A razão porque não fui ver os The Rolling Stones a Coimbra, prende-se com o facto de já os ter visto em 1990 e em 1995 (este último um dos concertos da minha vida, até deram o Gimme Shelter, porra!) e do Brigdes to Babylon ser mesmo, o pior disco deles.
Os The Rolling Stones (atenção que aquele artigo definido, o The é importantíssimo, ok?) são a minha banda favorita de sempre. Umas vezes com mais frequência, outras mais raramente, a verdade é que volta e meia pego na minha pastinha dos discos dos Stones (escolho assim uns 10 ou 12) e espeto com eles no carro, donde não saiem durante umas boas 2 ou 3 semanas.
Apesar de terem passado uma meia dúzia de anos sem darem uma prá caixa, quando eu menos esperava, aquela cambada de jimbras, lembra-se de ganhar juízo criativo, e mandam cá para fora um dos seus melhores discos das 3 últimas décadas. Mas, à confiança do amigo, ok? É mesmo bom. Confesso que a principio não estava com muita vontade de ouvi-lo, porém as críticas eram tão boas (imaginem, até os gajos da revista Blender gramaram o disco) que eu me vi na situação de comprar o cd. A verdade é que o meu cunhado se antecipou, comprou-o e, assim que tive oportunidade, pirateei logo a coisa.
E pronto, finalmente pus as orelhas a escutar o A Bigger Bang. Ouvi, ouvi e re-ouvi e não me cheirou lá muito bem. Mas a minha irmã, que tem a sabedoria dos velhos, disse-me logo: “Não gostaste? Toininho! É porque não estás a ver bem a coisa, mas vais ver que a seguir já gostas” E pronto uma semana depois voltei a ouvi-lo, assim como não quer a coisa, e realmente, bom, realmente a coisa é mesmo boa.
Os The Rolling Stones, são mesmo um caso à parte. Não se esqueçam que este é o trigésimo e tal álbum de originais. É muita música, é muito ano, é muita droga naquelas veias, é muita gaja comida (Bom, quer dizer, a Marianne Faithfull, foi a chamada geraldina. Deu numa de poupanças e para salvar a média, rodou por todos os 5).
Chegarem a este disco com esta qualidade não é para todos. Estes tipos ainda têm o melhor vocalista de rock da actualidade (já nem o Bono consegue fazer falsetes como o do Streets of Love) – porque o Robert Plant já perdeu a voz toda –, têm o melhor guitarrista de rock and roll/blues – porque o Jimmy Page não arranja uma banda decente para tocar desde aquela tournée com os Black Crowss - e têm aquela secção rítmica que não ficou nada abalada com a saída do Billy Wyman, porque o Daryl Jones é um baixista que se entende às mil maravilhas com o Chalie Watts.
Vai ser sempre a rasgar.
1 comentário:
Uma vez, isto por volta de 1987, mais coisa menos coisa, a minha mãe e os colegas falavam sobre os Stones a propósito de um artigo que saiu num jornal (terão eles vindo cá nessa altura?). A minha mãe disse qualquer coisa como "muita coca corre para ali" e uma colega indignou-se logo "ai, mas vocês não acreditam no que se diz para aí, que eles se drogam, pois não?"
:)
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