há uma frase, uma ideia que volta e meia utilizo para mim próprio - assim em silêncio, estão a ver a coisa? - que é «fazer trabalhos de casa em computador».
não sei se se recordam, mas quando aparecia um tipo qualquer lá da turma que apresentava trabalhos de casa feitos em computador, a coisa poderia estar a maior merda, cheia de erros e tal, mas pronto «eh catano, ganda pintarola, foi feito em computador» e lá se babava meia turma mais metade da classe dos professores que achavam piada àquelas coisinhas que o menino ou a menina tinham feito.
foi aí que começou o declínio do tubo de cola uhu - ou da cola cisne -, usado durante séculos nas montagens de fotos lá para os trabalhos sobre o barroco, o império romano ou as viagens na minha terra.
quando o oliver stone apareceu no natural born killers com aqueles movimentos de câmera dum lado para o outro, como que se o senhor que segura lá a máquina de filmar tivesse levado um pontapé certeiro nos túbaros, toda a gente achou piada e desatou a usar como se fosse o último grito do tarzan*.
e a verdade é que há alguns exemplos em que isso fica bem e dá num resultado bonito. principalmente se for filmado em película como, por exemplo, no friday night lights. e já agora, se não se fizer uso desse bamboleamento a torto e a direito.
noutro dia dei por mim, sem canais nenhuns além dos 4 portugueses e três espanhóis, a ver aquela coisa dos advogados lá da avenida da liberdade. tinha a rita lello (nem perguntem, ok?) e eu deixei-me ficar a ver aquilo. às tantas dei por mim quase a vomitar. pensei um pouco a ver se tinha sido o jantar estragado que me estava a vir à glote. mas não, tinha sido um jantar todo supimpa acompanhado pelo tintol da ordem.
penso mais um bocado e lá percebi que a somar à quantidade de histórias sem pés nem cabeça que a série tem, existe a tal coisa dos «trabalhos feitos em computador» e desatam a usar, abusar e rebusar a tal técnica do pontapé nos tomates do senhor da máquina de filmar. assim para dar a ideia que é uma série toda modernaça e tal, com pessoas que ganham muito carcanhol e que têm grandes carros e atravessam a avenida da liberdade pelo meio dos carros a deixar cair sandes de presunto e coisas que tal. e a verdade é que quando damos por ela, o raio dos olhos não estiveram fixos uma única vez e a cabeça começava já a andar à roda porque as imagens andam mesmo à roda e afastam-se a aproximam-se e...
fui meter meio logan ao bucho para ver se aquilo passava mas foi pior a emenda que o soneto: lembram-se das bebebdeiras que se apanhavam no velhinho "barco" que estava ali atracado no cais do sodré? lembra-se? quando com dois ou três whiskys se apanhavam bebebdeiras como se tivessemos bebido oito? pois é mesmo assim que eu me sinto quando vejo o tal liberdade da rita lello.
(tenho pena dela.)
(e do ivo, pronto!)
* eu não sei se foi ali naquele momento que esta técnica surgiu. isto não é o blog do mexia e por isso aqui não há certezas cinematográficas ou de qualquer outra espécie. eu sei é que foi nesse filme que eu me recordo de vir isso pela primeira vez.
não sei se se recordam, mas quando aparecia um tipo qualquer lá da turma que apresentava trabalhos de casa feitos em computador, a coisa poderia estar a maior merda, cheia de erros e tal, mas pronto «eh catano, ganda pintarola, foi feito em computador» e lá se babava meia turma mais metade da classe dos professores que achavam piada àquelas coisinhas que o menino ou a menina tinham feito.
foi aí que começou o declínio do tubo de cola uhu - ou da cola cisne -, usado durante séculos nas montagens de fotos lá para os trabalhos sobre o barroco, o império romano ou as viagens na minha terra.
quando o oliver stone apareceu no natural born killers com aqueles movimentos de câmera dum lado para o outro, como que se o senhor que segura lá a máquina de filmar tivesse levado um pontapé certeiro nos túbaros, toda a gente achou piada e desatou a usar como se fosse o último grito do tarzan*.
e a verdade é que há alguns exemplos em que isso fica bem e dá num resultado bonito. principalmente se for filmado em película como, por exemplo, no friday night lights. e já agora, se não se fizer uso desse bamboleamento a torto e a direito.
noutro dia dei por mim, sem canais nenhuns além dos 4 portugueses e três espanhóis, a ver aquela coisa dos advogados lá da avenida da liberdade. tinha a rita lello (nem perguntem, ok?) e eu deixei-me ficar a ver aquilo. às tantas dei por mim quase a vomitar. pensei um pouco a ver se tinha sido o jantar estragado que me estava a vir à glote. mas não, tinha sido um jantar todo supimpa acompanhado pelo tintol da ordem.
penso mais um bocado e lá percebi que a somar à quantidade de histórias sem pés nem cabeça que a série tem, existe a tal coisa dos «trabalhos feitos em computador» e desatam a usar, abusar e rebusar a tal técnica do pontapé nos tomates do senhor da máquina de filmar. assim para dar a ideia que é uma série toda modernaça e tal, com pessoas que ganham muito carcanhol e que têm grandes carros e atravessam a avenida da liberdade pelo meio dos carros a deixar cair sandes de presunto e coisas que tal. e a verdade é que quando damos por ela, o raio dos olhos não estiveram fixos uma única vez e a cabeça começava já a andar à roda porque as imagens andam mesmo à roda e afastam-se a aproximam-se e...
fui meter meio logan ao bucho para ver se aquilo passava mas foi pior a emenda que o soneto: lembram-se das bebebdeiras que se apanhavam no velhinho "barco" que estava ali atracado no cais do sodré? lembra-se? quando com dois ou três whiskys se apanhavam bebebdeiras como se tivessemos bebido oito? pois é mesmo assim que eu me sinto quando vejo o tal liberdade da rita lello.
(tenho pena dela.)
(e do ivo, pronto!)
* eu não sei se foi ali naquele momento que esta técnica surgiu. isto não é o blog do mexia e por isso aqui não há certezas cinematográficas ou de qualquer outra espécie. eu sei é que foi nesse filme que eu me recordo de vir isso pela primeira vez.
2 comentários:
Vê lá bem se não foi antes na Balada de Nova York.
http://www.imdb.com/title/tt0106079/
Eh pá, lembro-me perfeitamente de o Malveira falar nisso
Abracinho
Digo-te, ainda abem que nem sei que série é essa! Eu nem um golo de Johnnie Walker conseguia engolir nesse barco!
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