sexta-feira, abril 09, 2010

eu que me comovo por tudo e por nada, há bocadinho comovi-me, foda-se!

há coisa de um ano, entro no wc lá do sítio onde faço ginástica e, encostado ao urinol, está um dos meus companheiros de boxe.


- estás bem, ricky?
- tudo....
- já não te via há um tempaço...
- é verdade...
- ainda te devo desejar um bom ano? a partir de que altura deixa de fazer sentido desejar «bom ano»? a 20 de janeiro? a 25? quando começa o fevereiro? repara que, por estarmos aqui «a sacudi-la», nem sequer um abraço sincero podemos dar.
- realmente.
(rimos os dois)
- estás a ver, tu que és actor e essas coisas dos palcos e tal, como podes verificar, a vida real tem muito mais piada que a ficção que representas, não é?
(voltámos a rir)
(lavámos as mãos e lá demos um abraço, e eu desejei mesmo um bom ano)


lembrei-me deste acontecimento casadebanho-social porque vi, quase sem querer, um punhado de fotografias que me comoveram até ao tutano. não são obras de arte, não têm bom enquandramento, não são nada por aí além. mas, no meio de de todos os livros, filmes, posts em blogs e afins que lemos sobre histórias de vida e de amor (principalmente de amor, porra!), é precisamente na vida real que a coisa tem mais sabor.


e tem mesmo!

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