É comum e lógico dizer-se que os nomes das pessoas variam consoante a época, a situação geográfica, a classe social, por razão hereditariamente, etc, etc. E que por isso, gostos não se discutem. Eu não concordo, eu discuto mesmo.
Vamos lá então chamar os bois pelos nomes. A minha geração cresceu com colegas de turma e de brincadeiras de rua chamados: António - Tó, Toni, Topê (António Pedro), Tójó (António Jorge), Tómané (António Manuel), Tózé (António José); Carlos - Cajó (Carlos Jorge); João - Janeca; José - Zé, Zeca, Zétó (José António), Zémanel (José Manuel); Luís; Paulo; Pedro; Rui; Vítor, etc.
De vez em quando, lá aparecia um ou outro Alexandre (Alex), Diogo, Hugo, Gonçalo, Tiago, Fernando, Miguel, etc
Nas meninas, eram habituais: Ana (Nucha), (Nocas); Anabela; Carla; Cristina (Tina, Tininha, Tinocas); Isabel (Bela, Belinha); Maria João; Paula, Teresa; Sandra; Sofia; Susana, etc.
E claro, de vez em quando surgia uma Clara, Vera, Vanda, Fátima (Tucha), ou Margarida (Guida).
Até aqui tudo bem. Tudo o que fugia desta onda (é claro que me estou a esquecer de imensos nomes "vulgares"), podia calhar ser motivo de gozo. E nisso a miudagem é implacável. Por isso, quando apareceu lá na turma um gajo chamado Amadeu, foi certinho e direitinho que passámos a dizer: "- Ó Amadeu, abre o cu que lá vou eu!" e quando apareceu, vinda do Padre António Viera, a Carlota, foi também clarinho como água, em como não houve dia em que não dissemos: "Ó Carlota, tu queres é pichota!". Os miúdos são assim, são implacáveis e parvos!
Se acontecia terem nomes de senhores e de donas, ou seja, nomes que devem ser acompanhados por estes dois substantivos, havia gozo na mesma. Estou a falar por exemplo de Albino, Duarte, Engrácia, Arménio, Augusto, Armando, Porfírio, Adelaide, Sebastião, Beatriz, etc. É claro que se isto sucedesse em Trás-os-Montes, os nomes gozados seriam outros. Óbvio!
Entretanto o tempo mudou e passámos a achar vulgar nomes como Tomás, Tobias, Constança, Vicente, Beatriz, Afonso, Alice, Xavier ou Samuel. E continuo a dizer, tudo bem, até porque a onda do Marco (mas quem é que disse às pessoas que Marco é um nome português? Marco é tão português como Ivan. Em português diz-se Marcos, ok?), Sheila, Soraia, Igor (sim, eu tenho um primo que teve a brilhante ideia de por aos filhos, Cátia Vanessa e Igor Luís), Vanessa, Cátia, Carina, Fábio e afins já passou.
Eu não posso é deixar de alertar os pais, como é que eu hei-de dizer, assim, mais excêntricos, para pensarem bem, o quanto os vossos filhos serão gozados na escola e na rua, por causa do nome que vocês lhes atribuiram quando se dirigiram à Conservatória. Eu lembro-me de um caso extremo. Um dia fui fazer um exame à Escola da Cidade Universitária. Na altura em que a professora fez a chamada à porta da sala de aulas, gritou bem alto o nome de uma aluna:
- Gioconda Alexandra Gomes Pardal!
Logo, logo um grupo de gajos que estava sentado ali nas redondezas, vira-se para nós e diz em voz alta:
- Foda-se!!! Gioconda???? É pá, ó Gioconda, vira-te lá prá gente ver se és tão asquerosa como o teu nome.
Ela virou-se. E era mesmo.
Este post é dedicado a uma pessoa que vai dar à filha o nome de Caetana. Coitada da miúda....
Vamos lá então chamar os bois pelos nomes. A minha geração cresceu com colegas de turma e de brincadeiras de rua chamados: António - Tó, Toni, Topê (António Pedro), Tójó (António Jorge), Tómané (António Manuel), Tózé (António José); Carlos - Cajó (Carlos Jorge); João - Janeca; José - Zé, Zeca, Zétó (José António), Zémanel (José Manuel); Luís; Paulo; Pedro; Rui; Vítor, etc.
