para a maioria dos aficionados "old school" dos genesis, o phil collins tinha algum valor enquanto se resumia a um mero baterista da banda. quando o peter gabriel decidiu ir fazer discos sozinho (pessoalmente, o período mais catita do seu percurso) e o careca decidiu tomar as rédeas do microfone da banda, o pessoal começou a torcer o nariz e passou a eleger o lamb lies down como o peido mestre dos genesis. lá terão as suas razões. adiante.
eu fui gostando do collins. fui, pronto.
é certo que quando ele era, digamos mais "prenda para se dar à namorada no natal", eu tinha 18 anos e, nessa altura por volta de 1987-1991, aquelas músicas não me faziam tanta comichão. o que aconteceu depois, tanto a solo como nos genesis, confesso, já não me aqueceu - ou arrefeceu - tanto.
acho que já o disse aqui, entre coisas dos genesis com ele a cantar ou coisas dele a solo, o meu disco favorito é o duke.
sei precisar o momento em que tive a epifania "duke". foi lá por volta de 1987, durante um pequeno período em que a minha banda favorita era os velvet underground, que o irmão do osga - o jp - pôs a tocar na sala o turn it on again.
«é pá, afinal eu conheço isto.»
ouvi mais, fui gostando também mais, fiquei freguês.
há coisas do duke que foram escritas durante o período da separação do careca com a sua mulher. são coisas muito sentidas, muito doridas. são coisas também muito expostas. lemos o please don't ask e aquilo parece um big brother. está lá tudo, é impressionante! leio e releio aquelas palavras e fico a pensar que «não, é tudo inventado. ele não se iria expor assim dessa forma».
ou então não, então quer mesmo é fazer uma estatuazinha à ex-mulher e aquilo é apenas o resultado dos seus sentimentos. é bonito.
nessa altura uns amigos duns amigos estavam-se a divorciar. disquitar (assim, à brasileira), mais concretamente. e eu via aquelas duas pessoas, com a criançada assim dum lado para o outro e aquilo dava-me uma pena tremenda. talvez tenha sido isso que me fez olhar com outro olhar para os reatamentos que por aí fui vendo, mesmo em coisas fictícias como a nancy e o elliot dos thirtysomething.
este please don't ask é também isso. é belíssima e eu recomendo este videozeco para se ir vendo que os anos passam mas há coisas que ficam presas na garganta. presas o suficiente para não deixar certos profissionais do chou bize terminarem convenientemente certas performances.
(...)
eu fui gostando do collins. fui, pronto.
é certo que quando ele era, digamos mais "prenda para se dar à namorada no natal", eu tinha 18 anos e, nessa altura por volta de 1987-1991, aquelas músicas não me faziam tanta comichão. o que aconteceu depois, tanto a solo como nos genesis, confesso, já não me aqueceu - ou arrefeceu - tanto.
acho que já o disse aqui, entre coisas dos genesis com ele a cantar ou coisas dele a solo, o meu disco favorito é o duke.
sei precisar o momento em que tive a epifania "duke". foi lá por volta de 1987, durante um pequeno período em que a minha banda favorita era os velvet underground, que o irmão do osga - o jp - pôs a tocar na sala o turn it on again.
«é pá, afinal eu conheço isto.»
ouvi mais, fui gostando também mais, fiquei freguês.
há coisas do duke que foram escritas durante o período da separação do careca com a sua mulher. são coisas muito sentidas, muito doridas. são coisas também muito expostas. lemos o please don't ask e aquilo parece um big brother. está lá tudo, é impressionante! leio e releio aquelas palavras e fico a pensar que «não, é tudo inventado. ele não se iria expor assim dessa forma».
ou então não, então quer mesmo é fazer uma estatuazinha à ex-mulher e aquilo é apenas o resultado dos seus sentimentos. é bonito.
nessa altura uns amigos duns amigos estavam-se a divorciar. disquitar (assim, à brasileira), mais concretamente. e eu via aquelas duas pessoas, com a criançada assim dum lado para o outro e aquilo dava-me uma pena tremenda. talvez tenha sido isso que me fez olhar com outro olhar para os reatamentos que por aí fui vendo, mesmo em coisas fictícias como a nancy e o elliot dos thirtysomething.
este please don't ask é também isso. é belíssima e eu recomendo este videozeco para se ir vendo que os anos passam mas há coisas que ficam presas na garganta. presas o suficiente para não deixar certos profissionais do chou bize terminarem convenientemente certas performances.
(...)
I can remember when it was easy to say I love you
But things have changed since then, now I reallyCan't say if I still do
But I can tryI know that the kids are well, you're a mother to the world
But I miss my boyI hope he's good as gold
But enough of me, tell me how are you? You look good
Oh you've lost weight I can see, your hair looks nice,You look good
Maybe we should try, don't say it! I know whyI can remember when it was easy to say I love you...
(...)
1 comentário:
Porque será que este teu texto e, sobretudo, o poema do Phil Collins, me fizeram ficar aqui com um nozinho no peito? Impossível ficar indiferente quando temos histórias semelhantes no nosso passado, mesmo que longínquo, mesmo que essas histórias estejam resolvidas nas nossas cabeças. há sempre uma enorme pena que fica. não é pena do que poderia ter sido, pois com o passar dos anos percebemos que nunca poderia ter sido nada. é mais um sentimento de frustração por, naquela altura, se ter constatado a inevitabilidade do desencontro. nozinho no peito.
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