quarta-feira, outubro 07, 2009

banhinho


a minha ignorância, provincianismo, distracção e brejeirice é por demais conhecida dentre as pessoas que (coitadas) me estão mais próximas.

recordo, acerca do assunto que falarei a seguir (equipamento de casa de banho), que, apenas quando fiz as primeiras obras na casa onde fui morar há uns anos, percebi que existem diversos tipos (diferentes, atenção) de toalheiros, os quais, claro, eram devidamente escolhidos pelos proprietários. resumindo, julgava que o maçon que andava lá com o trolha a fazer as obras, deslocava-se à estância mais próxima e dizia:

- ó américo, ontem o teu palmense levou na pá do camarate, hein?
- não gozes, meu cabrão, andam a jogar com os júniores. já ninguém quer treinar. que queres da loja?
- avia-me aí umas merdas para pendurar toalhas e papel higiénico.

pronto, era assim.

fiz, entretanto, outras obras noutra casa e aí já estava um niquinho avançado na coisa (não muito, claro).

sexta-feira vou dormir a casa dum amigo. irmão velho, gente da minha criação, casa nova, tudo bonitinho, bem decorado e tal... casa à facho com uma prateleirinha sob o lavatório com toalhas para os convidados e tudo. numa palavra: níbel.

entro no duche (odeio banheiras) e estou, seguramente, uns 37 segundos para descobrir como raio se abria a puta da torneira. esperto como sou, lá descobri a coisa. banhinho quentinho, aquele ritual do gel na mão, a volta saloia pela colhoeira, sovaco e bilha. a atenção redobrada nos coiratos, o pezinho já a cheirar bem e tal.... um mimo!

e após a ronha da água quentinha, já a aproximar-se a hora em que previa um esperado grito do dono da casa «ó seu paneleirão, julga que isto é o balneário de chelas? gasta-me a água toda! toca a despachar, foda-se!», sucede aquilo que muitas pessoas assimilarão como uma disfunção patológica mas que eu, no meu espírito jovial (deves!), lhe chamo «deu-lhe o amoque!».

é que eu posso ter levado 37 segundo a descobrir como se abria a água. mas, que raio, descobri não é? porém, percebemos que a idade nos deixa num caco, quando queremos, depois, fechar a circulação da água e voltamos a demorar mais uns bons 30 segundos porque entretanto nos esquecemos de como a abrimos e por isso não sabemos como havemos de a fechar.

(nem me digam mais nada, por favor! são modernices, pá!)

2 comentários:

Gonçalves disse...

Um gajo vai para a idade e pronto, não há mais nada a dizer.

Ana disse...

AHAHAHAHAHAHAHA :)