O meu Natal sempre foi muito mais uma coisa de Menino Jesus do que do Pai Natal. E não foi só o meu como praticamente o de toda a minha geração (ou talvez não, talvez não.)
Nos dias que antecediam a data festiva, o meu pai oferecia-me desde logo uma prenda antecipada: levava-me com ele à Baixa, aquando das suas voltas de trabalho e, de caminho, mostrava-me as montras do Grandela, onde havia sempre grandes bonecos construídos em peças de Lego. E aquilo era fantástico. Eu tinha aí uns 5 ou 6 anos e ficava maravilhado com as iluminações, com o Metropolitano, com os autocarros de 2 andares, com as escadas rolantes lá do Grandela e, claro, com aqueles brinquedos fantásticos.
Na noite de consoada, havia sempre bacalhau, coisa que eu odiava de morte: peixe, blaghrr!!!! (Como as coisas mudaram, ai ai...) E então, se nos tivessemos portado bem, o Menino Jesus, e não o velho jarreta do Pai Natal, dar-nos-ia, no final do jantar, qualquer coisinha.
A primeira vez que tive noção da existência de um ser paranormal que nos entregava prendas, foi para aí em 1973 ou coisa parecida. Tinha passado da meia noite, fomos à cozinha e, em cima do fogão (continuo à espera que o Pai Natal me dê uma lareira), no bico mais pequeno - aquele onde se aquecem os púcaros - repousava então, uma prenda do Menino Jesus. E atenção, eu disse prenda, não eram prendas como agora.
Recebi pois, um puzzle de cubos que formava 6 imagens diferentes da história dos 3 porquinhos. Confesso que a princípio a coisa até me agradou, andei a li durante uns tempos todo contente a brincar com aquilo e tal mas, mais tarde, quando utilizei um deles para atirar à mona da minha irmã, em retaliação pelo facto dela me ter espetado uma bic cristal na bochecha, fiquei realmente com dúvidas se o Menino Jesus me tinha oferecido um objecto lúdico ou uma peça bélica.
Mais lixado ainda fiquei, porque, apesar de ter alegado legítima defesa, comi um enxerto de porrada valente dos meus pais que, ao mesmo tempo que me deixou meio combalido, teve também o condão de me encher de miúfa, já desconfiado que o Menino Jesus faria algum género de retaliações, boicotando a prenda do ano seguinte.
Nos dias que antecediam a data festiva, o meu pai oferecia-me desde logo uma prenda antecipada: levava-me com ele à Baixa, aquando das suas voltas de trabalho e, de caminho, mostrava-me as montras do Grandela, onde havia sempre grandes bonecos construídos em peças de Lego. E aquilo era fantástico. Eu tinha aí uns 5 ou 6 anos e ficava maravilhado com as iluminações, com o Metropolitano, com os autocarros de 2 andares, com as escadas rolantes lá do Grandela e, claro, com aqueles brinquedos fantásticos.
Na noite de consoada, havia sempre bacalhau, coisa que eu odiava de morte: peixe, blaghrr!!!! (Como as coisas mudaram, ai ai...) E então, se nos tivessemos portado bem, o Menino Jesus, e não o velho jarreta do Pai Natal, dar-nos-ia, no final do jantar, qualquer coisinha.
A primeira vez que tive noção da existência de um ser paranormal que nos entregava prendas, foi para aí em 1973 ou coisa parecida. Tinha passado da meia noite, fomos à cozinha e, em cima do fogão (continuo à espera que o Pai Natal me dê uma lareira), no bico mais pequeno - aquele onde se aquecem os púcaros - repousava então, uma prenda do Menino Jesus. E atenção, eu disse prenda, não eram prendas como agora.
Recebi pois, um puzzle de cubos que formava 6 imagens diferentes da história dos 3 porquinhos. Confesso que a princípio a coisa até me agradou, andei a li durante uns tempos todo contente a brincar com aquilo e tal mas, mais tarde, quando utilizei um deles para atirar à mona da minha irmã, em retaliação pelo facto dela me ter espetado uma bic cristal na bochecha, fiquei realmente com dúvidas se o Menino Jesus me tinha oferecido um objecto lúdico ou uma peça bélica.
Mais lixado ainda fiquei, porque, apesar de ter alegado legítima defesa, comi um enxerto de porrada valente dos meus pais que, ao mesmo tempo que me deixou meio combalido, teve também o condão de me encher de miúfa, já desconfiado que o Menino Jesus faria algum género de retaliações, boicotando a prenda do ano seguinte.
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