no meu tempo de discotecas (que ainda não terminou, atenção) havia duas ou três músicas que ninguém, mas rigorosamente ninguém, sabia a letra mas que toda a gente cantava:
- estou-me a lembrar dos primeiros versos do give it away dos chili peppers que sempre foram cantados como:
uótáigát iugátu givi tu ió mama
uótáigát iugátu givi tu ió papa
uótáigát iugátu givi tu ió e era nesta parte que o pessoal já não ia ao daughter. daqui para a frente já era mama e papa e qualquer coisa parecida com róter.
mais à frente, no refrão, era tudo corrido a
givrauei, givrauei, givrauei náu
givrauei, givrauei, givrauei náu
givrauei, givrauei, givrauei náu
etc.
- uma cena que acontecia muito no velhinho e mítico bba (talvez a melhor disco de lisboa pré-docas e pré santos) era com o thunderstruck. a coisa era mais ou menos:
a-a ia a-iaá
sandra!
a-a ia a-iaá
sandra!
a-a ia a-iaá
sandra!
por aí fora. uma coisa que eu nunca lá ouvi cantar foi thunder. nunca mesmo.
- outra coisa que eu até acho pior é o midlife crisis dos faith no more (dava muito no rockline). digo que é pior porque ninguém, mas mesmo ninguém canta rigorosamente parte alguma da letra. a única coisa que se ouvia (valha-nos o título) era mesmo midlife crisis.
- deixo para o fim a minha favorita. um dia destes quando estiver a dar o enter sandman (no plateau ainda dá) ouçam com atenção o último verso do refrão. se encontrarem alguém a dizer o off to never never land, paguem-lhe uma bebida. esse(a) é do(a)s bons(as).
- ia terminar com o enter sandman mas lembrei-me de mais outra, o la grange. é fantástico tentar perceber o que as pessoas (eu, obviamente incluído. aliás eu sou membro honorário deste grupo de malta aqui retratado. ouçam-me a cantar, sei lá, o jump, ao vivo e a cores no refúgio das freiras - quem esteve viu, quem não esteve estivesse - isto já para não falar da meici grei, não é?) dizem até ao senhor dizer, have mercy. é lindo.
lembrei-me destas coisas porque neste fim-de-semana a minha filha foi sair com a mãe e ouviu a música do shareque. a mãe, excitada, contou-me a história sem, contudo, identificar a música em questão. lá tive eu que ter uma conversa com a minha piquena:
- cuca, canta lá ao pai a música que ouviste, com a mãe, hoje de manhã.
- ti ti ti ti-ti, ti ti ti-ti-ti.... sopr'ó pai, sopr'ó pai, sopr'ó pai sóóóóprópai.
- sopr'ó pai?
- xim, pái. é a música do só-pró-pai.
- canta lá outra vez, filha.
- ti ti ti ti-ti, ti ti ti-ti-ti.... sopr'ó pai, sopr'ó pai, sopr'ó pai sóóóóprópai.
descobri logo na hora. é esta aqui. não é bem sopr'ó pai mas é mais talk about it.
maravilha!
- estou-me a lembrar dos primeiros versos do give it away dos chili peppers que sempre foram cantados como:
uótáigát iugátu givi tu ió mama
uótáigát iugátu givi tu ió papa
uótáigát iugátu givi tu ió e era nesta parte que o pessoal já não ia ao daughter. daqui para a frente já era mama e papa e qualquer coisa parecida com róter.
mais à frente, no refrão, era tudo corrido a
givrauei, givrauei, givrauei náu
givrauei, givrauei, givrauei náu
givrauei, givrauei, givrauei náu
etc.
- uma cena que acontecia muito no velhinho e mítico bba (talvez a melhor disco de lisboa pré-docas e pré santos) era com o thunderstruck. a coisa era mais ou menos:
a-a ia a-iaá
sandra!
a-a ia a-iaá
sandra!
a-a ia a-iaá
sandra!
por aí fora. uma coisa que eu nunca lá ouvi cantar foi thunder. nunca mesmo.
- outra coisa que eu até acho pior é o midlife crisis dos faith no more (dava muito no rockline). digo que é pior porque ninguém, mas mesmo ninguém canta rigorosamente parte alguma da letra. a única coisa que se ouvia (valha-nos o título) era mesmo midlife crisis.
- deixo para o fim a minha favorita. um dia destes quando estiver a dar o enter sandman (no plateau ainda dá) ouçam com atenção o último verso do refrão. se encontrarem alguém a dizer o off to never never land, paguem-lhe uma bebida. esse(a) é do(a)s bons(as).
- ia terminar com o enter sandman mas lembrei-me de mais outra, o la grange. é fantástico tentar perceber o que as pessoas (eu, obviamente incluído. aliás eu sou membro honorário deste grupo de malta aqui retratado. ouçam-me a cantar, sei lá, o jump, ao vivo e a cores no refúgio das freiras - quem esteve viu, quem não esteve estivesse - isto já para não falar da meici grei, não é?) dizem até ao senhor dizer, have mercy. é lindo.
lembrei-me destas coisas porque neste fim-de-semana a minha filha foi sair com a mãe e ouviu a música do shareque. a mãe, excitada, contou-me a história sem, contudo, identificar a música em questão. lá tive eu que ter uma conversa com a minha piquena:
- cuca, canta lá ao pai a música que ouviste, com a mãe, hoje de manhã.
- ti ti ti ti-ti, ti ti ti-ti-ti.... sopr'ó pai, sopr'ó pai, sopr'ó pai sóóóóprópai.
- sopr'ó pai?
- xim, pái. é a música do só-pró-pai.
- canta lá outra vez, filha.
- ti ti ti ti-ti, ti ti ti-ti-ti.... sopr'ó pai, sopr'ó pai, sopr'ó pai sóóóóprópai.
descobri logo na hora. é esta aqui. não é bem sopr'ó pai mas é mais talk about it.
maravilha!
6 comentários:
Bom, sendo assim, se algum dia me encontrarem por aí podem então pagar o tal copo que eu canto sempre o “off to never never land”
Hummmmm... pode ser um vodka limão!
ahahahahahahahah
Quase que me matavas a rir com isto ;-P
tá giro, sim senhor!
O meu filho canta sempre "gibreuei, gibruei, gibruei nau" - ok, tem 5 anos. :)
Fantástico! É que é mesmo assim.
Quando o meu pai era novo sussurrava aos ouvidos das miudas nos bailes "oh baby baby é só Água", em vez de "oh baby baby it´s a wild world"
faith no more era comigo, por isso sabia a letrinha toda.
e o off to never never land também porque tinha as letras.
hoje em dia, assim que não consigo entender uma letrinha.... googlo. ah pois é.
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