. ao que parece a coisa vai ser demorada. ou pelo menos ele quer que seja demorada.
deves!
e bastava ver que ao começar a falar lá da fitinha colorida de colocar no pulso, a abarbatar-se à flauta do pixinguinha, as referências à aliança.... humm, vê-se que aquilo ainda volta para trás. ele está mortinho, nota-se, pá. e vê-se que ao referir-se ao neruda ele já está mesmo a arranjar pretexto para ir lá dentro, ao quarto onde ela tem as coisas, buscar o livro a ver se a coisa pega.
e a coisa do bater a porta: ai, ai, olha que nem vais ouvir nada. olha, vês? vou fechar, está bem? está? nem dizes nada?
eh! balelas.
vale uma aposta que ainda voltam?
(eu gosto tanto desta música caraiguicho!)
Eu vou lhe deixar a medida do Bonfim
Não me valeu
Mas fico com o disco do Pixinguinha, sim ?
O resto é seu
Trocando em miúdos, pode guardar
As sobras de tudo que chamam lar
As sombras de tudo que fomos nós
As marcas de amor nos nossos lençóis
As nossas melhores lembranças
Aquela esperança de tudo se ajeitar
Pode esquecer
Aquela aliança, você pode empenhar
Ou derreter
Mas devo dizer que não vou lhe dar
O enorme prazer de me ver chorar
Nem vou lhe cobrar pelo seu estrago
Meu peito tão dilacerado
Aliás
Aceite uma ajuda do seu futuro amor
Pro aluguel
Devolva o Neruda que você me tomou
E nunca leu
Eu bato o portão sem fazer alarde
Eu levo a carteira de identidade
Uma saideira, muita saudade
E a leve impressão de que já vou tarde
mas a minha versão é esta, que me desculpem os puristas.
2 comentários:
Ei, Pitx, já é tão difícil ouvir isto aí sem verter um chorinho (dependendo do estado da alma, né?) quanto mais falar isso para a moça... Sabes que para nos deixares estes mimos no teu pipa podes e deves sempre pedir a palavra!
Bjs
A mim o que me mata é o peito tão dilacerado, palavra :P
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