terça-feira, janeiro 17, 2012

atenção que eu escrevi a palavra sorte mas pu-la entre aspas, ok?

o tempo que tenho vivido precaveu-me e tornou-me prudente em relação a actos jornalísticos. é um facto que raramente acredito e poucas vezes dou importância a notícias. ora, para uma pessoa que há bem pouco tempo não resistia em carregar para casa um qualquer molho de jornais ou revistas velhos arrumados numa porta de escada qualquer, para os degustar no calor (ou frio, conforma a estação) do lar, é um choque do camandro.

reportagens então, lá está, levo-as tão a sério como um prognóstico dum jogo do benfas vaticinado pelo jorge máximo.

ainda assim, mesmo que não houvesse nenhuma reportagem, só o facto de haver crianças que são devolvidas à procedência tempos depois de serem adoptadas, é algo que me arrepia.

e agora, caramba, era menino para estar aqui a desenvolver um texto com quatro ou cinco linguados bem esgalhados onde malhava nesses pais cruéis e toda a gente abanaria a cabeça, concordando com toda ou qualquer sentença que eu aqui espetaria.


enfim... nunca falei com nenhum desses pais devolvedores e por isso não sei como é que hei-de assimilar essa questão.

mas...


... mas estava a ver trechos da reportagem e... e do que me lembrei foi dos que têm (ou tiveram) pais mas que não tiveram «a sorte» de serem devolvidos a uma outra qualquer procedência. é que esses... (não, não vou dizer nada)

é a vida...

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