segunda-feira, setembro 12, 2011

i close my eyes under the big koss headphones,.. you know... this big..



Se eu cantasse, se eu fizesse letras, se eu compusesse música, se eu gostasse de gajas (espera, isso já eu faço.), se eu um dia fosse convidado pela éme ti vi para fazer um anplâgue de, era este moço que eu gostaria de convidar para comigo cantar, era esta a canção que eu cantaria e a conversa que se tem antes de as canções começarem seria precisamente com este tom ou com estas palavras. porém, não seriam uns big koss headphones mas uns mais modestos onkyo, que pertenciam (e pertencem!) ao senhor diniz jaime e cujos fios dos alto-falantes foram soldados, seguramente, mais de 34 vezes.

(um dia, nos arrabaldes de fontanelas, ao conversar com o paulie short sobre música - what else? - perguntava-me ele se eu me lembrava duma pausa no dedilhar da guitarra do knopfler, durante aqueles volteios iniciais do going home do local hero e que provoca um yeahhhhhhh do povo. eu disse-lhe que sim, alicerçado na certeza de horas e horas de audição daquele disco, mormente (eh pá, eu acho que nunca tinha usado mormente neste blog. tu queres ver que me erudi?) durante as férias transmontanas de 1985. informa-me então o paulie, que esse yeahhhh acontece provocado por um gesto que o mark faz com o polegar no nariz, enquanto agita as falanges numa dança de nha nha nhanha nhanha. e então faço um «ahhhhhh, está giro» e faço um «ahhhhhh, está giro», precisamente porque estava mesmo giro. porque é daquelas coisas que passamos anos a ouvir nos alto-falantes mas que, apesar de imaginarmos o que se estará passado no pav atlântico da vida, onde a coisa terá sido gravada, nunca temos a certeza de como realmente se passou (que cores as luzes tinham. se o pavilhão era grande ou pequeno. se a coisa estava cheia. se o guitarrista estava a beber água durante aquele feedback. etc.). 

este clip que mostro hoje foi também dos tais que imaginei, dezenas e dezenas de vezes, como terá acontecido: em que parte é que ele entra? que iluminação tinha a sala? estaria ela a fazer gestos com as mãos enquanto falava? que gestos estava ela a fazer? etc. e por outro lado também fico com medo das altas expectativas que eu crio com estes coisas ao vivo.


ainda assim, bolas, adorava que existisse em vídeo, duas ou três conversas que o bruce frederico tem (é mentira, são seguramente umas 10 conversas!) e que me alimentaram sob os tais big koss headphones. perdão, big onkyo headphones. 

aquela durante o growing up do roxy onde ele diz aquela coisa «and so, you guys, one of you wanted a lawyer, and the other one wanted an author. well, tonight, you are both just going to have to settle for rock ‘n roll… » ao som do piano do bittan; o «do you think this is a free ride?» do raise your hand, também do roxy...)

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