quarta-feira, maio 09, 2012

aqui à porta...

... dadonde eu trabalho, vejo os trabalhadores a pintarem um passadeira e a mudarem uns sinais de trânsito. da mesma forma que nós «vemos» o tempo a mudar e logo visualizamos um rol de mulas a deixarem os casacos em casa expondo as pernas, o pezinho, o decote... (vocês sabem!), também quando me apercebi que um grupo de pessoas estava a alter o lancil da esquina dum passeio (dava para ver que era para uma mudança de sentido de circulação do trânsito), imaginei, confesso, gente num gabinete preocupado com o facto de haver um bando de condutores que está habituado a fazer aquele caminho, quase de olhos fechados e que, por isso, não era só chegar ali, pôr um sinal de puribido e cá vai alho.

mas não é que foi mesmo assim?

eu não discuto se esta alteração fará fluir melhor o trânsito. não discuto se a coisa foi ou não estudada ou se foi feito «a olho», não discuto se é a melhor opção. sério, não discuto. o que me faz impressão é aquele espírito de valente cavalgadura, esta coisa do «metem-se os sinais e pronto, que se foda a taça!».

pergunto, quando é que custa fazer uma puta duma tabuleta, em amarelo, uns 17 metros antes do cruzamento, com umas letras garrafais «cornos e vacas daqui da linha, agora nã se pode virar à direita. sigam em frente assim, como a quem vai para a alapraia e cortem aos despois à direita.» 1000 euros? mais?

se alguém conhecer ou for familiar do gajo que manda nesta merda das mudanças do trânsito, acreditem, conhecem ou são familiares de gente muito totó.

(vale uma aposta que não tarda nada está um polícia ali da esquadra do estoril, provavelmente o que me deteve por eu carregar 0.08 de pinga mas leu 0.8, de bloquinho na mão - a aviar receitas, claro - e a gritar com ar de estique lá pisse depois de bugar no apito «o senhor condutor não viu a sinalização vertical?»

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