pipáterra
blog daquilo que me vier à cabeça.
terça-feira, maio 04, 2010
sono mineral
“Herdei talvez de ti o gosto do silêncio […]. O gosto do silêncio e o fitarmo-nos como estranhos separados por distância impossível de abolir, que pensarás de facto de mim, da minha vontade informulada de te reentrar no útero para um demorado sono mineral sem sonhos, pausa de pedra nesta corrida que me apavora e que do exterior se me diria imposta, enfrenesiado trote da angústia na direcção do repouso que não há.”. Ele olhou o texto, muito brevemente, e exclamou com uma ternura que percorre as suas páginas: “Minha mãe!”
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