Já não é a primeira vez que venho aqui falar na liberdade de expressão que deve sempre nortear esta gaita dos blogs. Ainda não foi há muitos anos que terminou o tempo em que andavam uns senhores a foder a cabeça (e outras partes) a outras pessoas, lá para os lados da Rua António Maria Cardoso (e não só por ali) e por isso é com imenso prazer que escrevo aqui no meu blog. Mais, escrevo sobre aquilo que me apetece, sobre aquilo que não me apetece, escrevo bem - raras vezes -, escrevo mal - muitas vezes-, escrevo coisas parvas e estúpidas - a maior parte das vezes -, nem sempre tenho razão - alguma vez tive? -, mas pronto, como eu muito bem coloquei ali no meu frontispício, este blog é daquilo que me vier à cabeça.
Disse também num outro sítio, que também tenho as minhas censuras. Não digo mal da minha mãe, do meu pai, da minha mulher e da minha filha. Agora não me peçam é que deixe de ser sarcástico com estas pessoas que atrás mencionei. Por isso, todas as outras pessoas apanham por tabela quando têm de apanhar (sim, estou a exagerar).
Estou a fazer esta introdução toda supimpa, chata e aborrecida, porque quero falar sobre o fecho de alguns blogs e não sei como é que hei-de começar. Então ando aqui às voltas, às voltas, às voltas....
Quando deparo com um blog que me agrada, a primeira coisa que eu faço é ir ao primeiro post. Ao primeirinho de todos. Gosto de saber como é que as coisas começam. Gosto de saber que propósitos é que levam as pessoas a começar a escrever (nem sempre está lá escrito, é certo). Depois leio o quarto post. Acho que a partir desse é que a coisa começa a encarrilar. Os segundo e terceiros posts, normalmente já estão previamente pensados, daí para a frente é que a coisa começa a doer (dói principalmente a nós, nos casos em que as pessoas escrevem mal).
Por isso, quando vejo pessoas que acabam blogs, assim, aparentemente sem mais nem menos, fico logo triste. E, quando é possivel, vou ler como é que começou. E gosto sempre de saber o que raio está por detrás desses gestos, dessas vontades. Vejo que umas pessoas simplesmente se cansam, outras decidem mudar de ares, outras pura e simplesmente deixam de poder postar.
Mas quando o encerramente é devido a factores exógenos ao seu autor, fico sempre de pé atrás. Mas porque raio é que as pessoas se marimbam tanto para a merda da opinião dos outros e não escrevem o que, e quando lhes der na Real Gana (em maísuculas de propósito, ok?)?
Os comentários nos blogs são da coisa mais perversa que existe. Fazem-me lembrar quando apareceram os telemóveis: às tantas todas as pessoas faziam chamadas de telemóveis, simplesmente porque era giro. Depois vieram os mails: mandavam-se mails (e mandam-se!) por tudo e por nada. Mais tarde foi com o Messenger: entra-se em contacto com as outras pessoas, simplesmente porque..... sim. Porque sim, imagine-se! Agora é com os comentários dos blogs. Já não se comenta porque há vontade de comentar. Chega-se ao cúmulo de se "comentar" só para dizer: "pois pois, tens razão", "vai em frente", "iá, é isso mesmo", "isso, comigo acontece o mesmo", etc.. (provavelmente não consegui aqui exprimir o tipo de comentários que acho risíveis, mas penso que entendem o que eu quis dizer). Isso para mim, não é comentar. Eu gosto de comentários que servem, como a própria palavra indica, para criticar, para analisar o que se escreveu, para se mandar uma boca, para dizer que não temos razão, para dizer que "sim senhor, não tinha pensado nisso", para dizer que somos uns parvos e que temos ideias parvas como a do post em questão, para dizer que nos rimos e que achámos piada, para dizer mal, para dizer bem. Felizmente, neste caso, a minha pouca audiência nunca me trouxe muitos comentários. Contudo, a minha ingenuidade, nunca me levou a perceber que há uma espécie de rede de comentadores e comentados superior à de blogers. Ou seja, há pessoas que se pelam por comentar, há pessoas que se pelam por ter a caixa de comentários bem cheia e, imagine-se, há pessoas que se zangam por não terem comentários quando a vizinha do lado está cheia deles. Mais, há pessoas que se zangam, se a vizinha do lado fez um comentário na vizinha da rua de cima e não fez na sua própria casa. E eu nunca pensei que isto existisse. E eu sou tãããão naif.
