segundo alguns jornais, ao que parece, o violador de telheiras - caramba, conheço tanta boa gaja que daria meio rim (um já é manifestamente um exagero) para se cruzar com o moço - foi localizado. segundo dizem era benfiquista e coleccionador de moedas.
e pronto, é isto, fica a nossa vida assim resumida pelos jornais: violador, benfiquista e numismata.
é claro que a coisa ganha contornos dum melhor requinte jornalísticos se adicionarmos os inefáveis - ou talvez não -: bom rapaz, auxiliador de atravessamentos de passadeiras a velhinhos, tocador de tuba do exército de salvação, coisas assim, não é?
ora, associarmos o termo benfiquista a «violador» é algo que, confesso, não me deixa minimamente admirado. os portistas, como eu, devem andar a sentir aqui, estão a ver? assim, ao fundo da espinha, topam? o ardor que é a acção do benfiquismo, pelo menos desde, aí... ora, deixa cá ver, desde novembro, dezembro.... por aí.... assim sendo, nada há mais a acrescentar, basta olhar para um reinaldo (já não é do vosso tempo, caramba!), um tomás taveira - um ilustre benfiquista -, as rabadilhas que, certamente, o barbas serve lá no restaurante..... por aí fora. não há mais nada a dizer.
bom, vou agora assumir algumas considerações que podem tornar-me, digamos, um infiel. mas que se lixe.
eu andei, durante uns anos valentes (vá, foram só uns 4 ou 6!) a vender na feira da ladra. passei, claro, muitos mais a servir-me dela - da feira, note-se! - como consumidor assiduo. (mas sem ser pontual). recordo-me que tentávamos ir no primeiro 30 que chegava a sapadores já bem perto das 6h30. depois, seguíamos a butes pela rua da graça e tal... bebíamos uma ginginha, armados em homens, mesmo defronte do antigo cinema royal (do mestre norte júnior) e lá descíamos a calçada para vendermos qualquer coisa que servisse para comprar um ou dois disquitos, quem sabe o even in the quietest moments ou até uma planta lisboeta (lembras-te, sócio?) ali de 1903 ou 1904.
a verdade é que assim que nos víamos com algum dinheiro, não resistíamos e subíamos até ao largo da graça, comprávamos o expresso, pegávamos na revista - ainda na altura do vicente j silva - líamos a crónica do mec e voltávamos a descer, em direcção à banca dos postais, para comprarmos um ou dois, daqueles com a placa do areeiro ainda com os eléctricos e tal.
recordo-me que nessa altura, algum dos que por ali andavam, coleccionavam moedas. lembro-me bem do olhar que nos lançavam esses dessa tribo das moedas... ahh, não me lixem, agora que o correio da manha (assim, sem til nem nada) refere que o violador era numismata, fez-se luz. aquele olhar... a forma como perscrutavam as micas com aqueles exemplares daqueles marcelinos prateados.... hummm, nunca me enganaram.... andavam a ver se me comiam, era o que era!
ainda andava a minha mãe preocupada com as minhas companhias. caraças, sei-o agora, o mal da sociedade vem dos benfiquistas e dos numismatas.
quais pedófilos qual carapuça. temam, pelo amor da santa os numismatas! de hoje em diante, meu deus, quando passar por um, a primeira coisa que faço é uma persignação e cá vai alho, fugir para bem longe!
e pronto, é isto, fica a nossa vida assim resumida pelos jornais: violador, benfiquista e numismata.
é claro que a coisa ganha contornos dum melhor requinte jornalísticos se adicionarmos os inefáveis - ou talvez não -: bom rapaz, auxiliador de atravessamentos de passadeiras a velhinhos, tocador de tuba do exército de salvação, coisas assim, não é?
ora, associarmos o termo benfiquista a «violador» é algo que, confesso, não me deixa minimamente admirado. os portistas, como eu, devem andar a sentir aqui, estão a ver? assim, ao fundo da espinha, topam? o ardor que é a acção do benfiquismo, pelo menos desde, aí... ora, deixa cá ver, desde novembro, dezembro.... por aí.... assim sendo, nada há mais a acrescentar, basta olhar para um reinaldo (já não é do vosso tempo, caramba!), um tomás taveira - um ilustre benfiquista -, as rabadilhas que, certamente, o barbas serve lá no restaurante..... por aí fora. não há mais nada a dizer.
bom, vou agora assumir algumas considerações que podem tornar-me, digamos, um infiel. mas que se lixe.
eu andei, durante uns anos valentes (vá, foram só uns 4 ou 6!) a vender na feira da ladra. passei, claro, muitos mais a servir-me dela - da feira, note-se! - como consumidor assiduo. (mas sem ser pontual). recordo-me que tentávamos ir no primeiro 30 que chegava a sapadores já bem perto das 6h30. depois, seguíamos a butes pela rua da graça e tal... bebíamos uma ginginha, armados em homens, mesmo defronte do antigo cinema royal (do mestre norte júnior) e lá descíamos a calçada para vendermos qualquer coisa que servisse para comprar um ou dois disquitos, quem sabe o even in the quietest moments ou até uma planta lisboeta (lembras-te, sócio?) ali de 1903 ou 1904.
a verdade é que assim que nos víamos com algum dinheiro, não resistíamos e subíamos até ao largo da graça, comprávamos o expresso, pegávamos na revista - ainda na altura do vicente j silva - líamos a crónica do mec e voltávamos a descer, em direcção à banca dos postais, para comprarmos um ou dois, daqueles com a placa do areeiro ainda com os eléctricos e tal.
recordo-me que nessa altura, algum dos que por ali andavam, coleccionavam moedas. lembro-me bem do olhar que nos lançavam esses dessa tribo das moedas... ahh, não me lixem, agora que o correio da manha (assim, sem til nem nada) refere que o violador era numismata, fez-se luz. aquele olhar... a forma como perscrutavam as micas com aqueles exemplares daqueles marcelinos prateados.... hummm, nunca me enganaram.... andavam a ver se me comiam, era o que era!
ainda andava a minha mãe preocupada com as minhas companhias. caraças, sei-o agora, o mal da sociedade vem dos benfiquistas e dos numismatas.
quais pedófilos qual carapuça. temam, pelo amor da santa os numismatas! de hoje em diante, meu deus, quando passar por um, a primeira coisa que faço é uma persignação e cá vai alho, fugir para bem longe!
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