segunda-feira, junho 16, 2008

não saber viver com nem sem eles

quando lá em casa ficamos sem filha - muito raro, muito raro... - e vamos, feito adolescentes clearasilados, para os restaurantes e chópingues desta vida, temos aquela sensação habitual nos pais que é: caramba, está para aqui um sossego e um silêncio sepulcral, verdadeiramente inusitados, não está?

há dias, a sensação foi diferente: apesar de a termos deixado na avó - cada vez mais difícil, cada vez mais difícil -, sentíamos que ela ainda estava por ali de volta das montras ou do urso da natura. era realmente algo estranho.

a coisa encontra algo similar nos momentos em que arrancamos um dente mas ainda o sentimos lá na boca por causa da anestesia ou naquelas histórias dos manetas que dizem sentir comichão na mão decepada.