há coisa de uns 15/20 anos, estava com um grupo de amigos e amigas (um gajo agora tem de mencionar os dois sexos se não está lixado) no arroz doce do bairro alto.
a ti rosa andava por ali, para trás e para diante, a servir-nos pontapés na cona - para os mais distraídos ou desconhecedores do espaço, é o nome duma bebida - e de cada vez que passava pelo nosso grupo para alcançar uma outra mesa que estava lá mais para o fundo, como o espaço de passagem era mais exíguo, ela batia com as suas banhas na cabeça duma das minhas amigas. ela ia a passar e pimba, lá a minha amiga abanava a carola. isto, meus amigos, sucedeu seguramente, umas 3 ou 4 vezes. aquilo pareciam calduços.
às tantas, a ti rosa não esteve de modas e disse (quem conhece a velhota sabe que tipo de linguagem vem a seguir, quem não conhecer não se assuste, por favor):
- ó filha, vê se te chegas uma bocado para a frente quando eu for a passar, que eu já estou farta de roçar a testa da cona aqui no ferro da cadeira, ó caralho!
e de pianinho, a minha amiga lá se encolheu mais um bocado de forma a que a ti rosa pudesse passar mais à lagardere por detrás dela. curiosamente, nas passagens seguintes, deixou de roçar com as partes pudibundas para passar a bater-lhe com as mamas na nuca.
lembro-me sempre desta cena quando estou com pessoas recentemente gordas. ou seja, pessoas que foram magras a vida toda e que dum momento para o outro perdem a noção do seu diâmetro. estão por isso ainda em calibragens.
o problema maior reside no facto desse período de calibramento durar eternidades e nalguns casos nunca chegar a terminar. e quem se lixa é aqui o je, pois volta e meia tem de levar "pançadas", "ancadas", "coteveladas" (com risco de levantar logo ali um sumaríssimo) ou "ilhargadas" quando tenho de me cruzar com essas pessoas.
se estou, por exemplo, num corredor qualquer e sei que lá à frente se encaminha para mim um gordo, é certinho cumódestino que o gajo não se vai pôr de lado para passarmos os dois. nah, nada disso, como ainda está a passar por um processo de calibragem julga que ainda dá para passarmos os dois lado a lado. e depois, tunga!, lá vem abanão.
nos restaurantes apertadinhos é a mesma merda. naqueles movimentos que antecedem o "sentar" - puxar a cadeira, pendurar casaco, cumprimentar quem está - há de haver sempre uma altura em que levamos um encosto qualquer.
porra, será que perdem também a sensibilidade?
passo-me com isto, pá!
a ti rosa andava por ali, para trás e para diante, a servir-nos pontapés na cona - para os mais distraídos ou desconhecedores do espaço, é o nome duma bebida - e de cada vez que passava pelo nosso grupo para alcançar uma outra mesa que estava lá mais para o fundo, como o espaço de passagem era mais exíguo, ela batia com as suas banhas na cabeça duma das minhas amigas. ela ia a passar e pimba, lá a minha amiga abanava a carola. isto, meus amigos, sucedeu seguramente, umas 3 ou 4 vezes. aquilo pareciam calduços.
às tantas, a ti rosa não esteve de modas e disse (quem conhece a velhota sabe que tipo de linguagem vem a seguir, quem não conhecer não se assuste, por favor):
- ó filha, vê se te chegas uma bocado para a frente quando eu for a passar, que eu já estou farta de roçar a testa da cona aqui no ferro da cadeira, ó caralho!
e de pianinho, a minha amiga lá se encolheu mais um bocado de forma a que a ti rosa pudesse passar mais à lagardere por detrás dela. curiosamente, nas passagens seguintes, deixou de roçar com as partes pudibundas para passar a bater-lhe com as mamas na nuca.
lembro-me sempre desta cena quando estou com pessoas recentemente gordas. ou seja, pessoas que foram magras a vida toda e que dum momento para o outro perdem a noção do seu diâmetro. estão por isso ainda em calibragens.
o problema maior reside no facto desse período de calibramento durar eternidades e nalguns casos nunca chegar a terminar. e quem se lixa é aqui o je, pois volta e meia tem de levar "pançadas", "ancadas", "coteveladas" (com risco de levantar logo ali um sumaríssimo) ou "ilhargadas" quando tenho de me cruzar com essas pessoas.
se estou, por exemplo, num corredor qualquer e sei que lá à frente se encaminha para mim um gordo, é certinho cumódestino que o gajo não se vai pôr de lado para passarmos os dois. nah, nada disso, como ainda está a passar por um processo de calibragem julga que ainda dá para passarmos os dois lado a lado. e depois, tunga!, lá vem abanão.
nos restaurantes apertadinhos é a mesma merda. naqueles movimentos que antecedem o "sentar" - puxar a cadeira, pendurar casaco, cumprimentar quem está - há de haver sempre uma altura em que levamos um encosto qualquer.
porra, será que perdem também a sensibilidade?
passo-me com isto, pá!
2 comentários:
tu estás mesmo traumatizado com este tema, não estás?!
só tu p/ me fazeres rir hoje!
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