terça-feira, fevereiro 17, 2009

novo código laboral

pediu-nos, encarecidamente, que a deixássemos ir dormir a casa da avó

é o chamado prenúncio da célebre frase «está, pai, diz à mãe que eu hoje não janto em casa e vou dormir em casa da avó». reparem que acontecerá aquela partícula da frase que é a "diz à mãe". ou seja, não só não te peço permissão, como, a somar a isso, ainda terás que acartar com a responsabilidade e com as consequências de seres tu a anunciar a coisa à mãe. rio-me com esse pensamento e com as memórias dos lamentos que a minha sogra, há uns anos, trazia a lume, pelas rejeições que a neta lhe dava. aliás, já na altura me ria com isso. e ria porque dava a ideia que só eu é que via que estávamos a lidar com birras de uma bebé de 2 anos que teimava em não querer ficar com a avó. e só eu é que via também que elas iriam (e já estão a ser) umas valentes companheiras. talvez esta avó seja mesmo "a companheirinha" dela.

acedemos com alegria, com a visão dum serão menos barulhento e com a oportunidade duma viagem às compras no continente sem pressas e sem alarido.

em casa, fez a sua mala para a noite, deu uma mirada final no seu quarto e deixou a ninhada da sua cadelinha em trabalhos de aleitamento.



que maravilha.

já hoje, a avó deixou-me as suas bonecas. conta-me ela que a miúda deu-lhe a seguinte recomendação: «senta-as lá naquela secretária do fundo. elas que trabalhem!»

mainada!

1 comentário:

Su disse...

Sabes do que é que gosto mais nas tuas entradas? É a felicidade que consigo sentir sempre que te leio! Ainda não tinha percebido bem o porquê deste meu prazer, mas acabei de entender!

Sem desmerecimento a tudo o resto, claro, que também gosto muito de te ler quando estás mais irado com o mundo...