quinta-feira, fevereiro 12, 2009

igreja

fico fodido quando leio que a igreja não deve intervir e fazer campanha contra certos partidos. juro que fico.

vamos lá a ver uma coisa, o que essas pessoas toleram é que possa existir essa tal de coisa meio antiquada e esquisita que seja, imagine-se, rezar. mas pronto, além de rezar, as pessoas que andam lá pela igreja e nessas fantochadas do vaticano e aquilo é só luxo vejam lá bem como é que os bispos e os papas vivem e mais não sei o quê, quanto muito podem, vá lá, fazer serviços sociais e ajudar os pobres, os que dormem em cartões, os restos do capitalismo e da sociedade global.

podem também ir para áfrica curar as chagas e limpar a diarreia dos pretos com sida, os tais pretos que são governados por seres gentis como o amigo mugabe e o presidente dos santos.

estou aqui a pensar, e se houver uma ou outra freira que queira ir lavar pratos para a sopa do sidónio, também serve.

o que a igreja não deve é ter uma fé. não deve acreditar na bíblia, não deve acreditar em jesus e mais as palhinhas e o céu estrelado, não deve acreditar em dogmas, não deve acreditar nessa coisa mais demodé que são os sacramentos. nisso não deve.

por isso, se houver partidos que falem em aborto ou que falem em casamento dos rabetas e das fufas que andam a roçar a peida pelos bancos do memorial, ai da igreja se disser nas homilias e naquelas jantaradas episcopais que se sente indignada com isso.

há-de chegar a altura - não deve faltar muito - em que apareça um partido que proíba o culto à senhora que apareceu na azinheira e até nessa situação, registe-se, ninguém pode dizer aos leigos para não votar nesse partido.

esclarecimentos nas homilias acerca sobre a bandeirinha do scolari nas janelas, muito bem. esclarecimentos sobre partidos que dizem que os paneleiros podem casar, meus amigos, isso já não.

ah e as causas. a igreja deve ser defensora das causas. das causas dos santinhos, das causas dos pobrezinhos, dos direitos dos pretinhos e dos jugoslavos, por aí fora.

não me admiro com essas pessoas. são a tralha do costume. o que me deixa banzado são as pessoas que metem na boca dos bispos as tangas que eles gostavam de ouvir, para poderem escrever posts, artigos e entrevistas na televisão. gostava de ler a tal parte em que os bispos dizem para não se votar no ps, mas isso já é outra questão.

pois é, a igreja é o ópio do povo. é uma maçada. eu bem deconfiava que a minha mãe me pôs na catequese para eu apanhar valentes pedradas. o que me lixa nesta coisa toda, é que a única pedrada em tantos anos que lá andei, foi apanhada por causa de uns ciganos fofinhos - tadinhos, eram todos tão queridos - que acharam fixe mandar uns calhaus para os meninos que estavam na fila para entrar na catequese. é que perderam o gozo em partir vidros das janelas das salinhas de aulas - só conseguiram partir um - e como os meninos se mexiam dum lado para o outro com medo, a coisa tinha bem mais gozo.

1 comentário:

Pedro Oliveira disse...

Gostei e subscrevo. Grande abraço.