quando há cerca de 20 anos o david bowie veio dar o seu primeiro concerto em portugal decidiu - como já tinha sucedido com os restantes concertos da sua tourneé - deixar ao gosto dos espectadores as escolhas das músicas que iria cantar. tinha um grupo dumas 30 ou 40 canções e dentre essas, por votação na rádio ou lá o que foi, o povo dizia «quero esta, quero aquela» e não se pode dizer que as coisas sairam defraudadas.
dir-me-ão que o david bowie já estava velho e mais não sei o quê e que por isso, já tinha que fazer render a coisa para conseguir encher o estádio.
amanhã, os depeche mode vêm cá fazer o seu terceiro bailarico mas, ao contrário do bowie, tocam realmente o que lhes vai na bolha sem darem cavaco a mais ninguém.
ora, eu bem sei que isto não é propriamente o «quando o telefone toca» com o fabuloso patrocínio das lojas frineve, mas ainda assim, há coisas que não consigo compreender.
aceitar-se-ia, uma vez que lançaram um disco há pouco tempo, que a coisa fosse ali bem batida no songs of the universe, quer o povo gostasse quer não gostasse. tudo bem, nada contra. o que eu não entendo é como é que então, das 21 canções da setlist, apenas 4 (porreiro!) são deste disco e deixam coisas tão, mas tão, mas tão boas e imaculadas como o peace ou o jezebel. não entendo, confesso.
mais, o meu espanto é acentuado porque o peace é mesmo single deste disco.
(bom adiante.)
volto a não compreender a inclusão do fly on the windscreen. se há mistério que eu não compreendo - a par, talvez, da contratação do secretário pelo real madrid - é a habitaul inclusão desta canção nos inúmeros concertos destes gajos. a gravidade acentua-se quando se verifica que, por exemplo, ao longo de todas as tours que já fizeram, já foi tocada mais vezes que o people are people, o freelove, o see you, o the things you said, o judas ou, credo, o question of lust. pergunto, alguém me consegue identificar 5 pessoas que me digam «ihhh, vão tocar o fly, ganda ventarola!» conseguem? pois, suponho que não.
dressed in black no regresso do encore. mas que merda é esta? estamos a brincar com a tropa?
nos regressos do encore, tocaram nesta tour: a question of lust, somebody ou o shake the desease, isto só para falar nos últimos 10/15 concertos. pergunto, porque caralho decidiram nos últimos quatro mexer onde realmente não deveriam mexer? se a ideia - já tínhamos entendido - era colocar alguma coisa cantada pelo martin gore, caramba, então que deixassem ficar o anódino somebody (já não a consigo ouvir, confesso. peço perdão se ofendo alguém.), agora o dressed in black?
dou de barato as outras escolhas. há quem goste de umas, há quem goste de outras, é normal. infelizmente, nem todos pensam como o rick astley que disse acerca do here and now «é um concerto onde só cantamos coisas que as pessoas gostam. não vamos buscar fundos de catálogo obscuros e festinhas ao ego. é divertir e dançar», por isso, temos pena, mas coisas sagradas como o strangelove, o strangelove ou o strangelove, lamentamos mas têm que ir à loja ali ao lado.
mas tudo bem, aceito. agora não peçam é para ficar indiferente ao facto de terem retirado do final do concerto - mas quem é que decide estas coisas? - o waiting for the night, que faria aquele momento de calmaria antes de sairmos em direcção ao senhor das castanhas que está ali por volta da escultura do daciano.
mas...
mas, a minha querida karla é que disse a coisa mais importante acerca dos depeche mode: «se eles não viessem era bem pior.». isto é uma bela e reflectida verdade. principalmente com estes gajos que no espaço de 3 anos já cancelaram 2 concertos na nossa terra.
e por isso, sim, por isso eu tenho é que me deixar de merdas e agradecer aos santinhos o facto de em quase 15 anos ter oportunidade de pela terceira vez ver estes malandros.
eu não sou fã desde o início. gostávamos deles - do see you, claro - como quem gostava, sei lá, do non-stop erotic cabaret. para nós era igual. a coisa comigo desenvolve-se, bem no fim dos oitentas, empurrado, claro, pelo music for the masses e, obviamente, pelo 101. daí para a frente a coisa foi sempre a abrir. e merecem.
