não é bem a tal cena do natal - aquela coisa do presentes, sabem? - calhar, imagine-se, quando nasceu o menino e com tudo o que isso acarreta: a loucura dos presentes, a entrega pornográfica de presentes às crianças... é já daquelas coisas que evito olhar, assim como não olho para as escarretas dos tuberculosos.
o que me fode é incluírem-me nessa fantochada. sim, não é um exagero, é mesmo uma fantochada. eu odeio presentes. repito, odeio presentes. é raro - mas quando digo raro, é assim, num rácio de 2 para 100, vá lá - receber coisas que realmente gosto, ou quando acertam, que realmente preciso. muito muito raro.
eu bem tento espalhar a notícia: não dou presentes, não quero presentes. não participo nestas coisas. mas há sempre, sempre alguém que parece querer romper com os meus desejos natalícios e lá desata, num misto de «vá, toma lá uma recordação», com «ahhh, mas é natal, ele tem que receber e mainada» e finalmente com «dou-lhe estas coisas culturais, coisas que eu gosto e que sei que é bom e que por isso, se é bom para mim, será também para ele».
por essas e por outros, chega ali à meia-noite e o começo naquele nervoso miúdo: ai será que me escapo desta? e daquela, não? ai...
porque convenhamos, o que raio as pessoas viram em mim que lhes indiciasse que eu iria gostar de ler a cal do josé luis peixoto; o homem introvertido ou lá o que é, do saramago; o ondjaki; o agualusa; o gonçalo tavares... coisas que eu acredito, ficam bem noutras bibliotecas mas não na minha que não tenho paciência para coisas dessas. mas não fica por aqui: o hell freezes over seria uma boa ideia em 2001 quando o não tinha, mas era de supor, claro, que uns anos depois eu já o tivesse. dois dvd's dos coldplay, iguais, um ano atrás do outro, é, claro, muita fruta, precisamente para mim, que nem nos elevadores sou capaz de os ouvir... e pronto, lá me oferecem estas coisas, sem talão para troca, nem nada.
uma porra!
tenho pena de não ser criança, para os receber com aquela placidez com que dizem: «não gosto» ou então «eu disse que não quero nada!»
o josé luis peixoto? coldplay? e logo dois? mas está tudo parvo? e que tal guardarem o dinheiro para vós?
o que me fode é incluírem-me nessa fantochada. sim, não é um exagero, é mesmo uma fantochada. eu odeio presentes. repito, odeio presentes. é raro - mas quando digo raro, é assim, num rácio de 2 para 100, vá lá - receber coisas que realmente gosto, ou quando acertam, que realmente preciso. muito muito raro.
eu bem tento espalhar a notícia: não dou presentes, não quero presentes. não participo nestas coisas. mas há sempre, sempre alguém que parece querer romper com os meus desejos natalícios e lá desata, num misto de «vá, toma lá uma recordação», com «ahhh, mas é natal, ele tem que receber e mainada» e finalmente com «dou-lhe estas coisas culturais, coisas que eu gosto e que sei que é bom e que por isso, se é bom para mim, será também para ele».
por essas e por outros, chega ali à meia-noite e o começo naquele nervoso miúdo: ai será que me escapo desta? e daquela, não? ai...
porque convenhamos, o que raio as pessoas viram em mim que lhes indiciasse que eu iria gostar de ler a cal do josé luis peixoto; o homem introvertido ou lá o que é, do saramago; o ondjaki; o agualusa; o gonçalo tavares... coisas que eu acredito, ficam bem noutras bibliotecas mas não na minha que não tenho paciência para coisas dessas. mas não fica por aqui: o hell freezes over seria uma boa ideia em 2001 quando o não tinha, mas era de supor, claro, que uns anos depois eu já o tivesse. dois dvd's dos coldplay, iguais, um ano atrás do outro, é, claro, muita fruta, precisamente para mim, que nem nos elevadores sou capaz de os ouvir... e pronto, lá me oferecem estas coisas, sem talão para troca, nem nada.
uma porra!
tenho pena de não ser criança, para os receber com aquela placidez com que dizem: «não gosto» ou então «eu disse que não quero nada!»
o josé luis peixoto? coldplay? e logo dois? mas está tudo parvo? e que tal guardarem o dinheiro para vós?
2 comentários:
Pois por esta é que eu não esperava!
Se ficas assim com os peixotos e os m. tavares, imagino se alguém se atreve a oferecer-te as meias da praxe. Deve ser uma cena hilariante!
Então, mas nem um passeio de helicóptero, uma viagem ao Laos ou conhecer um santuário de elefantes no Botswana?
Nem a prenda que a miúda aí de casa traz da escola?...
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