Demaneirasqueéassim, quanto mais eu ouço o Playing the Angel, mais eu sinto a falta do Alan Wilder nos Depeche Mode.
Mas tudo bem, eu sinto que o problema não é deste disco, o problema é mesmo meu.
Se for ver bem as coisas, quando o Vince Clark saiu em 1983, já eu apanhei uma decepção do caneco. Logo na altura que tinha aprendido a tocar, no órgão lá da igreja, o
tan-tantaram,
tan-tan-tan-tan tantaram,
tan-tan-tan-tan tantaram,
tan-tan-tan-tan-tan-tan-tan-tan
dos primeiros acordes do I just can’t get enough, o gajo dá de frosques?
Depois, qualquer bom disco que se preze dos DM, tem de ter pelo menos, duas musicas que possam passar na rádio (assim numa comercialona, tipo RFM) e numa discoteca para um gajo dançar, como o People are People ou o Master and Servent e pelo menos uma em que se acendam isqueiros durante o concerto, como o Somebody. Ora o Some Great Reward tem isso tudo. E tem muito mais. Pessoalmente, já o referi, é o disco dos DM que eu mais gramo.
O Songs of Faith and Devotion, ainda foi um bom disco (aquele Walking in my shoes, o Judas ou o Condemnation, jogavam em qualquer disco da Liga dos Campeões). Mas o Ultra, o Exciter e este agora, são francamente fraquinhos. Quero acreditar – e acredito – que é pela ausência do Alan Wilder. Mas isto sou eu que o digo. Para mim, era o elemento nivelador do grupo. E a sua saída foi a segunda forte decepção que estes gajos me deram. Ele era o Makelele da banda. Se o David Gahan é o gajo que está lá à frente a marcar os golaços e o Martin Gore é o Zidane que cria aquelas jogadas fabulosas, o Alan era o Makelele. Era o responsável por segurar as coisas lá atrás e fazer a transposição da bola lá para a frente. Mas isto sou eu a falar. Eu que sou parvo e gosto destes gajos à minha maneira.
E demaneirasqueéassim, à pois é, eu estou-me para aqui a queixar, mas a verdade é que há já 2 meses que tenho o bilhete para o concerto, não é? E é certinho que vou estar mesmo lá à frente a abanar o capacete, a acender isqueiros no Freelove (agora acho que a moda é ligar os telemóveis), a abanar os braços no Never let me down e a amparar o rabinho das gajas que vão desfalecendo (com carinho, ok?) à medida que o David for abanando a peida, vestido com aquelas Levi’s 501 brancas, que usou no 101.
1 comentário:
Ai homem, Deus te ouça! Se o Dave leva as 501 brancas eu pago-vos um jantar aos três!
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