- estás queimadinho!
- eh pá, fui ontem ao abano!
- ao guincho? porra! e o vento, pá?
- nada disso, calmíssimo. nem uma brisa.
quem conhece o guincho sabe que há dois dias (repito, dois dias) por ano em que o guincho não tem vento. é um mistério mas é verdade. o problema é que nunca sabemos quais serão esses dias. é a vida.
ontem:
- cuca, deixa lá a bela e o monstro. vem para a mesa jantar.
ela, 3 segundos depois, veio.
olho para a minha mulher, ela olha para mim, olhamos para a miúda e continuamos parvos.
ela senta-se, desata a comer sozinha, sem ajuda. brinca connosco, anuncia que não se deve levar as facas à boca
- é muito pigojzo, mãezita
fazemos tchim-tchim
- pai, segura no copo com as duas mãos, pa não cair, tá bem?
fazemos concursos de amor
- eu gosto do pai e da mãe.
- ah, eu gosto da mãe e da cuca
- ah, eu gosto do pai e da cuca.
- não, eu é que gosto do pai e da mãe.
depois diz frases estranhas como sejam:
- quero comer mais.
- tenho fome
voltamos a olhar um para o outro meio - qual meio qual carapuça, completamente - aparvalhados.
perguntamos-lhe se quer comer fruta. ela diz que sim.
não resistimos à sua sugestão de comer a fruta na sala a ver a bela.
voltamos a olhar um para o outro, ficamos contentes e depois ficamos tristes: como com o vento no guincho, também nós, este ano, vamos ter só mais outro dia assim: perfeito!
já só temos mais um crédito.
- eh pá, fui ontem ao abano!
- ao guincho? porra! e o vento, pá?
- nada disso, calmíssimo. nem uma brisa.
quem conhece o guincho sabe que há dois dias (repito, dois dias) por ano em que o guincho não tem vento. é um mistério mas é verdade. o problema é que nunca sabemos quais serão esses dias. é a vida.
ontem:
- cuca, deixa lá a bela e o monstro. vem para a mesa jantar.
ela, 3 segundos depois, veio.
olho para a minha mulher, ela olha para mim, olhamos para a miúda e continuamos parvos.
ela senta-se, desata a comer sozinha, sem ajuda. brinca connosco, anuncia que não se deve levar as facas à boca
- é muito pigojzo, mãezita
fazemos tchim-tchim
- pai, segura no copo com as duas mãos, pa não cair, tá bem?
fazemos concursos de amor
- eu gosto do pai e da mãe.
- ah, eu gosto da mãe e da cuca
- ah, eu gosto do pai e da cuca.
- não, eu é que gosto do pai e da mãe.
depois diz frases estranhas como sejam:
- quero comer mais.
- tenho fome
voltamos a olhar um para o outro meio - qual meio qual carapuça, completamente - aparvalhados.
perguntamos-lhe se quer comer fruta. ela diz que sim.
não resistimos à sua sugestão de comer a fruta na sala a ver a bela.
voltamos a olhar um para o outro, ficamos contentes e depois ficamos tristes: como com o vento no guincho, também nós, este ano, vamos ter só mais outro dia assim: perfeito!
já só temos mais um crédito.
3 comentários:
É da maneira que aproveitas ao máximo esses momentos e lhes dás valor, de outra forma nem darias por eles...seria mais uma noite.
As vezes temos o perfeito e não nos apercebemos
Sei o que é isso.
Na Praia das Maçãs há um dia em que a água não é gelíssima.
Cumpts.
lol.
lol.
lol.
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