quarta-feira, abril 11, 2007

ó dótorzinho, há azari?

assusta-me a polémica da licenciatura do zé sócrates.

não, eu estou-me realmente cagando se ele é engenheiro, se é doutor ou se é só o gajo que dá umas cambalhotas com a fernanda. o que francamente me preocupa é o hype que se gerou à volta disto.

por isso quero aqui confessar o seguinte:

- volta e meia recebo alguns telefonemas profissionais. muitas das pessoas que estão do outro lado do fio telefónico tratam-me por doutor. eu bem as tento convencer que não, que não tenho estudos para isso. outras pessoas insistem muito. demasiado até. e às tantas eu já não sei o que dizer.

- em tempos, num putyclub, uma senhora alternadeira - não não era a carolina, recordo-me que as mamas desta eram maiores - teve a feliz ideia de me roçar meia teta na minha fronte - assim, mesmo aqui ao lado da sobrancelha, estão a ver? - e disse: - ó doutor, não me quer pagar um champanhe?
não quis ser antipático. gaita, afinal custa-me ser arrogante ou bruto com pessoas que me roçam o marmelo na cabeça. na altura disse-lhe que não pagava nada - curiosamente estava com uma gripe descomunal. no entanto, não lhe cheguei a dizer que não era doutor. irei ter, por isso, a máfia do sampayo e do passerelle atrás de mim?

- no meu quinto ano da faculdade, certa noite, fomos todos para o havana. um dos meus colegas de turma foi ter com uma caloira que tinha umas pernas que pareciam chupa-chupas - dos bons, ok? - e disse-lhe que eu era professor de desenvolvimento urbano em meio rural, uma das nossa cadeiras do quarto ano. no meio de salsas e merengues, quer ele quer ela, passaram a noite a tratar-me por professor. ela, simpática,
talvez convencida que eu lhe daria um ânimo extra se a levasse à oral, pagou-me um copo. três dias depois, viu-me sair do bar com a minha reles tese de final de curso debaixo do braço. não me dirigiu mais a palavra. julgo que ficou esclarecida. no entanto, pergunto: será que ainda julga que sou mesmo professor doutor?

- um antigo professor da faculdade, um gajo 5 estrelas com quem partilhei umas desgarradas e uns fadunchos em alfama (há fotos do evento), encontrou-me uma vez numa palestra do arqº nuno portas que aconteceu na sede da caixa geral de depósitos. eu estava mijar, o cabrão veio por trás e espeta-me um pontapé na peida que me ia partindo o cóccix. eu viro-me e grito:
- foooooda-se!
ele ri-se e diz:
- seu doutor do caralho, é aí é que se mija?
apesar de eu estar a mijar no local certo - um urinol - as pessoas que também se encontravam na casa de banho olharam para mim com um ar desconfiado. terá sido porque sabiam que eu não era doutor?

por estas e por outras, meus amigos, eu quero aqui deixar exarado em acta o seguinte:
- eu não sou doutor. andei na faculdade, é certo. tive a pressão de meia turma que me queriam fazer, eles próprios, a tese final. mas não, nunca acabei o curso.
- também não sou
arquitecto e muito menos engenheiro (credo!).
- por isso, não. antes que haja por aí boatos que denigram a minha imagem de "não-doutor", meus amigos: doutor, não!

7 comentários:

S.A. disse...

D-E-M-A-I-S!
;P

Di Napoli disse...

O que é que o meu amigo quer dizer quando diz "... muito menos engenheiro (credo)"? :)

Karla disse...

Desculpa, ó Pitx, mas exarado em acta é tão lindo que até me arrancou ao silêncio :D

Anónimo disse...

ó anônimo do livro, vamos fazer um blog a obrigar este gajo a fazer mesmo um livro?

isto está demais. este gajo é o maior.

Papoila disse...

Concordo com a Karla (the hooters?), exaradado em acta é bonito, mas hype... não sei, tem qualquer coisa...
:)

Bic Laranja disse...

Com textos dete calibre e não és doutor? O que não és é licenciado. Cumpts.
:)

Anónimo disse...

Ahahahahahahah...
Isto tá demais...
Adorei aquela do teu antigo prof dar-te um pontapé na peida.
Eu ainda não consigo de parar de rir...

P.S.:
Vamos todos assinar uma petição para, obrigar o Pitx a publicar um livro.