quinta-feira, dezembro 22, 2011

ó joaaaaaaaaaaaaaaaaana, anda cá ouvir isto, pá!

assim que me lembre, sem pensar muito, não há um único disco daqueles que vêm com revistas, que tenha alguma coisa de jeito. repito, não me lembro mesmo. por isso, quando compro as revistas que trazem cê dê, peço-o à menina da caixa - não, brincas! - mas, apenas, por que assim fico logo com uma capinha para agasalhar um qualquer dêvê dê que grave à minha mãe. o cêdê, esse, vai direitinho para o lixo.

esta revista que agora mesmo coloco foto da capa



lembrou-se de estragar este meu fabuloso e bem esgalhado preconceito.

na capa da revista dizia «ah e tal versões do sticky fingers» e eu pensei «mau, tu queres ver que a dona raquel já ganhou uma capa para levar mais uma mão cheia de episódios de seriados histórico abarco ingaleses?»

o disco esteve a marinar durante uns dias na minha secretária (uma coisa chiquésima, assim desenhada pelo alvar aalto ou outra merda qualquer do género) até que eu me lembrei - e bem, é de salientar - de colocá-lo no meu fabuloso leitor multimedia clicando de seguida no botão que tem um triângulo isósceles a apontar para a direita.

brown sugar, cá vai isto!

humm... tu queres ver... espera lá...

sway, eh lá...

can't you hear me knocking, fooooooooooooooooooooda-se!

os roulingue pedras, para quem não sabe, pegaram em canções de blues (ou rock and roll,  noutros casos) e lá fizeram uns arranjos à maneira deles. à maneira de darford, pertantes. mas o osso, o espírito, o núcleo sempre foram os blues. e mesmo quando decidiram ver se sabiam fazer canções em vez de tocarem versões, sempre se nortearam pelos blues. os blues sempre estiveram lá. mesmo que parecessem ser coisas de rock and roll.

é giro perceber que a mojo teve a peregrina, imaculada e feliz ideia de perguntar a uns maduros, se estavam dispostos a fazer umas versões, cheias de blues e soul, do sticky fingers. no fundo, era o sentido contrário da coisa. foste do blues cru (e do soul) para o rock, voltas do rock para o soul e o blues mais cru e despido.



e não é que conseguiram? é que conseguiram mesmo!
 

caramba, é que não há uma versão má. aquilo cheira a otis reading, a tarantino, a soul train por todos os bits do cabrão do disco. mais, aquilo está cheio de bandas daquelas que aparecem nas últimas páginas da taíme aute de londres, que compramos quando lá vamos na esperança de ver alguma coisa ao vivo e, depois desistimos porque só lemos nomes que não lembram ao menino jesus (que está quase a nascer, atente-se!). mas quem são estes gajos? hummm, nah, eu queria era ouvir aqueles outros que tocavam o patchouly, essa é que é essa!

venham aqui, por exemplo e percebam quem é que canta o quê. aos despois, façam cópi-peiste com os nomes e as cantigas que lá estiverem e pesquisem no tubo. sério, procurem, indaguem, façam-se à estrada. são umas atrás das outras. 



e conseguir manter o pezinho (principalmente o esquerdo) sossegado? não é fácil. ele fica ali a bater e tal...


(se procurarem com atenção, conseguem ouvir a coisa toda na net. se procurarem realmente muito bem, conseguem, imagine-se, roubá-lo na net. ai, ai...)

(só mais outra coisa: tem o angie como bonus track. e é bónus porque é uma canção dum disco que saiu mais à frente que o fingers. é uma canção que eu nunca, mas nunca mesmo atinei. é, digamos, tão secante quanto o lover why dos century e pior, seguramente, que o i want to know what love is dos foreigner. mas aqui, neste disco... ui, aquilo até estala. se a poderia postar aqui? sim, poderia. mas apeteceu-me escolher antes esta. pronto, manias, não é?)





não precisam de gostar. por mim tanto se me dá. mas depois... vocês lá sabem!


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