Por isso, quando também sei que há pessoas que fecham blogs também porque não estão com paciência para esta Máfia dos Comentadores, eu fico chateado, mas tenho de aceitar, caneco!
Outra coisa diferente: eu faço parte de alguns "clubes do bolinha" de bloggers que me deixam ler os seus blogs. E gosto. E agradeço. Mas não os entendo. Apesar do que escrevi nos looooooongos parágrafos aqui atrás, aceito-os mas não os entendo. Sempre me fez impressão os concertos para 20 pessoas. Eu aceito que um gajo toque umas guitarradas para uns amigos numa roda com cervejolas e tal. Mas juro que me faz alguma impressão, dizerem que aquilo é um concerto para o público geral, mas só com 20 pessoas. Com certos blogs, acontece-me o mesmo. Apesar de, repito, ficar lisonjeadíssimo com esse previlégio. (não me vão riscar do mapa, pois não?). É assim tão diferente ser lido por 20 ou por 500? Ser ouvido ainda vá que não vá, mas ser lido?
Afinal este post serve para quê? Pois, para pouca coisa. Eu só quis dizer que me faz impressão que as pessoas liguem tanto aos comments que recebem e aos que têm, ou melhor, que sentem necessidade de fazer. Eu noutro dia por ter escrito que passava a ferro, recebi um comment a dizer que se tinham apaixonado por mim (eu sei que estavam a brincar) - que eu agradeço, mas lembro que a loja já está ocupada - e um outro a dizer que o meu blog era - e estou a dizer de cor - profundamente maxista. A pergunta que eu faço é a seguinte (podem comentar, se quiserem) eu devo aceitar a paixão declarada ou devo-me sentir maxista? Já agora, ser maxista tem a ver com o inspector max ou tem a ver com o facto deste blog ser o máximo?
Disse também num outro sítio, que também tenho as minhas censuras. Não digo mal da minha mãe, do meu pai, da minha mulher e da minha filha. Agora não me peçam é que deixe de ser sarcástico com estas pessoas que atrás mencionei. Por isso, todas as outras pessoas apanham por tabela quando têm de apanhar (sim, estou a exagerar).
Estou a fazer esta introdução toda supimpa, chata e aborrecida, porque quero falar sobre o fecho de alguns blogs e não sei como é que hei-de começar. Então ando aqui às voltas, às voltas, às voltas....
Quando deparo com um blog que me agrada, a primeira coisa que eu faço é ir ao primeiro post. Ao primeirinho de todos. Gosto de saber como é que as coisas começam. Gosto de saber que propósitos é que levam as pessoas a começar a escrever (nem sempre está lá escrito, é certo). Depois leio o quarto post. Acho que a partir desse é que a coisa começa a encarrilar. Os segundo e terceiros posts, normalmente já estão previamente pensados, daí para a frente é que a coisa começa a doer (dói principalmente a nós, nos casos em que as pessoas escrevem mal).
Por isso, quando vejo pessoas que acabam blogs, assim, aparentemente sem mais nem menos, fico logo triste. E, quando é possivel, vou ler como é que começou. E gosto sempre de saber o que raio está por detrás desses gestos, dessas vontades. Vejo que umas pessoas simplesmente se cansam, outras decidem mudar de ares, outras pura e simplesmente deixam de poder postar.
Mas quando o encerramente é devido a factores exógenos ao seu autor, fico sempre de pé atrás. Mas porque raio é que as pessoas se marimbam tanto para a merda da opinião dos outros e não escrevem o que, e quando lhes der na Real Gana (em maísuculas de propósito, ok?)?
