existia um filho e um pai. um pai que era assim uma espécie de excremento farsola. do mais farsola possível. daqueles que nem para estrume servem. e esse pai não gostava desse filho. e esse pai, por isso, nem sequer falava com esse filho. e o filho nem era daqueles que tinha dado muito trabalho ao pai com cenas de drogas e roubos e afins. simplesmente o pai não gostava dele, mas gostava de apregoar esse ódio.
e esse filho que existia deixou de existir porque morreu. e o senhor da polícia que telefonou lá para casa a avisar o pai, recebeu como diálogo a seguinte frase:
- olhe que se é para me falar do meu filho, é bom que seja para me dizer que morreu porque já não posso mais com ele e com a vida dele.
- ...pois... infelizmente... como é que eu hei-de dizer isto... infelizmente é mesmo sobre isso... é que o seu filho morreu mesmo.
- olhe, é de maneira que já não me chateia mais. está melhor agora, é o que é.
e o pessoal por vezes tem problemas de consciência e nem consegue relativizar muito esta coisa do exercício da maternidade e tal e, tragicamente, é com história destas que vemos que afinal há coisas bem piores do que a nossa filha que é uma besta (e é mesmo) porque faz sempre birra para comer de manhã.
p.s.: a coisa ganha contornos de loucura e estupidez quando se chega ao ponto do dito pai, ao se ver na eminência da partida do funeral do filho, de lisboa para uma terra da província, ter pedido ao senhor da funerária para lhe levar o frigorífico na carreta "porque lhe dava jeito ter uma coisa daquelas na terra."
e esse filho que existia deixou de existir porque morreu. e o senhor da polícia que telefonou lá para casa a avisar o pai, recebeu como diálogo a seguinte frase:
- olhe que se é para me falar do meu filho, é bom que seja para me dizer que morreu porque já não posso mais com ele e com a vida dele.
- ...pois... infelizmente... como é que eu hei-de dizer isto... infelizmente é mesmo sobre isso... é que o seu filho morreu mesmo.
- olhe, é de maneira que já não me chateia mais. está melhor agora, é o que é.
e o pessoal por vezes tem problemas de consciência e nem consegue relativizar muito esta coisa do exercício da maternidade e tal e, tragicamente, é com história destas que vemos que afinal há coisas bem piores do que a nossa filha que é uma besta (e é mesmo) porque faz sempre birra para comer de manhã.
p.s.: a coisa ganha contornos de loucura e estupidez quando se chega ao ponto do dito pai, ao se ver na eminência da partida do funeral do filho, de lisboa para uma terra da província, ter pedido ao senhor da funerária para lhe levar o frigorífico na carreta "porque lhe dava jeito ter uma coisa daquelas na terra."
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