armados em regenerados, já com as férias definitivamente enterradas, decidimos amansar um cadinho a dimensão das cilhas dos respectivos pancis - mais eu, que ela é parva e não sabe o que é gordura corporal.
assim, aproveitando o facto da mais pequena estar de férias, elegemos como menus para a janta, sopinha e fruta.
eu acrescentei uma taça de tinto que há limites para tudo.
tudo muito bem, tudo maravilhoso, muitos sorrisos e mais o caralho e tal.
- ah, se eu comer outra fruta, não tem mal nenhum, não é? é fruta, por isso...
mais à frente:
- realmente, ó amor, isto nas férias foi um descalabro de pão, doces, cerveja...
- e leitão, e leitão...
- isso.
- mas agora, olha lá a gente, hein? gaspacho, sopinha, frutinha... que maravilha.
- e não vais ter fome?
- nahh, temos que mortificar o corpo. se ela vier mais perto da noite, come-se... bom, come-se outra peça de fruta!
- isso.
encho outra taça de tinto, uma coisa fina, ali uma espécie de cartuxa, desvinculado pelo vizinho de cima e tal. vamos os dois para a sala, silêncio humano, a miúda com os avós... nem um «cala-te, porra!» ou um «vai mazé já prá a cama que o pai já te vai ler a história!». nada disso, tudo quáiate, tudo pianinho.
- bem amor, vou lavar a loiça.
porta fechada, música da cozinha, estupidamente alta, sintonizada no immigrant song. os pratos na máquina da loiça, os talheres também, os copos, a bimby... espera lá! mas que merda é esta que a bimby tem aqui dentro. isto... isto são restos de... carne? carninha? ui! mas isto tudo junto ainda dá para uma.... onde é que eu tenho o salazar? está aqui, espera lá... uhhhh! que maravilha. então em tempos de dieta... e na lâmina? espera lá, espera lá, se eu conseguir sacar aqui com uma faquinha daquelas que dão nos aviões... já está. a brincar, a brincar ainda mamei... ora deixa cá ver, mandei cá para dentro umas boas duas colheres de chá de carninha!
em tempos de crise...
e amanhã tenho a certeza que ela vai ler isto e pega logo no telefone:
- ó meu estilhaço de punheta, isto é que é solidariedade, meu cabrão?
(calma, estou a brincar, ela não diz asneiras.)
(nem eu.)
(deves!)
assim, aproveitando o facto da mais pequena estar de férias, elegemos como menus para a janta, sopinha e fruta.
eu acrescentei uma taça de tinto que há limites para tudo.
tudo muito bem, tudo maravilhoso, muitos sorrisos e mais o caralho e tal.
- ah, se eu comer outra fruta, não tem mal nenhum, não é? é fruta, por isso...
mais à frente:
- realmente, ó amor, isto nas férias foi um descalabro de pão, doces, cerveja...
- e leitão, e leitão...
- isso.
- mas agora, olha lá a gente, hein? gaspacho, sopinha, frutinha... que maravilha.
- e não vais ter fome?
- nahh, temos que mortificar o corpo. se ela vier mais perto da noite, come-se... bom, come-se outra peça de fruta!
- isso.
encho outra taça de tinto, uma coisa fina, ali uma espécie de cartuxa, desvinculado pelo vizinho de cima e tal. vamos os dois para a sala, silêncio humano, a miúda com os avós... nem um «cala-te, porra!» ou um «vai mazé já prá a cama que o pai já te vai ler a história!». nada disso, tudo quáiate, tudo pianinho.
- bem amor, vou lavar a loiça.
porta fechada, música da cozinha, estupidamente alta, sintonizada no immigrant song. os pratos na máquina da loiça, os talheres também, os copos, a bimby... espera lá! mas que merda é esta que a bimby tem aqui dentro. isto... isto são restos de... carne? carninha? ui! mas isto tudo junto ainda dá para uma.... onde é que eu tenho o salazar? está aqui, espera lá... uhhhh! que maravilha. então em tempos de dieta... e na lâmina? espera lá, espera lá, se eu conseguir sacar aqui com uma faquinha daquelas que dão nos aviões... já está. a brincar, a brincar ainda mamei... ora deixa cá ver, mandei cá para dentro umas boas duas colheres de chá de carninha!
em tempos de crise...
e amanhã tenho a certeza que ela vai ler isto e pega logo no telefone:
- ó meu estilhaço de punheta, isto é que é solidariedade, meu cabrão?
(calma, estou a brincar, ela não diz asneiras.)
(nem eu.)
(deves!)
2 comentários:
Mini-patroinha fora dia santo na loja...vá lá toca a trabalhar meninos, que a Beatriz quer um bébe...cuchi, cuchi...e eu quero ver se ainda tenho reforma, aproveitem e façam uma "Rave Baby Boom" ;)))
Tu sabes há quanto tempo não me rio com um post. Seja de quem for, porra, só de ler um post?
Essa dieta de riso acabou hoje, aqui, com isto que escreveste.
Beijos.
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