Os comentários nos blogs são da coisa mais perversa que existe. Fazem-me lembrar quando apareceram os telemóveis: às tantas todas as pessoas faziam chamadas de telemóveis, simplesmente porque era giro. Depois vieram os mails: mandavam-se mails (e mandam-se!) por tudo e por nada. Mais tarde foi com o Messenger: entra-se em contacto com as outras pessoas, simplesmente porque..... sim. Porque sim, imagine-se! Agora é com os comentários dos blogs. Já não se comenta porque há vontade de comentar. Chega-se ao cúmulo de se "comentar" só para dizer: "pois pois, tens razão", "vai em frente", "iá, é isso mesmo", "isso, comigo acontece o mesmo", etc.. (provavelmente não consegui aqui exprimir o tipo de comentários que acho risíveis, mas penso que entendem o que eu quis dizer). Isso para mim, não é comentar. Eu gosto de comentários que servem, como a própria palavra indica, para criticar, para analisar o que se escreveu, para se mandar uma boca, para dizer que não temos razão, para dizer que "sim senhor, não tinha pensado nisso", para dizer que somos uns parvos e que temos ideias parvas como a do post em questão, para dizer que nos rimos e que achámos piada, para dizer mal, para dizer bem. Felizmente, neste caso, a minha pouca audiência nunca me trouxe muitos comentários. Contudo, a minha ingenuidade, nunca me levou a perceber que há uma espécie de rede de comentadores e comentados superior à de blogers. Ou seja, há pessoas que se pelam por comentar, há pessoas que se pelam por ter a caixa de comentários bem cheia e, imagine-se, há pessoas que se zangam por não terem comentários quando a vizinha do lado está cheia deles. Mais, há pessoas que se zangam, se a vizinha do lado fez um comentário na vizinha da rua de cima e não fez na sua própria casa. E eu nunca pensei que isto existisse. E eu sou tãããão naif.
Por isso, quando também sei que há pessoas que fecham blogs também porque não estão com paciência para esta Máfia dos Comentadores, eu fico chateado, mas tenho de aceitar, caneco!
Outra coisa diferente: eu faço parte de alguns "clubes do bolinha" de bloggers que me deixam ler os seus blogs. E gosto. E agradeço. Mas não os entendo. Apesar do que escrevi nos looooooongos parágrafos aqui atrás, aceito-os mas não os entendo. Sempre me fez impressão os concertos para 20 pessoas. Eu aceito que um gajo toque umas guitarradas para uns amigos numa roda com cervejolas e tal. Mas juro que me faz alguma impressão, dizerem que aquilo é um concerto para o público geral, mas só com 20 pessoas. Com certos blogs, acontece-me o mesmo. Apesar de, repito, ficar lisonjeadíssimo com esse previlégio. (não me vão riscar do mapa, pois não?). É assim tão diferente ser lido por 20 ou por 500? Ser ouvido ainda vá que não vá, mas ser lido?
Afinal este post serve para quê? Pois, para pouca coisa. Eu só quis dizer que me faz impressão que as pessoas liguem tanto aos comments que recebem e aos que têm, ou melhor, que sentem necessidade de fazer. Eu noutro dia por ter escrito que passava a ferro, recebi um comment a dizer que se tinham apaixonado por mim (eu sei que estavam a brincar) - que eu agradeço, mas lembro que a loja já está ocupada - e um outro a dizer que o meu blog era - e estou a dizer de cor - profundamente maxista. A pergunta que eu faço é a seguinte (podem comentar, se quiserem) eu devo aceitar a paixão declarada ou devo-me sentir maxista? Já agora, ser maxista tem a ver com o inspector max ou tem a ver com o facto deste blog ser o máximo?
18 comentários:
Ahahahahahaahahahahahahah!
(para a última pergunta e também para o resto, mas menos um bocadinho)
Dos comentários já falei no meu tasco fechado, acho que pensamos da mesma maneira.
Em relação aos motivos porque se fecham blogues, acho que se resume a isto: os blogues só se escrevem enquanto houver vontade e prazer nisso. E ponto.
Pode haver muitos motivos que nos tirem a vontade ou o prazer, ou as duas coisas.
Não sei se fecharia um blogue por causa de não gostar dos comentários, acho que não.
(Era o que faltava!)
Mas compreendo quem o faça por causa disso.
Quanto aos blogues fechados, eu acho que isso não existe. Estamos a falar de internet, verdade?
Confessa: o que querias mesmo era que eu e a Xana voltássemos...
Quanto ao encerro tão só e somente por causa de comentários, penso que isso não existe. Há sempre um conjunto maior e mais complexo de razões...
E segue assim, sempre firme, frontal, sincero, honesto, aberto, e, como tu dizes «não parvo e mal educado». ;o)
Machista = Maxista = Max = Mula da Cooperativa = Burro = Grande Pila = Badalo = Sino = Igreja = Deus = Omnipresente = Kéfrô = Rosa = Jardim = Erva = Charro = Moca = Bom.
Dizer «o blog é machista» é o mesmo que afirmar que «o blog é bom». Está explicado.