não teremos os subvalorizados dada (meu deus, mas para quando um concerto qualquer, mesmo que num reles bar da praia de carcavelos?), não teremos os the bravery mas, teremos oportunidade de ir ao bar sacar uns traçadinhos quando o gomo estiver a fazer das suas.
eu estou para aqui a baldar umas postas de pescada mas é irritação de momento. eu sei é que amanhã, sim, amanhã vou ficar que nem um puto, ali aos saltos, a assistir aos malabarismos daquele que eu considero o melhor frontman do mundo (sim, eu sei que o jagger ainda está - e bem - no activo). e se dúvidas houver, tomem atenção ao que ele fizer no question of time, no enjoy de silence, naquele momento «music, literalmente, for the masses» que é o never let me down again, e, obviamente, quando já de tronco nú, estiver à beira do palco, com a mão em concha atrás do coirato esquerdo, apontando o microfone para o povo com a mão direita a puxar a malta a gritar riiiiiiiiiiiiitxautentâtxfaid!
por isso, como ele já não anda de 501 brancas, justinhas, para espevitar a bilha, como tamém eu não tenho barriga para poder ir de tronco nu e um mero colete à lá empregado do nicola, terei mesmo que arrancar, assim, à bruta, os botões dos punhos da minha camisa preta e bazar para o pavilhão depois de duas sandes de leitão da meta, para então armar-me em dave, ali durante o período exciter tour com as mangas da camisa desfraldadas sore as mãos.
In Chains
Wrong
Hole To Feed
Walking In My Shoes
A Question Of Time
Precious
World In My Eyes
Fly On The Windscreen
Sister Of Night (sung by Martin)
Home
Miles Away / The Truth Is
Policy Of Truth
It's No Good
In Your Room
I Feel You
Enjoy The Silence
Never Let Me Down Again
Dressed In Black
Stripped
Behind The Wheel
Personal Jesus
esta, bem sei, não irão tocar, mas dava um final e pêras, não era? bom, alguém que tenha conhecimentos que me faça o favor de chegar aos senhores este humilde e sério pedido.
dir-me-ão que o david bowie já estava velho e mais não sei o quê e que por isso, já tinha que fazer render a coisa para conseguir encher o estádio.
amanhã, os depeche mode vêm cá fazer o seu terceiro bailarico mas, ao contrário do bowie, tocam realmente o que lhes vai na bolha sem darem cavaco a mais ninguém.
ora, eu bem sei que isto não é propriamente o «quando o telefone toca» com o fabuloso patrocínio das lojas frineve, mas ainda assim, há coisas que não consigo compreender.
aceitar-se-ia, uma vez que lançaram um disco há pouco tempo, que a coisa fosse ali bem batida no songs of the universe, quer o povo gostasse quer não gostasse. tudo bem, nada contra. o que eu não entendo é como é que então, das 21 canções da setlist, apenas 4 (porreiro!) são deste disco e deixam coisas tão, mas tão, mas tão boas e imaculadas como o peace ou o jezebel. não entendo, confesso.
mais, o meu espanto é acentuado porque o peace é mesmo single deste disco.
(bom adiante.)
volto a não compreender a inclusão do fly on the windscreen. se há mistério que eu não compreendo - a par, talvez, da contratação do secretário pelo real madrid - é a habitaul inclusão desta canção nos inúmeros concertos destes gajos. a gravidade acentua-se quando se verifica que, por exemplo, ao longo de todas as tours que já fizeram, já foi tocada mais vezes que o people are people, o freelove, o see you, o the things you said, o judas ou, credo, o question of lust. pergunto, alguém me consegue identificar 5 pessoas que me digam «ihhh, vão tocar o fly, ganda ventarola!» conseguem? pois, suponho que não.
dressed in black no regresso do encore. mas que merda é esta? estamos a brincar com a tropa?
