tempos houve que era possuidor de uma basf de ferro, do tempo em que eram vermelhas, cujo lado a, o malogrado alex craveiro lopes gravou o strange days e, no lado b, espetou o vu. sei que para completar o resto da fita, em ambos os lados ele gravou mais umas coisas avulsas. material de vanguarda que o alex - que deus tem - não era gajo para outras coisas que não essas.
isto sucedeu por alturas de 1987, no outono e recordo-me que essa cassete foi comida, consumida, fumada e mastigada durante horas e horas a fio. ao ponto de em certa altura, o irmão do osga me ter perguntado: «ó jaime, tu és gajo para gostar de quê?» «dos velvet, respondi.»
era a banda que eu mais ouvia e mais gostava na altura.
é certo que com aquela idade bastava-nos gostar de um single ou, quanto muito de um éle pê, para logo nos considerarmos conceituados fãs desta ou daquela banda. é certo também que com a idade actual a forma de avaliação pouco mudou.
dois ou três anos mais tarde, a marta - ou era rita? diz-lá, cariño, sabes de quem falo, não sabes? - uma aluna dum amigo meu, lembrou-se que era altura de deixar de ser menina e passar a ser, digamos, vanguarda: botas da tropa, cartão de aluna da antónio arroio, pastas para folhas a2, canetas rotring - ela tinha dinheiro suficiente para dispensar tira-linhas - , ar abardinado, etc . nesse mudasti que ela operou, decidiu incluir o surripianço desta, aqui referida, cassete. caraças, as coisas que uns olhos bonitos não fazem.
depois de a ter considerado praticamente como perdida, consegui recuperar a dita cassete uns anos depois. infelizmente vinha muito ratada e, pasme-se, tinha o body to body dos belgas technotronic e mais uma outra coisa que agora não me alembro, em vez das músicas originais.
fiquei triste como tudo: porque ela me escavacou a cassete e por ter cometido a heresia de me ter trocado, sei lá, o body notion pelo move that body.
felizmente, estes discos de de pum-txicabum-pum-pum não eram muito extensos. assim, tive a sorte de ter ficado, lá bem perto do fim da fita, esta música que recordo com muito, muito prazer e saudade - ai que frase mais pindérica.
é, curiosamente, das poucas coisas, vá lá, de vanguarda que ainda gosto.
e é curioso também, em plena era mp3, como estas histórias parecem francamente ridículas.
graças a deus!
que é feito de ti, melher?
isto sucedeu por alturas de 1987, no outono e recordo-me que essa cassete foi comida, consumida, fumada e mastigada durante horas e horas a fio. ao ponto de em certa altura, o irmão do osga me ter perguntado: «ó jaime, tu és gajo para gostar de quê?» «dos velvet, respondi.»
era a banda que eu mais ouvia e mais gostava na altura.
é certo que com aquela idade bastava-nos gostar de um single ou, quanto muito de um éle pê, para logo nos considerarmos conceituados fãs desta ou daquela banda. é certo também que com a idade actual a forma de avaliação pouco mudou.
dois ou três anos mais tarde, a marta - ou era rita? diz-lá, cariño, sabes de quem falo, não sabes? - uma aluna dum amigo meu, lembrou-se que era altura de deixar de ser menina e passar a ser, digamos, vanguarda: botas da tropa, cartão de aluna da antónio arroio, pastas para folhas a2, canetas rotring - ela tinha dinheiro suficiente para dispensar tira-linhas - , ar abardinado, etc . nesse mudasti que ela operou, decidiu incluir o surripianço desta, aqui referida, cassete. caraças, as coisas que uns olhos bonitos não fazem.
depois de a ter considerado praticamente como perdida, consegui recuperar a dita cassete uns anos depois. infelizmente vinha muito ratada e, pasme-se, tinha o body to body dos belgas technotronic e mais uma outra coisa que agora não me alembro, em vez das músicas originais.
fiquei triste como tudo: porque ela me escavacou a cassete e por ter cometido a heresia de me ter trocado, sei lá, o body notion pelo move that body.
felizmente, estes discos de de pum-txicabum-pum-pum não eram muito extensos. assim, tive a sorte de ter ficado, lá bem perto do fim da fita, esta música que recordo com muito, muito prazer e saudade - ai que frase mais pindérica.
é, curiosamente, das poucas coisas, vá lá, de vanguarda que ainda gosto.
e é curioso também, em plena era mp3, como estas histórias parecem francamente ridículas.
graças a deus!
que é feito de ti, melher?
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