"Vai em frente Pedro" , "É isso mesmo", "Pois, pois tens razão"
Sinceramente? Eu acho que as pessoas fecham blogs porque às tantas verificam (acham?) que se expõem demasiado. Sei lá, eu já tive um blog, postei meia dúzia de palavras, deixei de postar, fiz outro blog, voltei ao primeiro... (ufa!) Para mim, principalmente, a ideia que tive ao fazer (é assim que se diz?) um blog foi ter uma espécie de diário, para mim e para os meus eventuais-futuros-descendentes. Afinal se calhar não tenho tanta coisa interessante para dizer ou então nem sempre me lembro de escrever. Mas também muitas vezes estou práqui a escrever e chego a nomes e páro, chego a sítios e páro... Porque não quero expôr ninguém, quanto muito eu, mas as outras pessoas que fazem parte da minha vida podem não se querer "ver" na net, aos olhos de, virtualmente, todo o mundo.
E acho que é isto (deu para perceber alguma coisa?) que faz com que algumas pessoas fechem blogs. Se calhar de início não se apercebem bem que toda e qualquer pessoa pode eventualmente ler os seus blogs... E eu também não gosto de ver certas coisas expostas: não ponho fotografias (minhas nem de familiares ou amigos) em qualquer local da net, acho... estranho! Não escrevo nada que me possa identificar. Podes-me chamar maníaca (e sou um bocado), com mania da perseguição (também mas menos) mas... acho que demasiada exposição não é positivo, principalmente quando envolve crianças...
Cumprimentos e parabéns pelo teu blog, gosto muito!
então mas acabou agorinha no post de dizer que comentarios "sim sra, corcordo", que não lhe dizem nada...e agora que alguem disse algo que não gostou (maxista), não aceita???(afinal, em que ficamos ....???)
Bem, escrevo para dizer que acho que muita gente fecha os blogues, porque vêm a sua privacidade comprometida...
Os blogues que foram ultimamente fechados (e que sabemos quais saõ), acho que foi essa a razão principal, não me venham com conversas, mas receber comentarios... elas até gostam ,nem que sejam aqueles que só digam sim sra, concordo.
outra coisa...Adoro o pipaterra...tem um humor fantástico.
Ana
ups... lá foi outro erro ...machista.
Eu só comento para te achincalhar. E o bar do justo? Perdeu o alvará?Cumpts.
[Se calhar era axincalhar]
Olha, vou ser sincera ... eu às vezes não gosto do que escreves (ou será da forma como escreves) ... mas outras vezes ... :o))))
LOL
Eu achei o texto, todo ele, supimpa. Não foi só a introdução! :D
olha, eu meti o letreiro do "encerrado para obras" no meu porque preciso de pensar. serve?
é que, sabes, o meu blog tem muito de mim e vai daí olha... não me apetece...!
mas olha... vai em frente! e, como diz ali uma das vizinhas de cima (ou será de baixo?), "concordo com tudo o que DISSES-TE"... ou será "concor-do c-om tu-do o q-ue disses-te"?
Enfim... há pessoas que simplesmente de escrever... outras que ligam demasiado aos que os outros escrevem nos comentários... e outros que simplesmente encerram, por questões alheias ao nosso conhecimento...
Machista??? Isso já não existe... existe sim um núcleo de homens, ainda, que se julgam superiores ao feminino... nada de anormal...
Tu... acho que não és machista... bem pelo contrário... (um homem que passa a ferro em casa não pode, e não é concerteza machista)...
Tens sim, um sentido de humor que por vezes não é compreendido (loiras)...
Desejo-te tudo de bom... e deixa que te diga... adoro o blog da tua filha... parti-me a rir quando ouvi na "Comercial"... está um must!!!
Bjs
Isa
E porque não um "maxista" com direito a fãs????
Saudações paulistas!
só para dizer: "pois pois, tens razão" :)
Nunca tinha comentado mas gosto de ler o teu blog... Agora como este post era sobre comentários, resolvi deixar um :)
Eu gostava do dia-a-dia! Mandei um mail a dizer que gostava...
Fiquei a conhecer o Pipáterra, através do outro, e gosto! É bom ter blogs de homens para variar um bocado!
Leio blogs interessantes, comento quando me apetece e tenho muita pena quando eles acabam - é como se um laço se rompesse (qual laço?!).
Gostei bastante deste post porque quase todas estas ideias já me passaram pela cabeça... e gosto de outros tantos.
Ai que eu vou ter de passar a ter muito cuidado com o que digo :P Nunca mais concordo contigo, prontoSSSSS :D
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