ali por volta de 1985 houve alguém do nosso grupo que comprou o the complete mike oldfield. era uma coisa em grande, com anúncios na telefonia, se calhar com a voz do jaime fernandes e, recordo-me até, havia direito a reclamo na tv.
não éramos nem de perto nem de longe, fãs do mike oldfield
aqui nesta parte, se isto fosse um blog de jeito, em vez de mike oldfield teria escrito «fãs do virtuoso guitarrista»
mas o moonlight shadow veio abrir um pouco alguns horizontes.
é claro que o tubullar bells é daquelas que parece que sempre estiveram lá. dá ideia que existem desde que existe música. mas, convenhamos, instrumentais não é nem nunca foi muito a minha praia.
contextualizemos um pouco a coisa: estávamos a meio da década de oitenta. e se eu tive lá em casa um disco - edições círculo de leitores - duma banda de rock sinfónico chamada omega - podeis, obviamente ir lá ver do que se trata, mas convenhamos, evitem comentários , seja lá de que espécie forem, acerca deste assunto, combinado? - que foi consumido, horas atrás de horas, a verdade é que a divulgação maciça do concerts of china lá do jean michel jarre, tornou a música sem pessoas a cantar mais fácil de ser suportada e em certos casos, mesmo agradável ao ouvido.
felizmente dei para esse peditório e fechei bem fechadinho o porta-moedas.
dizia eu, foi nesse contexto que o tal disco do mike oldifield veio mesmo a calhar. ouvíamos aquilo muitas muitas vezes.
era teu, não era sócio?
ora, a parte boa dessa colectânea - era um disco duplo - é que reservaram um dos lados - o lado b do disco um - para uma coisa chamada «vocal section». eu tenho para mim que essa parte era mais que suficiente para fazer a colectânea. mas isto sou eu, claro, a falar já em 2009. não é à toa que sejam apenas estas músicas que estão nesse lado do disco, as únicas que eu mantenho do mike oldfield.
bom, aqui há dias reouço aquele lado b e, além das óbvias moolight shadow e to france dou de trombas - de orelhas, pronto - com duas outras que eu já nem me recordava que gostava tanto. falo do mistake, também com a maggie reilley e do crime of passion, esta com um gajo do qual não me recordo o nome e não me apetece ir ao google procurar.
é pá, gosto tanto destas músicas! vou ao youtube, procuro por elas e... espera lá... que engraçado, afinal o crime of passion também é uma daquelas músicas transportadoras.
ouço-a e transporto-me para meu grupinho do costume mas, desta vez, com, sei lá, com o paulinho, com o china, acho que até com o quim, imagine-se, todos a jogar mini-golfe ali ao lado do cinema roma.
havia lá um maduro que tomava conta daquilo e nos alugava os tacos. o gajo era passado dos carretos. ouço esta música e recordo-me de ele nos estar a explicar que com um gravador daqueles do spectrum, era capaz de desmanchá-lo, ligar a uns fios a uma agulha de cozer, arranjar uma cavilha para enfiar pelo buraco do disco e, segurando a dita cavilha com uma mão e a agulha na outra mão, com o disco a rodopiar manualmente, conseguia fazer tocar a coisa.
ele tinha este disco do mike oldfield lá na barraca onde guardava os tacos e dizia que o iria pôr a tocar lá em casa dele da forma como nos descreveu a coisa.
dias depois, quando lá voltámos para mais uma rodada, o disco ainda lá estava exposto. às tantas pergunta: - querem este disco do mike oldfield?
olhámos para o disco e estava todo, todo, mas todo fodido e cheio de riscos.
- não, deixa lá. há um gajo aqui do grupo que também o tem.
que maravilha, fazer dum agulha de coser um fantástico turntable made in avenida de roma.
não éramos nem de perto nem de longe, fãs do mike oldfield
aqui nesta parte, se isto fosse um blog de jeito, em vez de mike oldfield teria escrito «fãs do virtuoso guitarrista»
mas o moonlight shadow veio abrir um pouco alguns horizontes.
é claro que o tubullar bells é daquelas que parece que sempre estiveram lá. dá ideia que existem desde que existe música. mas, convenhamos, instrumentais não é nem nunca foi muito a minha praia.
contextualizemos um pouco a coisa: estávamos a meio da década de oitenta. e se eu tive lá em casa um disco - edições círculo de leitores - duma banda de rock sinfónico chamada omega - podeis, obviamente ir lá ver do que se trata, mas convenhamos, evitem comentários , seja lá de que espécie forem, acerca deste assunto, combinado? - que foi consumido, horas atrás de horas, a verdade é que a divulgação maciça do concerts of china lá do jean michel jarre, tornou a música sem pessoas a cantar mais fácil de ser suportada e em certos casos, mesmo agradável ao ouvido.
felizmente dei para esse peditório e fechei bem fechadinho o porta-moedas.
dizia eu, foi nesse contexto que o tal disco do mike oldifield veio mesmo a calhar. ouvíamos aquilo muitas muitas vezes.
era teu, não era sócio?
ora, a parte boa dessa colectânea - era um disco duplo - é que reservaram um dos lados - o lado b do disco um - para uma coisa chamada «vocal section». eu tenho para mim que essa parte era mais que suficiente para fazer a colectânea. mas isto sou eu, claro, a falar já em 2009. não é à toa que sejam apenas estas músicas que estão nesse lado do disco, as únicas que eu mantenho do mike oldfield.
bom, aqui há dias reouço aquele lado b e, além das óbvias moolight shadow e to france dou de trombas - de orelhas, pronto - com duas outras que eu já nem me recordava que gostava tanto. falo do mistake, também com a maggie reilley e do crime of passion, esta com um gajo do qual não me recordo o nome e não me apetece ir ao google procurar.
é pá, gosto tanto destas músicas! vou ao youtube, procuro por elas e... espera lá... que engraçado, afinal o crime of passion também é uma daquelas músicas transportadoras.
ouço-a e transporto-me para meu grupinho do costume mas, desta vez, com, sei lá, com o paulinho, com o china, acho que até com o quim, imagine-se, todos a jogar mini-golfe ali ao lado do cinema roma.
havia lá um maduro que tomava conta daquilo e nos alugava os tacos. o gajo era passado dos carretos. ouço esta música e recordo-me de ele nos estar a explicar que com um gravador daqueles do spectrum, era capaz de desmanchá-lo, ligar a uns fios a uma agulha de cozer, arranjar uma cavilha para enfiar pelo buraco do disco e, segurando a dita cavilha com uma mão e a agulha na outra mão, com o disco a rodopiar manualmente, conseguia fazer tocar a coisa.
ele tinha este disco do mike oldfield lá na barraca onde guardava os tacos e dizia que o iria pôr a tocar lá em casa dele da forma como nos descreveu a coisa.
dias depois, quando lá voltámos para mais uma rodada, o disco ainda lá estava exposto. às tantas pergunta: - querem este disco do mike oldfield?
olhámos para o disco e estava todo, todo, mas todo fodido e cheio de riscos.
- não, deixa lá. há um gajo aqui do grupo que também o tem.
que maravilha, fazer dum agulha de coser um fantástico turntable made in avenida de roma.
2 comentários:
Obrigadinho por me recordares que este maduro é bem mais do que o "Moonlight Shadow". Vou ouvir agora durante uns tempos e a culpa é tua.
Abraço.
P.S. Para que conste o record de tacadas, nesse mini-golf, é de "moi même" com 36. Confirme por favor com o Sr. "Malvas".
Ah! Ah! Ah!
Cumpts.
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