De vez em quando, lá aparecia um ou outro Alexandre (Alex), Diogo, Hugo, Gonçalo, Tiago, Fernando, Miguel, etc
Nas meninas, eram habituais: Ana (Nucha), (Nocas); Anabela; Carla; Cristina (Tina, Tininha, Tinocas); Isabel (Bela, Belinha); Maria João; Paula, Teresa; Sandra; Sofia; Susana, etc.
E claro, de vez em quando surgia uma Clara, Vera, Vanda, Fátima (Tucha), ou Margarida (Guida).
Até aqui tudo bem. Tudo o que fugia desta onda (é claro que me estou a esquecer de imensos nomes "vulgares"), podia calhar ser motivo de gozo. E nisso a miudagem é implacável. Por isso, quando apareceu lá na turma um gajo chamado Amadeu, foi certinho e direitinho que passámos a dizer: "- Ó Amadeu, abre o cu que lá vou eu!" e quando apareceu, vinda do Padre António Viera, a Carlota, foi também clarinho como água, em como não houve dia em que não dissemos: "Ó Carlota, tu queres é pichota!". Os miúdos são assim, são implacáveis e parvos!
Se acontecia terem nomes de senhores e de donas, ou seja, nomes que devem ser acompanhados por estes dois substantivos, havia gozo na mesma. Estou a falar por exemplo de Albino, Duarte, Engrácia, Arménio, Augusto, Armando, Porfírio, Adelaide, Sebastião, Beatriz, etc. É claro que se isto sucedesse em Trás-os-Montes, os nomes gozados seriam outros. Óbvio!
Entretanto o tempo mudou e passámos a achar vulgar nomes como Tomás, Tobias, Constança, Vicente, Beatriz, Afonso, Alice, Xavier ou Samuel. E continuo a dizer, tudo bem, até porque a onda do Marco (mas quem é que disse às pessoas que Marco é um nome português? Marco é tão português como Ivan. Em português diz-se Marcos, ok?), Sheila, Soraia, Igor (sim, eu tenho um primo que teve a brilhante ideia de por aos filhos, Cátia Vanessa e Igor Luís), Vanessa, Cátia, Carina, Fábio e afins já passou.
Eu não posso é deixar de alertar os pais, como é que eu hei-de dizer, assim, mais excêntricos, para pensarem bem, o quanto os vossos filhos serão gozados na escola e na rua, por causa do nome que vocês lhes atribuiram quando se dirigiram à Conservatória. Eu lembro-me de um caso extremo. Um dia fui fazer um exame à Escola da Cidade Universitária. Na altura em que a professora fez a chamada à porta da sala de aulas, gritou bem alto o nome de uma aluna:
- Gioconda Alexandra Gomes Pardal!
Logo, logo um grupo de gajos que estava sentado ali nas redondezas, vira-se para nós e diz em voz alta:
- Foda-se!!! Gioconda???? É pá, ó Gioconda, vira-te lá prá gente ver se és tão asquerosa como o teu nome.
Ela virou-se. E era mesmo.
Este post é dedicado a uma pessoa que vai dar à filha o nome de Caetana. Coitada da miúda....
10 comentários:
LOLOLOL
Este post está demais!
Concordo contigo, mais uma vez!
Beijinhos
Caetana é lindo, desculpa lá...
Acho que vou ter uma conversinha com o M.
Ehehehehe
Só tu, 'migo, para me fazeres rir!!!
Olha lá, e Caetana é muito giro! Eu gosto! (ai que já me estás a dar ideias...)
Vocês, homens, é que são uns cocós com os nomes...
confesso que penso como tu... ahahahhahah
Confesso que também não sou muito adepta do Caetana. :)
Bom, então é melhor nem te dizer os nomes que gostava de dar se um dia tiver uma menina... ficamos por aqui :)) é melhor :))
Jinhos gordos
Claudia Carrascal
Até gosto do nome. Mas já consigo ouvir os miúdos a gritar "Ó Caetana abre a pestana!!"
miúdo que é miúdo consegue gozar com os colegas seja lá pelo que for!! Mas o alerta não deixa de fazer sentido: "Caetana, és uma banana"
Não resisto a corrigir a Márcia ;o)
«Caetana, és uma bacana!» eheheh
Eu curto Caetana!!!
Mas é como diz Márcia, se é para gozar estes miudos arranjam sempre maneira!!!!
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