quarta-feira, março 05, 2008

púlpito

dando uma vista de olhos por este blog é fácil encontrar, aqui e ali, menções a erros ortográficos que vou encontrando aí fora, pela blogosfera do nosso (des)contentamento. por outro lado também é certo que neste campo, os meus telhados não são bem de vidro, são de cristal. não posso, pois, berrar muito alto, convenhamos.

nem muito alto nem muito baixo. até porque grande parte dos meus erros são coisas de distracção
puras. sei lá, eu sei de cor e salteado e até de olhos fechados que o aparelho auditivo é o ouvido e não o houvido. sei também que quem não ouve não é bem a mesma coisa que o que não houve. ainda assim, enquanto escrevo, vou debitando estas palavras e nem dou conta que as estou a utilizar duma forma ridícula.

e a paciência para depois rever os textos é sempre nula.

por outro lado sei também que isto é um blog e por isso sei muito bem que é tudo menos um livro. se está mal, o pessoal muda e republica. é simples.

com pessoas que se dirigem, ao vivo, a público mais vasto, aí já sou menos intransigente. assim, passar uma manhã, a ouvir uma formadora - uma pessoa que tem obrigação, já que tem de comunicar, de ensinar, de transmitir coisas formais no dia a dia - dizer coisas como:
- há duas semanas atrás
- caractere
- a nível de
- é assim:
- desculpe lá
- ca'té me disseram....

nestes casos, meus amigos, já sou menos tolerante.

é culpa minha, bem sei, mas dá-me alguns pruridos, confesso.

ainda assim, o cúmulo sucede quando as pessoas confundem cristão com crestão. sim, porque uma coisa que me aborrece mesmo é ouvir alguém dizer: oh crestina, dá-me aí uma caneta, por favor.

Sem comentários: