quinta-feira, setembro 09, 2010

p'ruque sim, ora!

ali ao lado da minha sanita, há um molho de revistas (de cultura, foda-se!) que jaz num daqueles chiques cestos devidamente identificados para acolher aquele tipo de material.

juntamente com aquela literatura mais corriqueira - não deixando de ser de cultura. quem já lá cagou sabe que eu não estou a mentir - esteve durante uns valentes dias um daqueles livros sobre dúvidas de português.

(dizem que ajuda nas prisões de ventre)

ao longo de todos os referidos dias, consultei bidiariamente a secção do porque/por que e cheguei à conclusão que a partir de hoje, nove do nove, deixarei de me ralar com aplicação correcta da regra que destingue cada uma destas expressões.

assim, quero deixar aqui exarado em acta que em vez de escolher o "porque" ou o "por que", passarei a usar o que me der na bolha, sabendo de ante-mão que terei 50% de hipóteses de acertar na resposta correcta.

anda tanta, tanta gente a discutir o acordo ortográfico e não há ninguém que dê um soco numa mesa e diga «passa a porque (ou a por que) em todas as ocasiões»!


mais, desafio quem quer que seja que me apresente provas que sabe esta merda desta regra na ponta da língua. ou seja, que acerte em 15 de entre 15 frases.

2 comentários:

Teresa disse...

A regra geral é simples e não tem nada que enganar: se mentalmente o teu "porque" for "a razão pela qual", é porque é "por que".
(agora apeteceu-me brincar com as palavras, pronto)

Mesmo a regra de que é "porque" numa interrogativa não é muito segura, é tudo uma questão de bom senso.

Cristina disse...

a regra tu já sabes. Eu também. O problema é que (tal como em muitas outras áreas...) há "expertos" a mais. Que sabem muito... Tanto, que se esquecem de ouvir a língua...