nos regressos do encore, tocaram nesta tour: a question of lust, somebody ou o shake the desease, isto só para falar nos últimos 10/15 concertos. pergunto, porque caralho decidiram nos últimos quatro mexer onde realmente não deveriam mexer? se a ideia - já tínhamos entendido - era colocar alguma coisa cantada pelo martin gore, caramba, então que deixassem ficar o anódino somebody (já não a consigo ouvir, confesso. peço perdão se ofendo alguém.), agora o dressed in black?
dou de barato as outras escolhas. há quem goste de umas, há quem goste de outras, é normal. infelizmente, nem todos pensam como o rick astley que disse acerca do here and now «é um concerto onde só cantamos coisas que as pessoas gostam. não vamos buscar fundos de catálogo obscuros e festinhas ao ego. é divertir e dançar», por isso, temos pena, mas coisas sagradas como o strangelove, o strangelove ou o strangelove, lamentamos mas têm que ir à loja ali ao lado.
mas tudo bem, aceito. agora não peçam é para ficar indiferente ao facto de terem retirado do final do concerto - mas quem é que decide estas coisas? - o waiting for the night, que faria aquele momento de calmaria antes de sairmos em direcção ao senhor das castanhas que está ali por volta da escultura do daciano.
mas...
mas, a minha querida karla é que disse a coisa mais importante acerca dos depeche mode: «se eles não viessem era bem pior.». isto é uma bela e reflectida verdade. principalmente com estes gajos que no espaço de 3 anos já cancelaram 2 concertos na nossa terra.
e por isso, sim, por isso eu tenho é que me deixar de merdas e agradecer aos santinhos o facto de em quase 15 anos ter oportunidade de pela terceira vez ver estes malandros.
eu não sou fã desde o início. gostávamos deles - do see you, claro - como quem gostava, sei lá, do non-stop erotic cabaret. para nós era igual. a coisa comigo desenvolve-se, bem no fim dos oitentas, empurrado, claro, pelo music for the masses e, obviamente, pelo 101. daí para a frente a coisa foi sempre a abrir. e merecem.
não teremos os subvalorizados dada (meu deus, mas para quando um concerto qualquer, mesmo que num reles bar da praia de carcavelos?), não teremos os the bravery mas, teremos oportunidade de ir ao bar sacar uns traçadinhos quando o gomo estiver a fazer das suas.
eu estou para aqui a baldar umas postas de pescada mas é irritação de momento. eu sei é que amanhã, sim, amanhã vou ficar que nem um puto, ali aos saltos, a assistir aos malabarismos daquele que eu considero o melhor frontman do mundo (sim, eu sei que o jagger ainda está - e bem - no activo). e se dúvidas houver, tomem atenção ao que ele fizer no question of time, no enjoy de silence, naquele momento «music, literalmente, for the masses» que é o never let me down again, e, obviamente, quando já de tronco nú, estiver à beira do palco, com a mão em concha atrás do coirato esquerdo, apontando o microfone para o povo com a mão direita a puxar a malta a gritar riiiiiiiiiiiiitxautentâtxfaid!
por isso, como ele já não anda de 501 brancas, justinhas, para espevitar a bilha, como tamém eu não tenho barriga para poder ir de tronco nu e um mero colete à lá empregado do nicola, terei mesmo que arrancar, assim, à bruta, os botões dos punhos da minha camisa preta e bazar para o pavilhão depois de duas sandes de leitão da meta, para então armar-me em dave, ali durante o período exciter tour com as mangas da camisa desfraldadas sore as mãos.
In Chains
Wrong
Hole To Feed
Walking In My Shoes
A Question Of Time
Precious
World In My Eyes
Fly On The Windscreen
Sister Of Night (sung by Martin)
Home
Miles Away / The Truth Is
Policy Of Truth
It's No Good
In Your Room
I Feel You
Enjoy The Silence
Never Let Me Down Again
Dressed In Black
Stripped
Behind The Wheel
Personal Jesus
esta, bem sei, não irão tocar, mas dava um final e pêras, não era? bom, alguém que tenha conhecimentos que me faça o favor de chegar aos senhores este humilde e sério pedido.
1 comentário:
eu não tenho conhecimentos mas reitero o pedido...
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