sempre olhei de soslaio para as críticas ou até mesmo as notícias dos lançamentos de edições de dvd-audio ou mesmo de sacd. muito comentado foi, por exemplo, a criação do dark side of the moon em dvd-audio.
eu tenho alguma dificuldade em distinguir a qualidade sonora quando a coisa atinge um certo nível. dizem-me que não, que as coisas se aprendem a ouvir. que se consegue educar o ouvido a distinguir um címbalo, um efeito sonoro, coisas dessas. já estive perante sistemas sonoros de milhares de contos (eu disse contos e não euros) e aquilo soa-me quase ao mesmo que um mp3 de 320 kbs. eu disse quase, ok? (não me batam, por favor)
já a passagem dum sistema de duas vias para um de seis é outra louça. uma coisa é dizermos: eh pá, aquilo até se sente a bateria a ir da coluna da esquerda para a da direita. outra é estarmos a ver um filme e sentirmos a chuva a cair, ali atrás, mesmo junto à nossa orelha. ou quem diz chuva, diz o estardalhaço que as batalhas do senhor dos anéis fazem quando vemos aquilo com um sistema av fixola.
adiante. bom, a verdade é que dei por mim a ouvir, não muitas vezes, confesso, mas sei lá, umas duas a três vezes por dia, este disco aqui.
e quando procurei, despretensiosamente, mais informações sobre esse disco, descobri que existe uma edição dvd-audio 5.1. reparem, a coisa foi, segundo dizem, magnificamente editada, de forma a tentarem recriar o que aconteceu naquelas sessões de estúdio, lá com a elis, o tom, o césar e mais o resto do maralhal que para lá foi.
não resisti e encomendei a coisa. um mês depois, lá me chegou a casa. aproveitei a distracção da minha filha,
futuros pais (só no masculino. pronto, principalmente no masculino) se julgais que vão conseguir aproveitar a vossa aparelhagem av e os vossos dvd's para curtir aqueles filmes da mesma forma que o faziam (ou fazem) até aqui, esqueçam. isso acabou. ou compram uma casa à parte para poderem matar esse vício de curtir um surroundzinho ou pedem à vossa mulher para ir dar uma volta com a criança (caso ela não tenha ainda marado completamente o aparelho de dvd) para se deleitarem por duas horas a rever a cavalgada das valquírias enquanto o coronel kilgore tenta fazer surf.
posicionei um maplezeco mesmo entre as bowers-wilkins, espacei as jamo lá de trás à mesma distância, fui buscar o resto do tinto do douro (claro!) que restou do jantar e fiquei ali sentado a apreciar a coisa.
que maravilha:
- a elis (adoro como os brasileiros dizem elis, com acento da sílaba final) mesmo à minha frente;
- o piano, o baixo a bateria e a guitarra lá atrás dela e, depois,
- os pífaros (ora não tem mais piada dizer pífaro que flauta?) e os violinos lá atrás de nós.
são umas atrás das outras. até sentimos o respirar dela, os seus lamentos, os seus gestos, os seus sorrisos. o delicioso diálogo que antecede o inútil paisagem....
repito, que maravilha. e depois não é só isso, é mesmo a qualidade de som que aquilo traz. cum caneco. aquilo é supremo.
o disco é perfeito. as músicas são pequeninas, não cansam. tudo ali na casa dos três minutos. muitas nem chegam a isso. repito, é uma experiência do catano.
não percam. quem nunca viu a mulher ao vivo, acreditem, aquilo é o mais próximo que conseguirão.
eu tenho alguma dificuldade em distinguir a qualidade sonora quando a coisa atinge um certo nível. dizem-me que não, que as coisas se aprendem a ouvir. que se consegue educar o ouvido a distinguir um címbalo, um efeito sonoro, coisas dessas. já estive perante sistemas sonoros de milhares de contos (eu disse contos e não euros) e aquilo soa-me quase ao mesmo que um mp3 de 320 kbs. eu disse quase, ok? (não me batam, por favor)
já a passagem dum sistema de duas vias para um de seis é outra louça. uma coisa é dizermos: eh pá, aquilo até se sente a bateria a ir da coluna da esquerda para a da direita. outra é estarmos a ver um filme e sentirmos a chuva a cair, ali atrás, mesmo junto à nossa orelha. ou quem diz chuva, diz o estardalhaço que as batalhas do senhor dos anéis fazem quando vemos aquilo com um sistema av fixola.
adiante. bom, a verdade é que dei por mim a ouvir, não muitas vezes, confesso, mas sei lá, umas duas a três vezes por dia, este disco aqui.
e quando procurei, despretensiosamente, mais informações sobre esse disco, descobri que existe uma edição dvd-audio 5.1. reparem, a coisa foi, segundo dizem, magnificamente editada, de forma a tentarem recriar o que aconteceu naquelas sessões de estúdio, lá com a elis, o tom, o césar e mais o resto do maralhal que para lá foi.
não resisti e encomendei a coisa. um mês depois, lá me chegou a casa. aproveitei a distracção da minha filha,
futuros pais (só no masculino. pronto, principalmente no masculino) se julgais que vão conseguir aproveitar a vossa aparelhagem av e os vossos dvd's para curtir aqueles filmes da mesma forma que o faziam (ou fazem) até aqui, esqueçam. isso acabou. ou compram uma casa à parte para poderem matar esse vício de curtir um surroundzinho ou pedem à vossa mulher para ir dar uma volta com a criança (caso ela não tenha ainda marado completamente o aparelho de dvd) para se deleitarem por duas horas a rever a cavalgada das valquírias enquanto o coronel kilgore tenta fazer surf.
posicionei um maplezeco mesmo entre as bowers-wilkins, espacei as jamo lá de trás à mesma distância, fui buscar o resto do tinto do douro (claro!) que restou do jantar e fiquei ali sentado a apreciar a coisa.
que maravilha:
- a elis (adoro como os brasileiros dizem elis, com acento da sílaba final) mesmo à minha frente;
- o piano, o baixo a bateria e a guitarra lá atrás dela e, depois,
- os pífaros (ora não tem mais piada dizer pífaro que flauta?) e os violinos lá atrás de nós.
são umas atrás das outras. até sentimos o respirar dela, os seus lamentos, os seus gestos, os seus sorrisos. o delicioso diálogo que antecede o inútil paisagem....
repito, que maravilha. e depois não é só isso, é mesmo a qualidade de som que aquilo traz. cum caneco. aquilo é supremo.
o disco é perfeito. as músicas são pequeninas, não cansam. tudo ali na casa dos três minutos. muitas nem chegam a isso. repito, é uma experiência do catano.
não percam. quem nunca viu a mulher ao vivo, acreditem, aquilo é o mais próximo que conseguirão.
1 comentário:
Acredito que sim...
Mas pá, já perdi o interesse de investir nessas engenhocas AV de 5.1, epah já tá ultrapassado, agora tá na moda 7.1...
Depois escolho o quê? Dolby Digital? EX? DTS? E porque não uma certificação THX?
Bahhh, vai longe os tempos que tive Dolby Surround Pro Logic, que esteve na moda vai para mais de 10/15 anos sem sucessor dessa tecnologia, ligado a um VHS HiFi Stereo...
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