quinta-feira, janeiro 25, 2007

bonequinhos dos testes dos automóveis



há 15 anos, mais coisa menos coisa, ficaram famosos uns périplos feitos na companhia deste malandro, ali para os lados da foz do arelho.

a coisa começava invariavelmente no sítio da várzea, continuava pelo solar da paz e terminava (pelo menos até aí às 6) na green hill (cagando um bocado para a geografia, era juntamente com a seagull e a horta do cartaxo a melhor discoteca de lisboa).

ora, sucede que por 4 vezes consecutivas (atenção, eu disse quatro), assim que eu entrava na discoteca, na pista de baixo, estava a dar o mmm mmm mmm mmm. e eu não sei se era das pessoas que frequentavam essa pista, não sei se era das roupas que normalmente traziam, não sei se era do cheiro que exalavam, não sei era da forma como essa malta dançava com aqueles movimentos tipo rancho folclórico de portel, assim, dum lado para o outro, a verdade é que fiquei com um pó ao raio da música dos crash test dummies. aliás, eu acho que dessa pista, só guardo gratas recordações duma miúda, entre nós conhecida pela "ana backside", já que tinha o chamado rabinho de cebola (para os mais distraídos, é aquele tipo de rabo de ir às lágrimas), era de caras (e de cu) a melhor peida que as caldas da rainha viu nascer.

só um parentesis para referir esta minha amiga que pode não ter nascido nas caldas, mas "a níbel de cu" (e de pernas, e de pernas...) rivalizava com quem quer que fosse.


adiante.


foi só dois ou três anos mais tarde que uma colega da faculdade me chamou à razão e me disse: ó palhaço, deixa-te de merdas e ouve lá com atenção e sem paneleirices o disco dos rapazes.

e assim fiz.

e realmente passei a ver aquele disco, o god shuffled his feet, duma forma completamente diferente. eu não sei se é um disco bom, não sei se a banda é boa e não sei nada dessas coisas. eu sei é que é um disco bestial, pronto.

está pois, naquela categoria do "iá, bacano, ouve-se!"


nestes últimos dias tem andado no meu carro e eu confesso, tenho andado a curtir a coisa e tenho me lembrado de muitas das coisas que aconteceram nesses outros tempos.

When you go on camping trips you're stuck right out in nature
Foraging the forests like a primate
Using sharpened tools instead of hotplates

Your thumb and forefinger supposed to show you're not a wild beast
You can hear their noises at night time
They don't have to keep a certain bedtime

See in the shapes of my body
Leftover parts from apes and monkeys

Sometimes when I lie awake I hear the rainfall on my tent fly
I think of all the insects that are sleeping
And wonder if the animals are dreaming

See in the shapes of my body
Leftover parts from apes and monkeys

In the days of the caveman and mammoths and glaciers
Bugs and trees were your food then; no pyjamas or doctors

And when I finally get to sleep, I dream in technicolor
I see creatures come back from the Ice Age
Alive and being fed inside a zoo cage

1 comentário:

Anónimo disse...

Este disco tocou vezes sem conta no meu civic, baptizou o início do namoro com minha senhora, hoje quando o ponho até chorem os paralelipipidos da calçada, mas tenhho a dizer que ainda não me passava pela mona vir viver para as caldas