segunda-feira, maio 28, 2012

pessoas cinzentas

Retratou-se de um discurso mais duro que teve, inicialmente, para com o treinador do Benfica. Porquê? 
 
Não fui autêntico, provavelmente por defesa. Estava numa perspetiva defensiva, porque os pontos de interrogação começaram logo no início e eu fechei-me e fui reativo, reagia com agressividade. Um treinador amigo dizia-me que amigos dele lhe comentavam que eu me tinha tornado agressivo e arrogante e ele achou estranho. Acho que aconteceu inconscientemente, para me defender. Não estava preparado para ser atacado por toda a gente, quase que me senti humilhado, parece que tinha deixado de perceber de futebol. Aquele Vítor que muitos perspetivavam que pudesse ir longe, parecia que tinha deixado de existir. Depois percebi que as pessoas não me conhecem e passei a encarar as coisas com naturalidade. Quando disse o que disse sobre o Jorge Jesus, não fui eu próprio e aquilo fez-me mal. Provavelmente, fez-me pior a mim do que a ele. Nunca mais me senti bem comigo próprio, porque não posso avaliar as pessoas e eu avaliei o Jorge Jesus como pessoa. Não posso fazê-lo, porque não o conheço como pessoa. Não fui correto e por isso pedi desculpa e fiquei muito melhor comigo próprio. Vou continuar a cometer erros, mas a refletir sobre eles para que não voltem a acontecer.

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