Volta e meia, dizem-me, "tá boa, tá boa, pá. o teu blog és mesmo tu!" E eu confesso que não sei se hei-de levar muito a sério essas apreciações. É que uma coisa é o meu blog ser "eu mesmo" outra é "eu mesmo" ser o meu blog. E nunca consigo saber, nem tenho coragem para perguntar, se querem dizer uma ou outra coisa.
Conheço, pessoalmente, para cima de uma vintena de bloggers. Antes de os conhecer, já tinha obviamente, uma opinião formatada sobre essas pessoas: se eram porreiras, se eram altas, se eram feias, se eram booooas, se tinham ar apaneleirado, etc, o habitual. E na maior parte dos casos, aí em cerca de 95%, enganei-me. Mas já não me engano mais! Deixei-me disso. (não estou aqui a incluir as pessoas que já conhecia antes de terem blogs, não é?)
E eu acho que me enganei porque só mais tarde percebi que a forma como escrevemos, como apresentamos o blog, o template que escolhemos, etc, raramente coincide com o tipo de pessoa que está lá por trás a teclar.
Eu conheço bloggers sofisticadíssimos e que têm blogs nojentos, cheios de estrelinhas e e letrinhas a piscar; como também conheço blogs supimpas que eu sei serem escritos por gente do mais brega possível. É a vida.
Acho que isso se deve ao facto de nunca como agora se leu tanta coisa escrita por tanta gente. E, por enquanto, a tendência é continuar a crescer. E isso leva a que tenhamos de olhar para a escrita desta ou daquela pessoa (e não me estou só a referir à forma mas também ao conteúdo), como algo independente dela mesma. Se já todos conhecíamos o Pacheco Pereira da vida política e dos artigos de opinião dos jornais, não estranhamos quando o lemos no seu blog. Mas teríamos a mesma opinião sobre o senhor se o conhecessemos apenas pelos textos? Mais, conseguiremos perceber se o gajo d'O meu Pipi é mesmo só um tipo que escreve muito bem ou é um punheteiro desvairado?
Não podemos avaliar esta ou aquela pessoa, apenas por que escreve bem ou porque escreve mal. É como ter um tom de voz estridente e ter um par de mamas com um aspecto bélico ou como ter um sorriso bonito e ser um chauvinsta de primeira apanha. Mas, realmente, a tendência é contrária. Continua-se a avaliar, a imaginar, a classificar bloggers pela forma como se se apresentam na blogosfera. Acho isso falível (mas não censurável, caneco! Era o que mais faltava). A culpa, no fundo, não é de quem escreve. Quem escreve raramente tem em mente querer fazer passar esta ou aquela "impressão pessoal". A culpa é nossa que lemos e tentamos tirar nabos da púcara mas sacamos sempre outra coisa diferente.
Não se iludam. Ninguém é realmente aquilo que mostra nos blogs. E não estou a dizer que há uma ideia pré-existente em tentar enganar os leitores. Nada disso. Simplesmente porque ninguém se consegue "mostrar" de corpo inteiro através de um blog. Nem que apresente fotos de corpo inteiro (frente e verso, dentro e fora) anexas ao respectivo texto. Nem assim.
Vale?
Conheço, pessoalmente, para cima de uma vintena de bloggers. Antes de os conhecer, já tinha obviamente, uma opinião formatada sobre essas pessoas: se eram porreiras, se eram altas, se eram feias, se eram booooas, se tinham ar apaneleirado, etc, o habitual. E na maior parte dos casos, aí em cerca de 95%, enganei-me. Mas já não me engano mais! Deixei-me disso. (não estou aqui a incluir as pessoas que já conhecia antes de terem blogs, não é?)
E eu acho que me enganei porque só mais tarde percebi que a forma como escrevemos, como apresentamos o blog, o template que escolhemos, etc, raramente coincide com o tipo de pessoa que está lá por trás a teclar.
Eu conheço bloggers sofisticadíssimos e que têm blogs nojentos, cheios de estrelinhas e e letrinhas a piscar; como também conheço blogs supimpas que eu sei serem escritos por gente do mais brega possível. É a vida.
Acho que isso se deve ao facto de nunca como agora se leu tanta coisa escrita por tanta gente. E, por enquanto, a tendência é continuar a crescer. E isso leva a que tenhamos de olhar para a escrita desta ou daquela pessoa (e não me estou só a referir à forma mas também ao conteúdo), como algo independente dela mesma. Se já todos conhecíamos o Pacheco Pereira da vida política e dos artigos de opinião dos jornais, não estranhamos quando o lemos no seu blog. Mas teríamos a mesma opinião sobre o senhor se o conhecessemos apenas pelos textos? Mais, conseguiremos perceber se o gajo d'O meu Pipi é mesmo só um tipo que escreve muito bem ou é um punheteiro desvairado?
Não podemos avaliar esta ou aquela pessoa, apenas por que escreve bem ou porque escreve mal. É como ter um tom de voz estridente e ter um par de mamas com um aspecto bélico ou como ter um sorriso bonito e ser um chauvinsta de primeira apanha. Mas, realmente, a tendência é contrária. Continua-se a avaliar, a imaginar, a classificar bloggers pela forma como se se apresentam na blogosfera. Acho isso falível (mas não censurável, caneco! Era o que mais faltava). A culpa, no fundo, não é de quem escreve. Quem escreve raramente tem em mente querer fazer passar esta ou aquela "impressão pessoal". A culpa é nossa que lemos e tentamos tirar nabos da púcara mas sacamos sempre outra coisa diferente.
Não se iludam. Ninguém é realmente aquilo que mostra nos blogs. E não estou a dizer que há uma ideia pré-existente em tentar enganar os leitores. Nada disso. Simplesmente porque ninguém se consegue "mostrar" de corpo inteiro através de um blog. Nem que apresente fotos de corpo inteiro (frente e verso, dentro e fora) anexas ao respectivo texto. Nem assim.
Vale?
5 comentários:
Então não!... :)
Tens razão!
claro!
e mesmo pessoalmente, todos escondemos sempre algo.
nunca mais me esqueci do que disse a ana do piolhices depois de a elogiar:
era giro se fizessem making of's da vidinha dos autores dos blogs!
Verdade, verdadinha!
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