sexta-feira, março 20, 2009

jungleland

muitas vezes, damos (dou) como certas certas e determinadas músicas como sendo, vá lá, as melhores (não necessariamente as nossas favoritas, atenção!) deste ou daquele disco.

vejam comigo, se o big mouth é a melhor canção do queen is dead, afirmação que merece todas as dúvidas, ninguém também leva a mal que se diga que o there is a light... seja, no fim de contas e passados mais de vinte anos, a que afinal é que é a tal.

(ou talvez não)

sem querer, sem saber porquê, passo olhos e ouvidos por este vídeo. é do born to run. ora enquanto eu for vivo, ninguém à minha frente manterá todos os seus dedos intactos se afirmar que o born to run é melhor que o thunder road. mais, pouca gente merecerá a minha franca compreensão se não me disser, no mínimo «ó meu menino, o thunder road é a melhor canção do século, não é?».

mas estava aqui a ouví-la, aquela introdução do roy bittan, aquele verso após o início « barefoot girl sitting on the hood of a dodge drinking warm beer in the soft summer rain...», aquele outro «late, last, night» dito duma forma pausada, sílaba a sílaba, a corneta do preto lá para o meio e para o fim...

e este tom épico assim a modes como o the outsiders ou o rumble fish - mais o outsiders que o rumble fish - com aquelas coisas da porrada, das perseguições, dos midnight gangs que se encontra sob o giant exxon sign...

mas e o piano... o piano lá para o fim. a voz dele, as palavras ditadas como se estivessem a fazer força para as teclas baterem nas cordas...

caraças, e se eu pensar nesta música duma forma isolada e não a ver como uma entre outras deste born to run. e se eu pensar esta música, assim, como se fosse a única do sprigsteen?

e se afinal...

afinal, concluo que sou capaz de a considerar a melhor música de sempre desta semana do born to run.

afinal...

é tão gira!



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