quinta-feira, março 12, 2009

uma espécie de mafaldinha com laivos de susanita e mais as suas manias com os bebés


(eu podia também pôr como título: ela e a mania de agora engravidar, parir - pare aí umas 4 vezes por dia e, dessas, seguramente metade são gémeos - amamentar, bater nas costinhas para arrotarem, banho, roupa para dormir, roupa para sair, fraldas...)


ela praticamente saiu avisando
logo de manhã:

- a ti cariño vai-me telefonar hoje a dar os parabéns?
- ó filha, eu acho que sim. ela costuma telefonar, não é?
- é.

avisei a dita cuja, durante o dia, para não se esquecer que a catraia aguardava o tal telefonema. sugeri que ligasse durante o jantar. assim sucedeu.

- olha, filha, é a ti cariño. - disse a mãe
- dá cá, dá cá. (pausa) está? eu hoje faço anos.
- ....
- a tua martucha, está melhor?
(tinha estado adoentada)
- ...
- eu vou sair da mesa para falar melhor contigo.

hoje, inquiro a tal ti cariño.
- do que falaste com a minha filha?
- coisas de mulheres.
- mau!
- sério. ela às tantas perguntou:

- queres bolo? vou-te guardar uma fatia de bolo que está delicioso.
- boa ideia.
- olha lá uma coisa. tu quando tinhas a martucha dentro da tua barriga comias bolos?
- não. não podia abusar porque depois começava a engordar muito e a deixar de ficar elegante.
- bem me parecia. (pausa) sabes, eu também não como bolos por causa disso. para não engordar na gravidez.
- isso

continuo a achar o "bem me parecia" um must.

1 comentário:

Sara disse...

Acho fascinante como tornas uma história aparentemente banal em algo que nos faz pensar.Ou,no minimo, envolves os teus leitores de uma maneira que não deixam de ler até ao fim. Bem me parecia que tens jeito para isto..!