quando o coverdale fez o disco com o jimmy page, naquelas entrevistas de lançamento do álbum, foi-lhes perguntado se havia algum cantor ou grupo contemporâneo - isto foi em 1993 - que eles admirassem. disseram que sim, falaram de imediato nos guns n roses e, principalmente no slash. quando depois lhes perguntaram que diferenças encontrava nesta nova geração relativamente aos tempos em que eles dominavam o hard-rock, responderam, sem grande meditação, que no seu tempo eles eram mais profissionais. que era para eles, e para a sua geração, inconcebível apresentarem-se em palco com vários minutos de atraso, bêbados e em franco sinal de demência. em resumo: o puto esfolava-se por comprar um bilhete para um concerto, o cantor tinha de se esforçar por garantir que ele o público não se desiludia.
foi precisamente isso que eu pensei quando estava lá no rir a ver os bon jovi. que coisinha mais bem feita, mais bem tocado, com mais profissionalismo. eu fui incapaz de comprar um disco sequer dos bon jovi. nunca saquei, para uso próprio, à borla ou a pagar, nenhum disco deles. não sei músicas de cor, nada, nicles. mas quando dá uma coisa deles, gosto, salto ouço e não mudo de estação.
quando lá em casa mostraram intenção de ir eu fui atrás. sem qualquer grau de contrariedade. na boa portanto.
aquecido pelas cervejas e pelo set list fixola que a alanis apresentou - que surpresa, pá! - os bon jovi chegaram e arrasaram completamente.
têm a sabedoria dos velhos, são vinte e cinco anos ali a virar frangos. já não apresentaram tiques de vedeta os sinais de deslumbramento com vocalistas presos em arames ou cabeleiras granjolas (agora estão na fase «pareço uma lésbica/travesti, não pareço?). aquilo é sempre a rasgar, sem paragens, sem deixar o pessoal parar. entremeiam bracinhos no ar com músicas de «deixa-me ligar à vanda catarina, para ela ouvir este slou e ver se ela ainda se lembra do dia em que curtiu com o cajó na escada da dona ermelinda». mas sempre, sempre a rasgar.
um mimo. e o som? que maravilha. já sem alguns solos que me adormeciam a molécula. aliás reconheci ali, alguns tiques - bons tiques, atenção - da fase springsteen, ali de 78/80, coisa que não é de estranhar já que os moços são da mesma terra. ou talvez não, pronto.
mas pronto, há quem critique mas eu não sou um desses: prefiro vê-lo de camisola da selecção vestida a tocar uma baladona, do que ver o jagger em palco a olhar para o teleponto e a tentar dizer «vosséis sáu um público fantásticó» num português que não lembra ao diabo. que merda o gajo até tem um filho brasileiro, porra. bom adiante.
gostei, pronto. gostei mesmo. e se houver mais, repito.
foi precisamente isso que eu pensei quando estava lá no rir a ver os bon jovi. que coisinha mais bem feita, mais bem tocado, com mais profissionalismo. eu fui incapaz de comprar um disco sequer dos bon jovi. nunca saquei, para uso próprio, à borla ou a pagar, nenhum disco deles. não sei músicas de cor, nada, nicles. mas quando dá uma coisa deles, gosto, salto ouço e não mudo de estação.
quando lá em casa mostraram intenção de ir eu fui atrás. sem qualquer grau de contrariedade. na boa portanto.
aquecido pelas cervejas e pelo set list fixola que a alanis apresentou - que surpresa, pá! - os bon jovi chegaram e arrasaram completamente.
têm a sabedoria dos velhos, são vinte e cinco anos ali a virar frangos. já não apresentaram tiques de vedeta os sinais de deslumbramento com vocalistas presos em arames ou cabeleiras granjolas (agora estão na fase «pareço uma lésbica/travesti, não pareço?). aquilo é sempre a rasgar, sem paragens, sem deixar o pessoal parar. entremeiam bracinhos no ar com músicas de «deixa-me ligar à vanda catarina, para ela ouvir este slou e ver se ela ainda se lembra do dia em que curtiu com o cajó na escada da dona ermelinda». mas sempre, sempre a rasgar.
um mimo. e o som? que maravilha. já sem alguns solos que me adormeciam a molécula. aliás reconheci ali, alguns tiques - bons tiques, atenção - da fase springsteen, ali de 78/80, coisa que não é de estranhar já que os moços são da mesma terra. ou talvez não, pronto.
mas pronto, há quem critique mas eu não sou um desses: prefiro vê-lo de camisola da selecção vestida a tocar uma baladona, do que ver o jagger em palco a olhar para o teleponto e a tentar dizer «vosséis sáu um público fantásticó» num português que não lembra ao diabo. que merda o gajo até tem um filho brasileiro, porra. bom adiante.
gostei, pronto. gostei mesmo. e se houver mais, repito.
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