terça-feira, janeiro 15, 2008

ó- ró-ra

não sou o que seria hoje, se não tivesse crescido, frequentando uns valentes bailes de carnaval no vitória clube de lisboa:

cá em baixo: pares dançantes (com nobre destaque para o os pais do fanã. não desfazendo o antónio pires que deus tem e a mais a sua ana maria), chapéus de plástico "à lá campanha do freitas em 86", suor, confetis, cornetas e serpentinas.

lá em cima: meirim a chefiar a grelha dos chocos, o cô debruçado na janela da secretaria e pessoal nos morfes espalhados pelas mesas.

no palco: conjunto musical e o nuno pires a espreitar pela entrada lateral.

por isso, todas estas razões e porque o carnaval está aí a romper, vi-me na necessidade de ensinar umas quantas coisas à minha filha: esta semana comecei com esta.



a coisa sai mais um: "si fi si si-será, ô ô ô ô, ó ró ra" mas o que conta é a intenção. estás no bom caminho, minha filha.

3 comentários:

tcl disse...

e esta e esta?

"não posso ficar, não posso ficar, nem mais um minuto com você,
moro em Ja????guá?
se eu perder esse trem, se eu perder esse trem,que sai agora às 11 horas, só amanhã de manhã...
e além disso mulher, tem outras coisas, minha mãe não dorme enquanto eu não chegaaaaar
Sooooou filho único, tenho a minha casa pra cuidar, não posso ficar, não posso ficar"

e esta?

"morena de angola que traz o chocalho amarrado na canela
será que ela mexe o chocalho ou o chocalho é que mexe com ela..."

e esta?

"carolina, unts unts unts
carolina, unts unts unts"

e ainda:

"Pois é, falaram tanto
que desta vez a morena foi embora
Disseram que ela era maioral
E eu é que não soube aproveitar
ai ai ai
endeusaram a morena tanto tanto
Que ela resolveu me abandonar"

isso é que eram carnavais... que saudade!

Gonçalves disse...

Saudades, grandes, imensas desses carnavais. Então e o medley do el chato? E os pregos no pão a sentir o sal grosso a arrepiar as bochechas? E o cheiro dos petiscos? E o bacalhau assado e os chocos com tinta ás duas da manhã? E os gajos a contemplar as gajas a dançar?
Já não voltam estes tempos, pois não?

ccunha disse...

Pelo menos com a intensidade com que eram vividos na altura, não!
Já não voltam!
Mas é pena...