quando era mais jove, assim, mais imberbe, tinha uns hábitos de leitura que me deixaram muitas saudades. não sei se era a altura certa para ler este ou aquele livro, mas sei que aqueles livros, naquela altura faziam muito sentido.
ler, aos 16, 17 ou 18 anos o papalagui, as coisas do richard bach ou até o princepezinho (graças a deus o alberoni entrou-me por um olho e saiu pelo outro. e as miúdas ainda não tinham trocado os autocolantes do snupi pelo paulo coelho) dá-nos um clique diferente à vida. pelo menos comigo, sinto que os li na altura em que os deveria ter lido.
havia entretanto um departamento, uma diocese livreira que me deixava ainda mais anirvanado, falo das coisas do mishima. eu gostava muito do mishima porque além de considerar as histórias muito, muito calminhas, cheias de qualquer coisa assim, meio misteriosas (não estou a conseguir transmitir o que é que aquelas histórias me faziam sentir, mas para mim eram muito belas, pronto!), eram passadas num ambiente rural japonês que naquela altura me faziam sentido.
além destas coisas, o que eu amava no mishima eram as descrições dos crepúsculos. ahhh, eu adora os crepúsculos do mishima, aqueles romperes de aurora, aquelas pores do sol, era todo muito bom. peguei noutro dia num desses livros lá em casa e reparei que tenho todos os crepúsculos que surgem descritos, sublinhados a lápis. seguramente com uma lapiseira caran d'ache preta que me acompanhava para todo o lado.
esta foto foi tirada num dia, numa altura do dia digamos, mishimal. não fui eu que a tirei e só soube que tinha sido tirada quando a vi. está lá tudo: a areia, o vento, o mar, as ondas, o barco dos pescadores e claro, o crepúsculo. para mim, esta foto ilustra, sem tirar nem pôr, o ambiente de o tumulto das ondas.
saudade.
ler, aos 16, 17 ou 18 anos o papalagui, as coisas do richard bach ou até o princepezinho (graças a deus o alberoni entrou-me por um olho e saiu pelo outro. e as miúdas ainda não tinham trocado os autocolantes do snupi pelo paulo coelho) dá-nos um clique diferente à vida. pelo menos comigo, sinto que os li na altura em que os deveria ter lido.
havia entretanto um departamento, uma diocese livreira que me deixava ainda mais anirvanado, falo das coisas do mishima. eu gostava muito do mishima porque além de considerar as histórias muito, muito calminhas, cheias de qualquer coisa assim, meio misteriosas (não estou a conseguir transmitir o que é que aquelas histórias me faziam sentir, mas para mim eram muito belas, pronto!), eram passadas num ambiente rural japonês que naquela altura me faziam sentido.
além destas coisas, o que eu amava no mishima eram as descrições dos crepúsculos. ahhh, eu adora os crepúsculos do mishima, aqueles romperes de aurora, aquelas pores do sol, era todo muito bom. peguei noutro dia num desses livros lá em casa e reparei que tenho todos os crepúsculos que surgem descritos, sublinhados a lápis. seguramente com uma lapiseira caran d'ache preta que me acompanhava para todo o lado.
esta foto foi tirada num dia, numa altura do dia digamos, mishimal. não fui eu que a tirei e só soube que tinha sido tirada quando a vi. está lá tudo: a areia, o vento, o mar, as ondas, o barco dos pescadores e claro, o crepúsculo. para mim, esta foto ilustra, sem tirar nem pôr, o ambiente de o tumulto das ondas.
saudade.
2 comentários:
Belíssima foto, Pitx e vivam os crepúsculos, sobretudo os de Verão, tão longos...
De Mishima li o marinheiro que perdeu as graças do mar, também pelo fim da adolescência. tão bonito, tão bonito.
É impressão minha ou esta é aquela praia linda que a gente sabe?? É não é? Só pode ser...que saudades...linda foto...
Beijos. Inês
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